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25 abril, 2011

COMO RECONHECER UM BRASILIENSE DE VERDADE:

COMO RECONHECER UM BRASILIENSE DE VERDADE:
Mesmo quem não nasceu aqui, acaba sendo um Brasiliense de coração


- Você se sente confortável com a umidade do ar em torno de 10%;

- Você conhece os ministros e deputados como "o pai daquele cara da faculdade";

- Ao dirigir, você fica meio paranóico com os limites de velocidades 60, 70 e 80 e mais um montão de pardais;

- Você, de fato, pára o carro na faixa de pedestres;

-  Ouve dizer "é bem pertinho"! e pensa tranqüilamente em 50 km ;

- Todo fim-de-semana tem churrasco (casa do amigo, família, clube, etc.);

- Você se sente à vontade com endereços em coordenadas cartesianas;

- Sabe que se for a um endereço na quadras 300, 100 e 200 irá a um apartamento bom; mas nas 400 terá que subir escadas e nas 700 terá de  procurar vagas nas calçadas das casas;

- Você chama os amigos de seus pais de "tio" e "tia";

- Você vê alguém fazer barbeiragem no trânsito e diz: "Só pode ser goiano!";

- Acha que de mar, o nosso céu não tem nada, e na primeira oportunidade, dá uma escapada para praia;

- Saco cheio quando chegam os seus parentes querendo conhecer a Torre e a Esplanada;

- Você reclama para o amigo: "Não tem nada para fazer nessa cidade". Mas fica indignado quando alguém de fora reclama que em Brasília não tem nada para fazer;

- Você reluta, reclama e a noite acaba indo comer pizza no Primo Piatto, porque durante o dia já almoçou no Girafas;

- Sabe perfeitamente o que significa quando alguém diz: "Eu moro no Lago";

- Vê crianças gostarem tanto de descer para brincar "debaixo do bloco" ou nas pracinhas das cidades satélites;

- Pelo menos cinco pessoas do seu círculo de amizade fazem Direito;

- Fica irritado quando te perguntam se já viu o presidente, como se ele fosse nosso vizinho;

- Você acha que casa com piscina é a coisa mais normal do mundo;

- Você sabe que ir ao "Gilberto" não quer dizer visitar alguém;

- Sabe que Samambaia não é uma planta;

- Que Riacho não é nenhum córrego;

- Quando diz "Vou ao Shopping" sabe-se que isso só pode significar ir ao Parkshopping, se não, diria "Vou ao Pátio", ou "Vou no Conjunto", ou "Vou ao Alameda" ou "Vou ao Taguá";
- Sabe que se for ao shopping Pier 21, não é pra fazer compras;

- Já passou um carnaval ou feriadão em Caldas Novas ;

- Morre de rir, ou de raiva, nas vésperas de feriados, quando te dizem: "o último que sair (da cidade) apaga a luz";

- Sabe que pra ir à padaria você leva, pelo menos, 20 minutos para se arrumar;
- Sabe que as 4 gírias da cidade são:   "Véi"..., "Tipo"..., "Cara"... e... "Ninguém merece";


e se... você concordou com mais da metade deste e-mail... 
você realmente é brasiliense!

22 abril, 2011

21 abril, 2011

Sobre o perdão no mundo


Perdoar. 6 bilhões de Outros from GoodPlanet on Vimeo.

vida e cultura

Por uma vida menos artificial
Arquivo / ÉpocaSerá que a higiene, os livros e a tecnologia educam
mais que a mais rústica das liberdades?

