01 junho, 2009
sabias palavras
Fonte: igreja x sociedade
30 maio, 2009
21 maio, 2009
Para ouvir e ser feliz! Linda música do 14 Bis
Texto de Solange Pereira Pinto
Preciso lhe revelar: me apaixonei. Você me libertou das rusgas e mesquinharias cotidianas. Os tropeços, os engarrafamentos, os seres imprestáveis, o desânimo diuturno, o sistema perverso e todos os barulhos insuportáveis do viver se transformaram em estátuas de sal a dormir por mais de cem anos.
Em miragem concreta, veio você. Uma visagem limpando as heras, afastando os espinhos; tirando-me da caverna, acendeu em fogueira novamente meus versos. Lembrou-me das estradas eternas (e verdadeiras) que me vou.
Por sua causa, vi o ser humano se manifestar deus criador. Fazia tempo que as cortinas tinham se fechado para a admiração. Logo eu, que sempre acreditei haver alguns clareados por aí, estava me tornando opaca. Soturna demais. Mas você veio tão forte... Tão bela... Tão inesperada! Ascendeu-me as boas sensações dormentes. Agora me sinto vivaz, em paz e feliz! Seus dedos lisos, afagando os sulcos do tempo em minha face, deslizam em poema: "dorme um sono tranquilo na casa da paz".
As horas se tornaram telas a colorir e, meus olhos, duas lunetas voltadas às incontáveis estrelas do mar.
Em profundidade, inundo - por sua causa (e por minha) - meu caleidoscópio de sentimentos (giratórios e quebradiços) com a certeira esperança de que tudo passa. Percebo remontar os cacos em nacos amarelos e em tons alarajandos de "amanheceu vai além/tem nas mãos girassóis/brinca de ser o que for".
Rodopio as idéias e a força criativa assinala meu peito em alvo inscrevendo: "salta do nada, desata e dança ao redor". Leio nas pedras e volto a pertencer radiantemente acolhida. Meu peito saltita em percussão e "diz sorridente ao cigano que o sonho vingou/sai do abandono e ouviras as estrelas de luz".
Minha espontaneidade retoma as mãos e os desejos de fazer se jogam pelos meus ouvidos lambendo os tímpanos: "sai do silêncio, serena, serena canção/brinca de ser o que for/ tem nas mãos girassóis".
Inebriada de canção gargalho serenamente por minhas entranhas. Minhas veias convertem-se em instrumentos de sopro e minhas artérias em cordas de viola. Você penetra e me traduz em música. Risca em mim o nome do amor.
Sentir-lhe grava em mim "a laser histórias que ainda não sei ". Vou contente a repetir-lhe. Uma. Duas. Dez. Cem vezes. Num sem fim para me integrar a você como se integram as vozes uníssonas do coral. Pede bis. 14 Bis. Encantada me lanço em "riscos da arte/ capricho da sorte que vem".

14 Bis
Composição: Vermelho / Murilo Antunes
Leio nas pedras um velho e claro sinal
Traços da escrita rupestre de algum ancestral
Linda viagem, visagem, mensagem de amor
Sol das cavernas, estradas eternas me vou
Amanheceu vai além
Tem nas mãos girassóis
Brinca de ser o que for
Brilham cem mil faróis
Salta do nada, desata e dança ao redor
Tocam tambores nas tabas, nas selvas irmãs
Sai do silêncio, serena, serena canção
Joga os deuses por terra se tem coração
Diz sorridente ao cigano que o sonho vingou
Sai do abandono e ouviras as estrelas de luz
Sai do silêncio, serena, serena canção
Brinca de ser o que for
Tem nas mãos girassóis
Gravo a laser histórias que ainda não sei
Riscos da arte capricho da sorte que vem
Dorme um sono tranquilo na casa da paz
Risca na pedra bonita o nome do amor
17 abril, 2009
Diálogos impossíveis
A filha, cansada de ver a mãe discutir com o pai por causa da pensão alimentícia, chorosa pergunta à irmã:
- Por que eles não conversam civilizadamente como gente grande?
A irmã responde:
- Porque o papai não é gente grande.
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( Solange pensando alto)
22 março, 2009
Por fora e por dentro: curtas e grossas
- Metendo o bedelho na porta dos outros, vejo que muitas vezes as pessoas mais querem aparecer do que informar embora o discurso seja exatamente o contrário. Somos mais previsíveis aos outros que a nós mesmos.
- Abrindo o meu ferrolho, percebo que não preciso gostar ou querer ter uma vida diferente da minha própria vida. Se meu tesão é estudar, conversar com gente inteligente e descobrir as senhas do comportamento humano, danem-se as relações sociais meramente sociais. Não sou obrigada a conviver e a partir de agora não me sentirei culpada.
- Engraçado, sempre ouvi dizer que gaúchos eram grossos. Convivendo agora com alguns, acho que sou gaúcha.
- Comunicação é um tacho onde todo mundo mete a colher, mas mandam apenas um ficar mexendo até dar o ponto. Quem estudou o ofício é o menos ouvido.
- Existem tantas éticas no mundo quanto o número de pessoas.
- Clodovil morreu. Grande perda. Sinceramente.
- O namoro de Francine e de Max ruiu por tanta opinião. Fora do BBB é a mesma coisa, pois não namoram apenas o casal, mas todos aqueles que acompanham a novela amorosa.
- Existe mais gente incompetente no mundo, do que competente.
- Quando a agressividade se torna habitual, alguém não está se fazendo entender. A agressão é arma dos invisíveis.
11 março, 2009
dando um tempo

