07 maio, 2007

Diálogo via embratel

- Não passei no concurso...
- Por que?
- Não sei decorar. Minha memória para isso é ruim.
- Oh! Céus! Então você tá ferrada! Sem decoreba não se passa em concurso público.
- Pois é. Eu sei. Por isso meu desânimo.
- Hum, eu também sou péssima para reter dados que considero inúteis. E, por que você acha que tem gente que decora tudo?
- Ah, quem decora o detalhe é porque ignora o todo.

Fiquei três dias pensando nisso. "Quem decora ignora o todo, não vê o contexto, não faz ligações". Pelo jeito, o pré-requisito para ser funcionário público é ignorar o todo, o contexto, e não perceber as ligações que estão bem ao lado do seu nariz, para assim, sem ver, ignorando, se calar... seguir... obdecer... para seguir empilhando os dados conforme seu mestre mandar... Quem percebe o todo, se lembra é do todo, e não do detalhe.

04 maio, 2007

Por que sentimos cócegas?

Sentir cócegas é uma reação de pânico que o homem adquiriu para defender-se, respondendo rapidamente ao perigo. Por isso, gera sempre uma risada nervosa e desconfortável. Quando uma aranha tentava escalar as pernas de um de nossos antepassados, eram as cócegas que o faziam perceber e expulsar o bicho sem precisar entender exatamente o que acontecia. De certa forma, podemos dizer então que as aranhas, escorpiões e insetos em geral são os responsáveis pelos ataques de histeria que alguns de nós sentem hoje ao ser cutucados pelos outros.» Por que é impossível fazer cócegas no próprio corpo?

São Paulo - Cena IV - Da net para o bar

Eu e Fê
Nosso primeiro encontro se deu na internet. As duas blogueiras unindo Idéias e Ideais (DF) num papo do Café Docente (SP). Essa amizade promete! Beijão Fê! Foi ótima nossa cervejada filosófica!

São Paulo - Cena III - Memorial da América Latina

Botero: El desfile (2000)
As casas em pé e as casas deitadas.


Pavilhão da criatividade: abrigo da arte popular




México: celebração do dia dos mortos




A criatividade exposta e fotografada, como não pode ser o salão do atos







Lá está a América Latina pisada sob o chão de vidro.

Criativo e sugestivo...




Prefiro mãos sem sangue





Bem perto da estação Barra Funda (SP) está plantado o Memorial da América Latina. Milhares de pessoas passam por ali e um percentual muito pequeno pára. São Paulo ferve. O relógio anda. A história fica parada, ao lado do metrô. Absorver cultura exige tempo. Ver exposição exige vontade. Sair da mesmice exige... Exige? Sei lá. Ainda não entendi o que faz uns saírem do senso comum e outros não. Talvez nunca saiba a resposta. O fato é que procurar as artes não é desejo de todos, nem tampouco da maioria. Lá estava o memorial vazio. Vi Botero com sua arte-testemunho pintando os "horrores" da violência na Colômbia. Eu e mais quatro pessoas, numa metrópole chamada Sampa. Foi ali que comecei meu turismo cultural. Na cabeça incessantemente pertubando a frase: o que leva alguém a querer ver? ou a não querer ver?



03 maio, 2007

título de conto

"no que fui pegar a fanta peguei as pilhas".

02 maio, 2007

Blogar - 1 ano de posts

Este blog fez um ano em Abril/2007. Nem quis comemorar com muito estardalhaço hahahaha (bem típico de mim). Pura falta de tempo para escrever sobre o aniversário de um blog. Queria postar algo com "sentido" (essa é boa!). Somente hoje, tive a iluminação: "ser blogueiro (blogar e ler blogs dos outros) é conversar com os dedos na falta de tempo de conversar com os olhos. É, também, mostrar-se sem exibir roupa nova ou olheiras de noites mal dormidas. É uma necessidade de gente egocentrica-comunicativa que quer que o mundo saiba o que pensa. É, talvez, uma megalomania mal disfarçada, um desejo de palco (?). Mas, mais que tudo, pra mim, é a oportunidade de conhecer gente interessante e interagir com elas a quilometros de distância. É deixar marca, imortalizar, profetizar, dizer, mostrar, conjugar, compartilhar, revelar. É saber o que o seu amigo blogueiro anda fazendo ultimamente. É ver a propaganda do pensamento. É diversão. Ser blogueiro é investir um tempo na palavra e na leitura". Adoro ser blogueira!