Francine Lima 07/04/2011 - 12:24 - ATUALIZADO EM 07/04/2011 - 12:24
Repórter de ÉPOCA, escreve às quintas-feiras sobre a busca da boa forma física
A convite da distribuidora, assisti ao documentário “Bebês”, que ainda não estreou nos cinemas. O filme do francês Thomas Balmès mostra cenas engraçadas e emocionantes do primeiro ano de vida de quatro bebês que vivem em realidades contrastantes. O primeiro bebê apresentado é uma menina que vive nua e cheia de terra numa aldeia perto da Namíbia, no Sul da África. Em seguida conhecemos um menino da Mongólia, que é levado de moto da maternidade para a chácara em que vai morar. Logo vem um bebê de Tóquio, que não demora a conhecer o computador, o celular e a rotina de trabalho do pai. E, por último, aparece uma loirinha de olhos azuis muito bem nascida em São Francisco, nos Estados Unidos, que vai crescer rodeada de livros, brinquedos e shopping centers.
Com pouquíssimas falas (até porque os personagens principais apenas balbuciam sons ainda incompreensíveis) e nenhuma narração, as cenas gravadas nesses quatro cantos do mundo, intercaladas conforme o passar dos meses, nos conduzem a comparar, com espanto, de que forma a felicidade estampada no rosto das crianças é influenciada pelo meio em que vivem.
O bebê africano está sempre no chão, interagindo livremente com a sujeira, com seus irmãos e primos e com os animais que lhe servem de companhia ou, eventualmente, de alimento. Ele não conhece fraldas. Seus brinquedos são as pedras e os ossos que encontra pelo caminho, e também os utensílios que a mãe usa no preparo da comida. O ambiente, feito de terra vermelha e uma paisagem muitíssimo distante das grandes cidades, é sempre calmo. As mulheres, sentadas na terra, conversam sem hora para terminar, com os peitos cheios de leite disponíveis, enquanto as crianças ocupam o tempo com o que encontram para fazer. Ali, parece quase não haver regras, muito menos de higiene. Reinam a tranquilidade e o descompromisso.
Na Mongólia, o menino recém-nascido é frequentemente amarrado com uma manta e dois cordões, formando um pacotinho, até que seus pais se sintam seguros para soltá-lo. Assim, impedido de movimentar as pernas, ele desde cedo enfrenta as limitações que sua cultura lhe impõe. Mas que, por enquanto, não são muitas. Numa casa simplória revestida de tapetes, ele brinca com o gato, é insistentemente azucrinado pelo irmão mais velho e convive sem alternativa com os animais da chácara, que não representam ameaça. E passa bastante tempo sozinho e quieto. Numa das melhores cenas, uma cabra se aproxima de uma janela e bebe água da bacia onde o menino toma banho. Ele se surpreende, mas não se assusta.
A garota de Tóquio, nascida longe da natureza, não tem muitas chances de descobrir o que o mundo dos animais tem a oferecer. Quando não está dentro do apartamento, procurando diversão entre objetos do mundo adulto, como CDs e folhas de papel, ela está sendo distraída em algum parque construído para que crianças da cidade sejam distraídas. Não admira que ela se desespere dentro do zoológico, quando se depara com um gorila atrás do vidro. Na cidade da tecnologia, a natureza parece estranha e assustadora demais.
Depois de rir da liberdade total do bebê africano, da naturalidade com que o menino da chácara na Mongólia convive com animais e do choque do bebê japonês dentro do zoo, o que me foi mais tocante foi ver como a criança americana – exatamente aquela que representa o estilo de vida mais próximo do meu – está alienada de tudo que é mais natural. No colo da mãe, a menina é apresentada aos animais de fazenda por meio de imagens e sons que apenas imitam a realidade. Com olhos curiosos, ela vê o desenho de vaca na página do livro e ouve a mãe fazendo “muuuuu”. Os pais dela, sempre presentes, atentos e protetores, procuram lhe oferecer tudo que há de melhor em seu mundo. Livros, aulas de coordenação motora e musicalidade na academia, banheira de hidromassagem, parquinho de areia, roupas coloridas, brinquedos de plástico e apetrechos que a ajudam a ficar de pé enquanto não aprende a andar.
O filme nos prega uma armadilha interessante. Faz parecer que a liberdade total na sujeira e o cotidiano mais rústico são imensamente mais desejáveis do que a parafernália de recursos dos quais não conseguimos abrir mão na sociedade ocidental industrializada, institucionalizada e educada. Aos meus olhos, os bebês que vivem soltos na terra, em meio aos bichos e às moscas, pareceram mais felizes.
Não creio que seja o caso de abrir mão dos nossos rigorosos padrões de higiene, que evitam doenças e garantem a sobrevida das crianças. Na aldeia africana, as mulheres perdem dentes cedo demais, e a barriga das crianças é suspeitamente estufada. Mas me parece que nos falta um bocado mais de liberdade e de sujeira saudável para que possamos nos sentir, na infância e na vida adulta, como seres humanos mais reais.
A criança que interage com a natureza aprende, sem precisar de livros, de onde é que as coisas vêm. Ou seja, aprende o ciclo da vida. O bebê da Mongólia participava junto com a família da dissecação dos animais que seriam transformados em carne e, depois, em comida. Para ele, o conteúdo do seu prato, quando começar a mastigar, não será um mistério, nem parecerá um objeto qualquer, que vem do comércio. No mundo dos shopping centers, a comida é meramente um produto sem história nem qualquer ligação com o ciclo da vida. As crianças criadas longe das fazendas podem acreditar que o leite vem da caixinha.
Me parece importante saber que o alimento vem da vida e da morte. E que nossa vida está inevitavelmente atrelada a esse ciclo. De onde virá a ética de um cidadão, senão da consciência de que, para uns manterem-se vivos, é preciso que uns matem e outros morram? Manter-se vivo é essencialmente comer, e comer é retirar energia de outros seres vivos, como plantas que geram grãos, hortaliças, árvores frutíferas e outros animais.
Quando encaramos o alimento como apenas um objeto, um produto que basta comprar, nos alienamos do ciclo de vida e morte do qual dependemos. E, mais importante, perdemos a oportunidade de nos encantar com a beleza desse ciclo. Para as crianças, participar dos rituais de preparação do alimento com a família e a comunidade é das atividades mais divertidas e gratificantes, e que imprimem nas suas experiências em sociedade um significado para toda a vida. Como o inesquecível mutirão da pamonha que acontecia nas férias no sítio do meu tio mais rural.
Penso que, se um dia eu tiver um filho, terei de dar um jeito de despachá-lo para esse tipo de lugar onde se bebe água de riacho, se mata bicho para comer, se colhe fruta do pé. E deixá-lo bem livre, descalço e nu, para enfrentar sozinho, na medida de suas capacidades, os pequenos desafios que a natureza oferece às crianças. Quero que ele saiba o que é uma vaca e por que algumas vezes ele irá comer o corpo dela. Quero que ele saiba que seu próprio corpo é feito de outras vidas, inclusive de vidas minúsculas, como bactérias e fungos, que ele irá alimentar com sua dieta. Quero que ele saiba que a gente pode escolher de quais vidas e mortes irá se alimentar, e quais vidas iremos alimentar com a nossa. Acredito que assim ele entenderá logo que tudo que a gente consome vem de algum pedaço da natureza e será devolvido a ela de outra forma. E poderá se tornar um cidadão consciente das consequências dos seus hábitos de consumo no seu próprio corpo e no planeta.

01 janeiro, 2011

felicidade????


A busca da felicidade

Pesquisas desvendam os mecanismos do prazer e da felicidade. Como esse novo conhecimento pode melhorar sua vida?

por Barbara Axt

Felicidade é um truque. Um truque da natureza concebido ao longo de milhões de anos com uma só finalidade: enganar você. A lógica é a seguinte: quando fazemos algo que aumenta nossas chances de sobreviver ou de procriar, nos sentimos muito bem. Tão bem que vamos querer repetir a experiência muitas e muitas vezes. E essa nossa perseguição incessante de coisas que nos deixem felizes acaba aumentando as chances de transmitirmos nossos genes. “As leis que governam a felicidade não foram desenhadas para nosso bem-estar psicológico, mas para aumentar as chances de sobrevivência dos nossos genes a longo prazo”, escreveu o escritor e psicólogo americano Robert Wright, num artigo para a revista americana Time.
A busca da felicidade é o combustível que move a humanidade – é ela que nos força a estudar, trabalhar, ter fé, construir casas, realizar coisas, juntar dinheiro, gastar dinheiro, fazer amigos, brigar, casar, separar, ter filhos e depois protegê-los. Ela nos convence de que cada uma dessas conquistas é a coisa mais importante do mundo e nos dá disposição para lutar por elas. Mas tudo isso é ilusão. A cada vitória surge uma nova necessidade. Felicidade é uma cenoura pendurada numa vara de pescar amarrada no nosso corpo. Às vezes, com muito esforço, conseguimos dar uma mordidinha. Mas a cenoura continua lá adiante, apetitosa, nos empurrando para a frente. Felicidade é um truque.
E temos levado esse truque muito a sério. Vivemos uma época em que ser feliz é uma obrigação – as pessoas tristes são indesejadas, vistas como fracassadas completas. A doença do momento é a depressão. “A depressão é o mal de uma sociedade que decidiu ser feliz a todo preço”, afirma o escritor francês Pascal Bruckner, autor do livro A Euforia Perpétua. Muitos de nós estão fazendo força demais para demonstrar felicidade aos outros – e sofrendo por dentro por causa disso. Felicidade está virando um peso: uma fonte terrível de ansiedade.
Esse assunto sempre foi desprezado pelos cientistas. Mas, na última década, um número cada vez maior deles, alguns influenciados pelas idéias de religiosos e filósofos, tem se esforçado para decifrar os segredos da felicidade. A idéia é finalmente desmascarar esse truque da natureza. Entender o que nos torna mais ou menos felizes e qual é a forma ideal de lidar com aansiedade que essa busca infinita causa. Veja nas próximas páginas o que eles já descobriram.
Três caminhos
Um dos motivos pelos quais a felicidade é tão difícil de alcançar é que nem sabemos bem o que ela é (veja algumas tentativas de defini-la no quadro da página 52). Daí a importância das pesquisas do psicólogo americano Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia. Seligman concluiu que felicidade é na verdade a soma de três coisas diferentes: prazer, engajamento e significado.
Prazer você sabe o que é. Trata-se daquela sensação que costuma tomar nossos corpos quando dançamos uma música boa, ouvimos uma piada engraçada, conversamos com um bom amigo, fazemos sexo ou comemos chocolate. Um jeito fácil de reconhecer se alguém está tendo prazer é procurar em seu rosto por um sorriso e por olhos brilhantes. Já engajamento é a profundidade de envolvimento entre a pessoa e sua vida. Um sujeito engajado é aquele que está absorvido pelo que faz, que participa ativamente da vida. E, finalmente, significado é a sensação de que nossa vida faz parte de algo maior.
A vantagem de dividir a felicidade em três é que assim fica mais fácil definirmos nossos objetivos. “Buscar a felicidade” é uma meta meio vaga, fica difícil até de saber por onde começar. Mas, se você se conscientizar de que basta juntar essas três coisas – prazer, engajamento e significado – para a felicidade vir de brinde, a tarefa torna-se menos penosa. Seligman acha que um dos maiores erros das sociedades ocidentais contemporâneas é concentrar a busca da felicidade em apenas um dos três pilares, esquecendo os outros. E geralmente escolhemos justo o mais fraquinho deles: o prazer. “Engajamento e significado são muito mais importantes”, disse ele numa entrevista à Time. Como então alcançá-los? (Veja algumas dicas práticas para ser feliz, no quadro à direita.)
Comecemos pelo engajamento. Algumas pessoas são capazes de se engajar em tudo: entram de cabeça nos romances, doam-se ao trabalho, dão tudo de si a todo momento. Isso é raro e nem sempre é bom (inclusive porque gente engajada demais tende a negligenciar outros aspectos da vida, em especial o prazer). Ninguém precisa ir tão longe, mas o esforço de estar atento ao mundo, participando da vida, vale a pena.
Mihaly Csikszentmihalyi (pronuncie “txicsentmirrái”), pesquisador da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, estuda um fenômeno cerebral chamado “fluxo”, que ocorre quando o engajamento numa atividade torna-se tão intenso que dá aquela sensação boa de estar completamente absorto, a ponto de esquecer do mundo e perder a noção do tempo. Ou seja, é um estado de alegria quase perfeita. Esse fenômeno acontece com monges em estado de meditação, mas também em situações muito mais comuns, como ao tocar um instrumento, andar de bicicleta ou até mesmo ao consertar a estante da casa. Um outro pesquisador, o americano Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin, observou em laboratório que as pessoas em estado de fluxo ativam uma região do cérebro chamada córtex pré-frontal esquerdo, o que pode ter uma série de efeitos no organismo, inclusive um melhor funcionamento do sistema imunológico. Ao longo de um estudo realizado na Holanda, pessoas que entraram em fluxo tiveram seu risco de morte reduzido em 50%, por reagirem melhor a doenças.
E como se entra no tal fluxo? Csikszentmihalyi afirma que o segredo é buscar atividades nas quais se possa usar todo o seu talento. Tem de ser um desafio não muito fácil a ponto de ser entediante, nem tão difícil que se torne frustrante. Procurar experiências desse tipo é recompensador e traz níveis bem altos de felicidade. Claro que infelizmente nem todo mundo tem a sorte de encontrar desafios assim no trabalho. Nesse caso, um hobby pode ajudar na busca por engajamento e por momentos de fluxo – pode tanto ser uma atividade manual ou intelectual quanto um esporte.
Quanto ao terceiro pilar da felicidade, o significado, o jeito tradicional de conquistá-lo é via religião. Há milênios, a humanidade encontra alento na crença de que cada um de nós faz parte de uma ordem maior. Pesquisas mostram que as pessoas religiosas consideram-se, na média, mais felizes que as não-religiosas – elas também têm menos depressão, menos ansiedade e suicidam-se menos. A crença de que Deus está nos observando, nas palavras do psicólogo e estudioso da religião Michael McCullough, da Universidade de Miami, é uma espécie de “equivalente em grande escala do pensamento ‘se eu não conseguir pagar o aluguel, meu pai vai ajudar’”. Ou seja, é um conforto, uma garantia de que, no final, as injustiças serão corrigidas e nossos esforços, reconhecidos.