São Paulo - Cena II - Yakisoba na Paulista

A fila imensa do Masp não me permitiu ver Goya. Em frente à bilheteria, a feira de antiguidades vazia. Voltamos para um lanche na Paulista e encontramos o chinês do yakisoba e o cearense do milho. Profissionalismo puro! O cliente pede uma pamonha, o vendedor abre, corta, poe no descartável, entrega o garfo e o guardanapo, por R$2,00. O mesmo acontece com o milho, todo cortadinho no prato! No ambulante ao lado, o cliente pede o yakisoba, o chinês prepara na hora, põe no descartável, entrega o garfo e o guardanapo, por R$ 3,50. Eles, ambulantes paulistas, deveriam dar consultoria pelo país. Isso é o que faz uma metrópole ser metrópole e não a falsa medição pelo número de habitantes. Comi e fui caminhando para o metrô, surpreendentemente encontro uma exposição no prédio da Fiesp: o Museu da Solidariedade Salvador Alende. Agora, itinerante passando por São Paulo. Concluíndo, então, esse papo de trabalho informal desorganizado, sujo e mal-feito é generalização miúda. Há sim como se fazer uma atividade, na rua, de forma profissional, ainda que não sejam pagos impostos, aluguel pelo ponto etc. Para isso é preciso inteligência, visão de negócio, e estar antenado às novas tecnologias (como, por exemplo, a dos descartáveis variados). Detalhe: a rua estava limpa, as pessoas esperavam sua vez sem aglomeração e havia uma lixeira ao lado de cada carrinho que se espalhava ali, perto do Masp, na avenida Paulista. Ah, o Yakisoba estava muito bom, comparável a qualquer restaurante de shopping (que por sinal nem sempre são os melhores restaurantes).

A loucura da normose

Dó do dobermann (por Mscudder)

Eu disse um dia desses a uma amiga, acerca de um sujeito: – Aquele é doido. Insisti: – Doido, doido. Ela não entendeu: – Como assim, doido? Detesta o cara, mas não o associa à loucura. Considera-o somente um ultracertinho; por isso o detesta.

Antigamente, doidos eram só os que têm parafusos soltos. Mas, faz um tempo, estudiosos descobriram os normóticos, os que sofrem de normose, a mania da normalidade. Meu doido é assim: doido-dobermann.

Criança, ouvi a história – não sei se verdadeira – de que o dobermann é uma raça surgida de cruzamentos induzidos. O resultado é aquele cachorro alto, magro, ágil, forte e agressivo. E, segundo a historinha da minha infância, com um crânio pequeno demais. O crânio pequeno aperta o cérebro do dobermann. Isso enfurece o bicho, faz o cachorro surtar. No surto, o dobermann ataca até o dono. Coisa de doido.

O meu doido se parece com um dobermann porque é um normótico. Os normóticos são do tipo parafuso ultra-apertado. Nas horas de maior aperto, o sujeito surta.

O que me inspirou estas linhas é um homem importante. Ocupa um cargo de direção numa empresa entre média e grande. Ministra palestras aos subordinados. Exibe obviedades. Suas frases mais profundas são: "a grama é verde"; "sem nuvens, o céu é azul"; "de noite, as estrelas brilham" etc. Nessas horas, os parafusos estão na última volta, quase espanando.

Em um conto que não canso de citar e indicar – Os Famintos, de Thomas Mann –, o narrador afirma que somos todos criaturas precárias e sofredoras, mas não reconhecemos uns aos outros. Minha amiga olha o sujeito e vê somente força, adequação, certeza. Não enxerga a aflição.