Mas a religião não é a única forma de dar significado à vida. Um truque eficaz para ficar mais feliz é fazer o bem para os outros – visitar um orfanato, ajudar uma criança a fazer a lição de casa, dar um presente útil. E isso não é conversa mole. Seligman mediu em laboratório os efeitos do altruísmo e percebeu que um único ato de bondade pode melhorar efetivamente os níveis de felicidade de uma pessoa por até dois meses. Cinco atos de bondade por semana turbinaram sensivelmente o astral dos cobaias – e, quando todos os cinco foram realizados num mesmo dia, o benefício foi ainda maior. Também se alcança significado construindo algo que pode sobreviver a você. O exemplo clássico é criar filhos. Uma outra dica é acreditar que sua vida é importante para alguma grande causa: a história, a ciência, a justiça social, a democracia, a liberdade, o progresso, a natureza. Ou seja, é útil crer em algo, mesmo que não seja em Deus.
Para terminar, há uma regra da qual especialista nenhum discorda: ter amigos (e nem precisam ser muitos) ajuda a ser feliz. Amigos contam pontos nos três critérios: trazem, ao mesmo tempo, prazer, engajamento e significado para nossas vidas.
Ser infeliz é preciso
Ok, já temos a receita da felicidade. Basta juntar prazer, engajamento e significado e nossa vida se resolve para sempre? Ah, se fosse assim tão simples. A felicidade, como não cansam de repetir os poetas e os chatos, é breve. Ainda bem. Felicidade, por definição, é um estado no qual não temos vontade de mudar nada. Ou seja, se passássemos tempo demais assim, nossas vidas estacionariam. A busca da felicidade é o que nos empurra para a frente – se agarramos a cenoura, paramos de correr e a brincadeira perde completamente a graça. Portanto, um pouco de ansiedade, de insatisfação, é perfeitamente saudável.
“Felicidade é projetada para evaporar”, escreveu Robert Wright. E, segundo ele, há uma razão evolutiva para isso também: “se a alegria que vem após o sexo não acabasse nunca, então os animais copulariam apenas uma vez na vida”. Mora aí um dos grandes problemas atuais. Muita gente acredita que é possível viver uma existência só de altos, sem nenhum ponto baixo, sem tristeza, sem sofrimento. E alguns estão dispostos a conseguir isso sem esforço algum, só à custa de antidepressivos.
Isso é conversa de cientista, mas alguns religiosos, em especial os budistas, já afirmam algo parecido há muito tempo. Um de seus preceitos básicos é o de que “a vida é sofrimento”. Coisa chata, né? Talvez, mas ter consciência de que o sofrimento é inevitável pode ajudar a trazer felicidade, e certamente diminui a ansiedade. O conselho do dalai-lama é que, quando as coisas estiverem mal, em vez de se entregar à infelicidade ou tentar apenas minimizar os sintomas, você respire fundo e tente descobrir o porquê da situação.
Segundo ele, grande parte da dor é criada por nós mesmos, pela nossa inabilidade de lidar com a tristeza e pela sensação de que somos obrigados a ser sempre felizes. Ao encarar o sofrimento de frente e identificar as suas causas reais, você estará dando um passo na direção do autoconhecimento, o que vai lhe permitir entender quais seus objetivos na vida, quais seus valores. Para usar a terminologia de Seligman, esse autoconhecimento dará a você mais clareza sobre que tipo de atividades lhe traz prazer, engajamento e significado. Ou seja, são esses momentos ruins que criarão condições para você correr atrás da sua própria realização – individual, pessoal e intransferível.
Cada um é cada um
É aí que está o pulo-do-gato. Não existe uma fórmula da felicidade que funcione com todo mundo – é justamente nisso que os livros de auto-ajuda costumam falhar. Cada pessoa é diferente e reage à vida de modo diferente. Foi essa a conclusão do estudo realizado em 1996 pelo pesquisador David Lykken, da Universidade de Minnesota. Ele comparou dados sobre 4 000 pares de gêmeos idênticos e percebeu que, na maioria dos casos, quando um tem tendência a ver o mundo de modo otimista, o outro tem também – e quando um é pessimista o outro é igual. Ou seja, existe um forte componente genético na nossa tendência a ser feliz. Não que isso seja uma grande surpresa. Qualquer pai ou mãe sabe que algumas crianças nascem com vocação para o sorriso, enquanto outras são simplesmente muito mais difíceis de agradar.
Nas últimas décadas, apareceram muitas evidências de que nós tendemos a manter um “nível de felicidade” constante ao longo de nossas vidas – e nem mesmo grandes acontecimentos parecem capazes de alterar bruscamente esse nível. Um exemplo disso é a pesquisa conduzida pelo psicólogo Richard Lucas, da Universidade do Estado de Michigan, Estados Unidos. Lucas passou 15 anos entrevistando solteiros e casados na Alemanha e pedindo que eles dessem notas de 0 a 10 para seu estado de felicidade. Os solteiros tinham média 7,28. No momento em que eles casavam, o valor aumentava muito: para perto de 8,5. Mas dois anos depois a média já era de exatamente 7,28 outra vez. Ou seja, a longo prazo, o casamento parece não mudar – para melhor ou para pior – o nível de felicidade .
O mesmo vale para outros acontecimentos radicalmente transformadores – para o bem ou para o mal. Um estudo com ganhadores da loteria realizado em 1978 mostrou que esses felizardos têm picos de felicidade logo após o prêmio, mas tendem a voltar aos níveis anteriores alguns meses depois. Algo equivalente parece acontecer com pessoas que ficam paraplégicas em acidentes. Elas passam por um período de infelicidade, mas dois meses depois recuperam níveis quase tão altos quanto os anteriores ao acidente.
Esse acúmulo de dados levou alguns especialistas a afirmarem que a felicidade é algo imutável. Oito anos atrás, o pesquisador Lykken criou polêmica ao afirmar publicamente que “parece que tentar se tornar mais feliz é tão fútil quanto tentar se tornar mais alto”. Hoje até ele próprio reconhece que essa afirmação foi, no mínimo, exagerada. Parece que uma analogia melhor para a felicidade é compará-la com o peso. Cada um de nós tem um biotipo diferente – uma tendência para ser mais ou menos gordo. Mas é claro que os nossos hábitos e a nossa postura têm uma grande influência sobre o número que aparece na balança. É a mesma coisa com a felicidade: temos uma tendência natural para um certo nível. Mas fazer regime funciona.
Uma questão de desejo
Um exemplo do quanto podemos alterar nossa predisposição genética para a felicidade é a forma como lidamos com nossos desejos. Existem duas maneiras de alcançar a felicidade: possuindo mais ou desejando menos. Se a felicidade é a cenoura, a vara na qual ela está pendurada é o que chamamos de desejo. E estamos fazendo varas cada vez mais compridas.
Veja o caso dos países ricos. “Nos Estados Unidos e na Europa, há uma sensação de desapontamento, pois se está percebendo que existe um limite para a satisfação que a sociedade e os bens materiais trazem”, diz o economista e filósofo Eduardo Giannetti, autor do ótimo livro Felicidade. Nos Estados Unidos, desde a Segunda Guerra Mundial, todos os indicadores econômicos e sociais melhoraram sem parar. A renda triplicou, o tamanho das casas dobrou e o acesso aos bens materiais cresceu tanto, que hoje há mais carros nas garagens do que habitantes no país. Ainda assim, o índice nacional de felicidade não cresceu um milímetro sequer. O Centro de Pesquisas de Opinião Nacional dos Estados Unidos entrevista periodicamente os americanos desde os anos 50 – e o resultado é invariavelmente o mesmo (um terço deles se considera “muito feliz”).
Há uma razão para isso: os americanos querem cada vez mais. Seus desejos não páram de crescer. Ou seja, a cenoura está cada vez mais apetitosa, mas também mais distante. Demandas crescentes são a condição essencial para manter a economia funcionando. A lógica do capitalismo é criar necessidades, para então satisfazê-las – não por acaso, esse país de insatisfeitos é o mais rico do mundo. Precisamos das coisas a partir do momento em que elas estão disponíveis e isso vale tanto para produtos quando para idéias. Quando vemos pessoas lindas, maquiadas e malhadas nas capas das revistas, e aparelhos de som inacreditáveis nos anúncios, fica difícil nos satisfazer com nosso visual comum e com o walkman velho mas honesto. Acontece que a felicidade não está diretamente ligada aos bens materiais. Ed Diener, da Universidade de Illinois, estudioso do assunto há 25 anos, avaliou o nível de felicidade das 400 pessoas mais ricas do mundo segundo a revista Forbes, e concluiu que elas estão rigorosamente empatadas com os pastores maasai da África.
Para complicar, temos cada vez mais opções. Na época em que a prateleira da farmácia abrigava apenas xampu para cabelos secos, normais ou oleosos, era fácil escolher um e ir para casa tranqüilo. Mas, quando na sua frente se enfileiram xampus de todas as procedências e preços, para cabelos ondulados, escuros, danificados, mistos, com pontas duplas, tingidos ou fracos, você não tem mais tanta segurança de que sua escolha foi a melhor. O mesmo acontece na hora de comprar um carro, creme dental ou comida congelada. Ou no momento de escolher um namorado ou uma profissão. “Muita gente fica simplesmente paralisada com tantas opções”, diz o psicólogo americano Barry Schwartz em seu livro, The Paradox of Choice (“O Paradoxo da Escolha”, não lançado no Brasil). Está aí uma fonte de frustração e ansiedade.
Em 2000, Sheena Iyengar e Mark Lepper, das Universidades de Columbia e Stanford, montaram em uma loja dois estandes com amostras de geléia, um com 24 opções de sabor e outro com apenas seis. O número de clientes que comprou o produto foi dez vezes maior no estande menos variado, ainda que o outro tenha atraído 50% mais gente. Por que isso acontece? Schwartz sugere que nessas situações as pessoas avaliam intuitivamente os “custos de oportunidade”: uma escolha implica abrir mão de todas as outras opções. Quando há centenas de possibilidades, escolher uma só significa “perder” muito mais. E, no mundo de hoje, em que cada um tem acesso ao mundo inteiro pela internet e quase não há limites para os nossos desejos, parece inevitável ficar ansioso – e infeliz – com tudo isso.
Pesquisando o assunto, o psicólogo encontrou padrões de comportamentoque permitem dividir as pessoas em dois grupos: as que procuram fazer escolhas apenas satisfatórias, sem tentar alcançar a perfeição, e as que não sossegam até que encontrem “a melhor opção de todas”. As pessoas do segundo grupo costumam fazer escolhas melhores, é claro. Mas as do primeiro ficam mais felizes com suas decisões. “A solução é diminuir o número de opções ou melhorar nossa maneira de fazer escolhas”, diz Schwartz.
Então tá. Mas será que sabemos fazer as melhores escolhas para nossa vida? Segundo os pesquisadores Daniel Gilbert, Tim Wilson, George Loewenstein e Daniel Kahneman, a resposta é não. Decisões são tomadas tendo como base nossa previsão de como cada opção vai afetar nossas vidas. Porém, segundo eles, temos uma dificuldade enorme para avaliar o quanto um acontecimento vai nos deixar felizes ou infelizes.
Nós superestimamos a intensidade e a duração das nossas reações emocionais, ao mesmo tempo que subestimamos nossa capacidade de adaptação. Lembra da história dos ganhadores da loteria e acidentados paraplégicos que logo voltam ao nível normal de felicidade? Pois então: somos capazes de nos acostumar com quase tudo. Damos importância demais a escolhas que não são tão definitivas assim e esquecemos que uma decisão “errada” não é o fim do mundo. É uma questão de colocar limites nos nossos desejos. Em outras palavras, ser feliz é muito mais simples do que se pensa.
Simples? Então explique
Tem uma idéia central: não leve tudo tão a sério. “Leveza” é a palavra-chave. Não quer dizer que todos devamos instalar um sorriso permanente no rosto e começar a achar bom tudo o que acontece. Leveza significa entender que até as melhores sensações têm fim, assim como não há aborrecimento que dure para sempre. Não é para se tornar um bobo-alegre: às vezes as circunstâncias nos obrigam a reagir de jeito negativo, e isso não é necessariamente ruim.
Gianetti chama atenção para a diferença entre “ser feliz” e “estar feliz”. “Existem pessoas que levam uma vida cheia de momentos de prazer, mas que não têm um caminho ou um significado. No extremo contrário estão aqueles que abrem mão do ‘estar feliz’ por só pensar no futuro e viver com prudência demais”. Talvez o melhor caminho esteja entre esses dois. Atingir esse equilíbrio não é moleza e infelizmente não há fórmula mágica nem manual completo. O lance é prestar atenção a si mesmo e ir mudando aos pouquinhos. “As transformações mentais demoram e não são fáceis. Demandam um esforço constante”, aconselha o dalai.
Felicidade não é um fim em si, e sim uma conseqüência do jeito que você leva a vida. As pessoas que procuram receitas e respostas complicadas para ela acabam perdendo de vista os pequenos prazeres e alegrias. É o dia-a-dia de uma pessoa e a maneira como ela reage às situações mais banais que definem seu nível de felicidade. Ou, para resumir tudo: um jeito garantido de ser feliz é se preocupando menos em ser feliz.