Sou doido do tipo parafuso solto. Quando ando, minha cabeça chacoalha. Doidos assim podem ser chamados de idiotas. Os de parafusos ultra-apertados são os imbecis. No entanto, ninguém é totalmente idiota ou imbecil, mas apenas predominantemente. Tenho um quê da imbecilidade do doido-dobermann; ele, um quê da minha idiotia.

Aquele sujeito desfila soberano, impávido pelos corredores da empresa. Acho que minha amiga tem medo dele. Mas ele sofre. Minha amiga também. E eu?
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27 abril, 2007

Dúvida de anteontem

Por que podemos fotografar artesanato, arte popular e não podemos registrar, da mesma forma, as " belas artes", as "obras-primas"? Logo mais vou blogar sobre Botero, Memorial da América Latina, Clarice Lispector no Museu da Língua e outros

São Paulo - Cena I - Alibabar

Quarta-feira - 25.04.2007
22h40min



A fumaça do narguilé se misturava às batidas do bumbo. Quadris se alternando aos estampidos secos e compassados dos pés masculinos contra o chão. Uma grande fila lateral se forma no centro do bar, feito roda. Na pista de dança mulheres e homens se dão as mãos. A grande serpente dançante se enrola, se espicha e se contrai em movimentos lentos, inebriados, quase um desenho da naja enfeitiçada. Um instante distraído, de olhos fechados, poderia se imaginar o "olodum", o "vira-vira", o reggae, uma celebração indígena. De olhos bem-abertos se vê no teto longos tecidos dourados que se armam em tenda. O charuto da mesa ao lado adorna o ambiente num cheiro amadeirado. A tragada sobe ao tom do mantra... uê uê uê uê uê ... uh uh uh... ahn... aaaaaaaaaiiiiii. Entrecorta a flauta sibilante uh uh uh aaaaaai. Magia. Na palma da mão os sorrisos arremessando as batidas das mil e uma noites. Estamos na Zona Norte, Jardim São Paulo, Alibabar. Dança árabe com pasta de beringela e pão sírio. Avisto o "sheik", 1m90cm, rodeado de louras, morenas, "califas", e o grão-vizir. Harém de diversão. aaaaaaai. Face com sorriso de colar de pérolas. A corda do narguilé traz o gosto de maçã. Lembra-me Eva, a serpente, o paraíso. Adãos juntos, presos pelos dedos, degustando o prazer. É a pura sedução dos movimentos fálicos. O chocalho da cobra. A chacoalhada dos quadris. As tremidas, em onda, na barriga da odalisca. A sucção da fumaça, pela piteira presa na ponta da mangueira, do cachimbo d´água. Preliminares dum ritual sagrado. Um orgasmo público, coletivo. Senti o gozo no olhos, na boca, no ouvido. Um corpo estremecido perto da estação de metrô Parada Inglesa.

24 abril, 2007

LIVRO LIVRE

O que é o "Livro Livre"?



O Livro Livre, ou Bookcrossing como é conhecido nos Estados Unidos, nasceu em 2001. A idéia é bem simples. Na brincadeira, leitores de diferentes localidades abandonam seus livros em qualquer lugar para que outros leitores, cadastrados no site possam achar estes exemplares, ler e, em seguida, abandoná-los para que outra pessoa o encontre. Para não perder a obra de vista, os exemplares são rastreados através de um número identificador gerado no ato de cadastramento do livro no site da Câmara do Livro do DF. A partir deste momento o livro inicia uma longa trajetória, podendo ser localizado em qualquer parte do mundo.


Cerca de 540 mil obras estão registrados na versão americana do Livro Livre. No Brasil, o projeto já tem participantes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas e Rio Grande do Sul.


Fonte aqui

Frase do milênio


"trocas, a evolução da espécie"

Convite criativo


Recebi esse convite para uma festa de aniversário com o tema: Branca de Neve! E o enfeite de mesa era o "espelho mágico". Original, não?

23 abril, 2007

e a pena de morte?

Homem passou 25 anos na cadeia e é declarado inocente após exame de DNA


Da France Presse
23/04/2007

13h35-CHICAGO -


Um homem de 48 anos, que passou 25 anos na prisão por um estupro que não cometeu, se converteu nesta segunda-feira no condenado número 200 a ser declarado inocente graças a um exame de DNA, anunciou a associação Innocence Project, que luta contra os erros judiciais.


Jerry Miller tinha 22 anos quando foi detido pelo seqüestro e estupro de uma mulher em Chicago em 1981. Duas testemunhas que teriam visto o agressor fugir o identificaram formalmente, assim como a vítima, durante o julgamento em 1982. Declarado culpado, Miller foi condenado a 45 anos de prisão.


Em liberdade condicional desde maio de 2006, tinha que usar bracelete eletrônico e estava sujeito às restrições e humilhações impostas aos agressores sexuais que cumpriram pena.


Porém, análises de DNA feitas no ano passado no esperma encontrado na roupa da vítima comprovaram a inocência de Miller.


Nesta segunda-feira, a juíza local encarregada pelo caso aceitou a demanda de anulação do veredicto, apresentada pela defesa em acordo com a acusação.



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E se houvesse condenação à pena de morte?
Se o inocente já tivesse sido executado?
Será que a dúvida já não seria uma boa hipótese para não existir a pena de morte?
Será que a falibilidade da "justiça" não é boa justificativa para não se ter pena de morte?
Imagine o Brasil, com um sistema judiciário tão competente e eficiente, tendo a pena de morte?
A notícia do paradeiro dos integrantes do crime do índio Galdino me deixou em dúvida se cumprir pena: é "pagar" pelo erro, é "pensar" no erro, ou é "satisfazer" o desejo de vingança da sociedade?
Afinal para que serve a cadeia?
Para que serve cumprir pena?
Se os garotos cumpriram a pena e tiveram direito a sair, por que motivos deixa-los lá ainda?
Para cumprir o desejo de vingança perante nossa impotência de fazser um mundo melhor?
Para que "alguém" pague o pato de uma sociedade maluca, que não consegue ser ética e solidária?
Quanto tempo é suficiente para alguém se "arrepender", se "curar"?
É isso aí minha gente! Vamos botar nossos fantasmas nos presidiários! Queimar vivos os criminosos!

Acho mesmo é que temos que por na cadeira elétrica nossa incompetência em assumir nossa parte nesse latifundio chamado existência humana e vida em sociedade!

21 abril, 2007

e dai?

o sul-coreano matou
eu mato
tu matas
ela mata
nós matamos
vós matais
eles matam.
Não vejo o sentido de tantos holofotes.
O cara matou, e daí?
o que você tem matado?
o que nós temos matado?
As pessoas MATAM, ainda que não seja empunhando armas de fogo!

20 abril, 2007

Trocando os ouvidos pelos olhos...











Por Solange Pereira Pinto

Ao ver fotografias das manifestações organizadas pelo movimento “Rio de Paz”, coordenado por Antônio Carlos Costa, pensei estar diante de um ato artístico, por tamanha beleza das imagens. Intrigantes e reflexivas.

A forma de retratar a violência que origina os assassinatos e as vidas perdidas na “cidade maravilhosa”, que já dá sinais tão desgastantes de descontrole social, é criativa, inovadora e porque não dizer pura arte.

A mais recente manifestação (terceira do movimento no mesmo local), batizada de “Jardim da morte”, foi realizada nesta semana na praia de Copacabana/RJ. Na ocasião, os manifestantes plantaram 1300 rosas na areia, representando o número de vítimas da violência no Rio de Janeiro desde o início do ano.

Em geral, manifestos são atos com faixas, palavras de ordem, gritaria. Ações que acabam por envolver polícia, engarrafamentos, fechamento de ruas, e até mesmo criar certa “antipatia” por mudar a rotina dos cidadãos que se vêem “obstaculizados” pela passeata.

Nesse caso, não. Houve movimento sem tumulto. Houve recado sem faixa. Houve mobilização da população sem engarrafamentos. Penso que tudo se deu numa espécie de “performance”, ou melhor “happening”. Um manifesto-arte. Um evento planejado sob outro olhar. De certa forma, uma apresentação “quase teatral”, com participação de voluntários, que culminou em uma “obra de arte” no espaço público. Verdadeira arte contemporânea, com visível rebeldia, vontade de surpreender, originalidade.