A receita da felicidade

Esses métodos para se tornar mais feliz foram testados em laboratório. E funcionam
Prazer
• Permita-se ter experiências sensorialmente agradáveis de vez em quando. Não se trata só de emoções fortes. A maior parte dos prazeres é bem simples: conversar, ver uma paisagem bonita, comer algo gostoso.
• Tire “fotografias mentais” dos momentos agradáveis de sua vida – repare nos detalhes, nas cores, nos cheiros. Nas horas difíceis, tente recordar-se de tudo.
• Tenha companhia. Quase todas as pessoas sentem-se mais felizes quando estão com outras pessoas. Claro que isso não significa evitar a solidão a qualquer custo, mas é importante ter amigos.
Engajamento
• Dedique-se a tudo que você faz, no trabalho ou fora. Lembre-se: a diferença entre um emprego chato e um emprego legal pode ser a sua postura. Se você se envolver mais, ele vai ficar mais divertido.
• Arrume uma atividade desafiadora, difícil, e esforce-se para se tornar cada vez melhor nela. Yoga, aeromodelismo, videogame, natação, flauta, mountain bike, culinária vegetariana, bateria. Há opções para todos os gostos.
• Exercite-se. Esporte praticado com freqüência aumenta a disposição para a vida e em geral nos deixa mais ligados no mundo e no nosso próprio corpo. Algumas pesquisas sugerem que dar risada é um ótimo exercício.
Significado
• Pesquisas mostram que escrever num diário as coisas pelas quais você é grato garante um aumento no nível de felicidade que dura seis semanas. Portanto, de tempos em tempos, lembre-se de agradecer.
• Faça atos de altruísmo ou bondade. Colabore com alguma instituição humanitária, ensine algo que você saiba (não interessa se as aulas são de alfabetização ou de guitarra), saia do seu caminho para ajudar alguém.
• Se tem alguém que foi importante na sua vida, ainda que num passado remoto, faça-o saber disso, de preferência com uma visita pessoal. Os cientistas dizem que essa “visita de gratidão” pode valer um mês de felicidade.

A receita da infelicidade

Se você quer mesmo ser feliz, precisa se convencer de que nada disso é a solução
Dinheiro
• Ele só traz felicidade até o momento em que cobre as necessidades básicas. Depois disso, mais dinheiro não altera o nível de satisfação. E um foco exagerado em coisas materiais vai esvaziar sua vida de significado.
Casamento
• Condicionar a felicidade a fatores sobre os quais você não tem controle não pode dar certo. Além disso, um casamento não tem nada a ver com um estado perene de alegria. Ele tem altos e baixos como tudo na vida.
Futuro
• “Vou ser feliz quando eu terminar de pagar meu apartamento.” É importante ter metas, mas achar que a felicidade está no futuro só adia sua realização. Sem falar que, depois de quitar a dívida, é provável que você invente outra meta, ainda mais difícil.
Carro novo
• Nossa cultura consumista e a publicidade criam necessidades novas a cada minuto. Às vezes o carro antigo ainda funciona muito bem, mas você se convence de que não pode viver sem o modelo maior que foi lançado esse mês.
Beleza
• Mais um caso de expectativa irreal. Em primeiro lugar, porque é impossível ter um corpo e um rosto perfeitos. Em segundo, porque nada disso é garantia de felicidade. Pergunte à Gisele Bündchen se ela não sofre às vezes.
Status
• Priorizar símbolos de status indica uma preocupação maior com os outros do que com você mesmo. Uma cobertura de frente para a praia é boa por causa da vista maravilhosa, não porque vai deixar os amigos morrendo de inveja.

Felicidade interna bruta

A Holanda é o país mais feliz do mundo. Mas o Brasil está bem na fita
“A Felicidade Interna Bruta de um país é mais importante do que seu Produto Interno Bruto”. A frase foi dita nos anos 70 por Jigme Singye Wangchuck, rei do Butão, um país budista espremido entre a China e a Índia. Se formos acreditar em Wangchuck, o índice mais importante que existe é aquele avaliado pela pesquisa comandada pelo especialista americano Ed Diener. Pessoas de várias partes do mundo tiveram de avaliar sua própria felicidade, dando notas. O resultado foi bem interessante. Primeiro: ficou claro que os países ricos têm níveis altos de felicidade. Nenhuma nação com renda per capita maior que 20 mil dólares por ano tirou nota de felicidade abaixo de 8 e todos os que passaram de 9 são ricos. Mas não são só os ricos que riem. Nossa América Latina também passou de ano, apesar da pobreza. O destaque foi a Colômbia – justo ela, assolada pelo tráfico de drogas e pela guerra civil. O Brasil revelou-se menos feliz que Argentina e Uruguai, uma surpresa para quem acredita no estereótipo carnavalesco. Mas também nos saímos bem.

Felicidade é...

Tirando "amor", não tem palavra mais difícil de definir. Veja aqui algumas tentativas
... “viver em paz e harmonia.”
Visão budista
... “a atividade da alma dirigida pela virtude.”
Aristóteles, filósofo grego (384–322 a.C.)
... “uma boa saúde e uma memória ruim.”
Ingrid Bergman¸ atriz sueca (1915-1982)
... “breve. Nunca chame um mortal de feliz até ver como ele baixou à sua tumba.”
Eurípedes, dramaturgo grego (480-406 a.C.)
... “um mistério como a religião. Não deveria nunca ser racionalizada.”
Gilbert Keith Chesterton, escritor inglês (1874-1936)
... “algo que não alcançaremos neste mundo, mas apenas após a salvação.”
Visão cristã
... “um estado imaginário, antes atribuído pelos vivos aos mortos, hoje geralmente atribuído pelos adultos às crianças e pelas crianças aos adultos.”
Thomas Szasz, psiquiatra húngaro (1920-)
... “um subproduto de alguma outra coisa que a gente está fazendo.”
Aldous Huxley, escritor inglês (1894-1963)
... “o caminho. Portanto, não existe caminho para a felicidade.”
Mahatma Gandhi, líder nacionalista indiano (1869-1948)

Para saber mais

Na livraria:
A Descoberta do Fluxo - Mihaly Csikszentmihalyi, Rocco, 1999
Felicidade - Eduardo Giannetti, Companhia das Letras, 2002
Euforia Perpétua - Pascal Bruckner, Difel, 2002
The Paradox of Choice - Barry Schwartz, Ecco, EUA, 2004
Culture and Subjective Well-Being - Ed Diener e Eunkook M. Suh (editores), MIT Press, EUA, 2003

27 dezembro, 2010

presente diferente


10 Idéias de Presentes de Natal para Blogueiros

Presentes de Natal para Blogueiros
Já pensou no que vai dar de presente de Natal para o blogueiro ou blogueira da sua vida? Ou para aquele amigo-irmão-camarada-blogueiro que só para de falar de blogs para lhe ajudar em caso de emergência ou crise?
Não? Não tema! :P Aqui vão algumas sugestões de presentes perfeitos – de blogueiros para blogueiros. E vice-versa.