Um manifesto que vai além do próprio ato, deixando sua marca para futuras reflexões. Um ato que tem por trás de si uma mensagem perene. Os manifestantes se foram e a idéia ficou. Um silêncio que promove contemplação, como somente a arte tem poder. O espectador interage com a obra e guarda em si a imagem.

Quantas manifestações vemos diariamente nas ruas? O que delas retemos em nossas mentes? O que nos lembramos quantos aos discursos gritados ou escritos em faixas? E agora diante das imagens das flores, das cruzes, das pessoas deitadas no calçadão, o que ficará?

Penso que essas imagens se manifestam mais em nós. Deixam-nos com a alma embevecida de beleza e dor. Coloca-nos em contato com o espelho, com o reflexo. Atiça o pensamento.

Talvez seja o “manifesto-arte” um mecanismo de protesto contemporâneo mais eficaz. Pelo menos, para mim, mobiliza melhor do que ruas interrompidas com camisetas de ordem e megafones para escutarmos o que já estamos cansados de ouvir.
O silêncio fala e arte o divulga.


17 abril, 2007

Esboço sobre auto-conhecimento...

Ao refletir não atire pedras no espelho... pode rachar sua imagem e suas conclusões serão fragmentadas ou distorcidas. Visão nublada, conclusão nublada. Mas, felizes mesmo são os ignorantes, que nada vêem, nada sabem, e no final das contas são inimputáveis... além de terem o "direito" de serem primários... Aí estão as leis que protegem os índios, os incapazes, e os doentes mentais... Sair da ignorância é se responsabilizar pelo que vê, pelo que sabe e ainda ter a obrigação de "proteger" àqueles que ainda estão no escuro da caverna... soll, ainda no esboço...

15 abril, 2007

Trilhas em interseção


Não queria esvaziar o peito das emoções para escrever. Depoimentos longos, em geral, são enfadonhos.
Quando entro muito em mim, quero sair. Desaguar. Sem retornar à casa, lugar pretenso do acolhimento.
Quero ir para a rua, para o movimento, para a noite das almas perambulantes. Ir.
Fugir decerto da angústia que me toma para dizer. Escoar. Enxergar o que não se vê para olhar o que nubla. Não sou pássaro de cercas, tampouco de gaiola. Canto bonito na liberdade. Não sou rio margeado. Sou enchente. Sou também noite tranqüila, estrelada, com lua cheia. Jamais minguante. Permito-me ser nova ou crescente. Sou feita de brisa e tempestade, conforme os acordes do peito. Sou solidão e multidão. Mas ilha não sou. Prefiro continente, planeta, universo.
Conjugo os verbos na primeira pessoa da singular. Porém, me encanto ainda mais ao decliná-los em todos os pronomes. Sou visão e cegueira, variando de acordo com a dor. A minha. A sua. a nossa. Sou palco e protagonista. Posso sustentar histórias alheias ou representar as minhas. Sou anjo e diabo, na medida em que necessite alterar a "ordem". Sou lágrimas e sorrisos, em cada partida de lucidez ou loucura.
No fim das contas, sou mesmo interseção das dualidades que habitam em mim. Caminho pelas trilhas que me levam a quem fui para voltar a ser o que serei. Sou túnel, avenida ou ruela. Só não sei parar de caminhar...
Soll, sexta-feira 13 de abril de 2007.

Cotidiano IV - Reciclando o conhecimento

A modernidade é líquida
O amor é líquido
A geração é delivery
- Quero agora
- Quero prazer
- Que coisa chata
- Assim não dá
- Todo mundo tem, eu também quero
- Consumo, consumo, consumo
- Agir por impulso
- Pra quê pensar?
A modernidade é líquida
O amor é líquido
A geração é pronta-entrega
Enquanto isso, vou rabiscando as idéias...
Soll, 14 de abril de 2007 - V Encontro de Educadores do Centro-Oeste

Cotidiano III - Espelho


Espelho, espelho meu... me diga afinal quem sou eu...
nesse mundo de imagens!