1 – Theme ou Template

Quem não gostaria de ganhar um belo theme ou template de presente? A exceção aqui é se a pessoa que você quer presentear já tem um theme ou template customizado, é claro. Nesse caso, melhor pensar em outra coisa.
Se a pessoa ainda não tem seu theme customizado, você tem várias opções:
  • Se conhece BEM o presenteado e sabe do que ele gosta, pode comprar um pronto ou mandar fazer um customizado, que se adapte ao gosto dele;
  • Se sabe que há algum tema pronto que ele cobiça há tempos, pode comprá-lo e realizar o desejo do presenteado;
  • Se não tem idéia do que a pessoa gostaria, pode contratar alguém para fazer o tema para ela, e arcar com os custos;
  • Se você sabe fazer themes ou templates, faça um! :)

2 – Blog

Sim, um blog, porque não?
O Alê Martins escreveu um excelente post sobre isso há três anos: Dê um blog de Natal!
Eu só acrescentaria duas coisas ao texto dele, caso a pessoa presenteada não tenha idéia de como administrar/manter um blog, e pretenda fazê-lo:
  • Faça uma compilação de links que ensinem o básico, para entregar junto com o blog. Aqui no Blosque você encontra vários na seção Começando a Blogar. O Bê-a-Blog pode ser útil também, dependendo do caso;
  • Disponha-se a guiar o presenteado em seus primeiros passos neste mundo bloguístico e efigênico. Informe que você estará à disposição para tirar dúvidas, dar orientações simples e ajudar a resolver pequenos problemas.

3 – Domínio Próprio

Se um blog inteiro lhe parece muita coisa, que tal um domínio (caso a pessoa em questão ainda não tenha um)?
Como escolher o domínio? Novamente, o Alê dá excelentes dicas:
Seja sensato na escolha do domínio. Para escolher sem errar, pode ser o nomedopresenteado.com.br ou .com, se eles estiverem disponíveis. Ou algum parecido com o nome do domínio que a pessoa mantém no serviço gratuito. Se não estiverem disponíveis, você vai ter que usar a criatividade e o bom gosto.

4 – Hospedagem

Esta é uma opção mais complexa, pois não seria bacana dar um gasto de presente. Além disso, se a pessoa usa um serviço gratuito de blog, pode ser que ela não queira migrar de serviço.
Então, pense bem antes de resolver dar uma hospedagem de presente. Se a pessoa não tem domínio, provavelmente você deveria dar as duas coisas juntas – com os gastos pagos no mínimo por um ano. E pelamor, escolha uma boa hospedagem – evite dores de cabeça futuras.
Se ela tem domínio e você vai presentear a hospedagem, também deveria ser por um ano no mínimo.
Uma opção bem menos complexa é dar hospedagem para quem já tem hospedagem. Não entendeu? Você pode pagar vários meses adiantados do serviço que a pessoa usa.
No entanto, não dê simplesmente o dinheiro ao presenteado, isso não tem graça. Entre em contato com a empresa, explique o quer fazer e veja quais são as possibilidades de manter tudo em segredo. Depois de tudo acertado, é só surpreender a pessoa com um cartão informando qual é seu presente. :)

5 – Assinaturas

Existem muitos serviços premium de assinatura online que podem fazer a alegria dos blogueiros e blogueiras em geral.
Alguns exemplos: FlickrEvernoteClickyPhotobucketThird TribeProblogger CommunitySeomoz,ScribeTheme Hybrid… Existem serviços de todos os tipos, para todos os gostos e todos os bolsos.
Descubra qual serviço se adapta ao seu bolso e às necessidades e gostos do seu presenteado, e invista em alguns meses ou ano do serviço.

6 – Gadgets

Não estou falando de gadgets do Blogger, mas de gadgets eletrônicos e tals. Acho que fores nove eu (que não sou muito ligada nisso), qualquer gadget bacaninha é sucesso garantido com qualquer blogueiro.
Justamente porque não sou ligada nisso, não tenho dicas para dar; dê uma olhada nos blogs de tecnologia que você conhece, se precisa de idéias. Ou pergunte no Twitter. :P

7 – Software

BlogJet e Gravity são os únicos dois que me ocorrem agora, mas qualquer software que facilite a vida blogueira é uma excelente opção. Pense fora da caixa. ;)

8 – Links

Links são o sangue da Internet, e todo blogueiro adora recebê-los. Incluir alguém no seu blogroll ou na sidebar pode ser um singelo presentinho que com certeza vai agradar.
Só escolha bem quem vai presentear dessa forma; ser incluído em uma lista que tem mais quinhentos links não é muito bacana.

9 – Post

Aqui você tem duas opções: escrever um post-resenha no seu blog, ou escrever um guest post para que o presenteado possa publicar em seu blog quando quiser.
Lembre que a qualidade desse presente está diretamente ligada ao esforço e cuidado que você colocar ao escrever o texto. Principalmente se for um guest post, certifique-se de que o assunto e estilo do texto são apropriados para o blog do presenteado.

10 – Serviços

Com certeza você manja de alguma coisa relacionada aos blogs: código, template, SEO, etc; sem importar o que seja, você pode oferecer como presente um serviço que você saiba fazer bem.
É recomendável que você deixe claro o prazo e o escopo do serviço, para que seu presente não gere expectativas exageradas e acabe criando problemas entre você e seu amigo blogueiro.

Finalizando

Como você pode ver, dar um presente bacanésimo para um blogueiro só depende de criatividade e cuidado ao escolher. Se você escolher com carinho, com certeza terá em mãos algo inesquecível – tanto para você como para quem vai receber o presente. :)
Image Credits: Nice Photo