18 novembro, 2008
Aporrinhado Terminal
"Saco cheio baby, de chupar o seu sorvete
Saco cheio baby, de lamber todo o seu creme
De cheirar essas "porcaria" e de ouvir essas "FM"
Saco cheio baby, de ganhar essa mixaria
Entediado toda noite, todo dia
E "cê" só quer roupinha nova, "cê" só quer danceteria
Voce diz que é tão moderna, quer ser tão anos 90
Ok tá tudo bem, mas o meu saco não agüenta
Não agüenta, não agüenta, não agüenta
Saco cheio baby, de bancar o surdo mudo
Dessas pessoas que sempre acreditam em tudo
Que Deus é branco e que o diabo é chifrudo
Saco cheio baby, de tanta mediocridade
É domingão minha filha, seu baú da felicidade
Quanto ao futuro, já to morrendo é de saudade
Saco cheio baby, de mais um plano infalível
Já to retado, vou acabar baixando o nível
Faz tempo que já não tem luz, mas ninguém troca esse fuzivel
Saco cheio baby, de chupar o seu sorvete
Saco cheio baby, de lamber todo o seu creme
De cheirar essas "porcaria" e de ouvir essas "FM "
Minha filha, eu sou um aporrinhado terminal
Até sozinho aqui no quarto parece que tem gente demais"
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pra não me esquecer....
16 novembro, 2008
Brasília cor de seca
No tempo seco Brasília floresce em Flamboyants. O chão se enche de vermelho tal o barro que empoeira os parabrisas. O céu se pinta e gente admira. A Natureza que se modifica, ora queima, ora inebria.
14 novembro, 2008
Os scraps para amanhã - bom dia futuro!
em 04.11.2008
Por Solange Pereira Pinto

Pensando melhor, vou me presentear com um texto. Este texto imaterial, formado de bits e bites vai se materializar no meu blog como explosão de letras com hora marcada.
Estarei distraída pensando no amanhã ou agindo no hoje mesmo que será daqui 10 dias, quando ele – Os scraps para amanhã – surgir publicado, exatamente à meia-noite.
Escrever é uma arte como qualquer outra e precisa de necessidade ou desejo. Escrever para quê se não for por desejar dizer ou precisar? Foi assim que vim até esta folha em branco, virtualmente posicionada pelos pixels, para meter os dedos em teclas e ver sinais gráficos, vogais, consoantes, vírgulas e acentos se organizarem na tentativa de materialidade do meu pensamento.
Um desejo de falar da minha surpresa em ler, hoje, o que eu programei na semana passada para o blogue ser minimamente atualizado (salve a tecnologia que agora nos permite publicar ainda mais à distância). Uma possibilidade tal qual um seriado de TV imperdível gravado pelo videocassete quando temos que ir ao aniversário da tia-avó (diga-se, que você nunca encontra e nem fazia questão).
Ler um blogue é como acompanhar um seriado. Fazer um blogue é produzir uma série de scraps seguindo um roteiro editorial que você definiu ao criar seu diário internético (haha).
No meu caso, um programinha de variedades chulo, sem qualquer destaque, genialidade ou atrativo de massas ávidas. Um bloguezinho auto-estima elevada para eu meter o que der na teia, na minha – claro.
E, cá estou, compartilhando com o google (e algum eventual leitor) a minha descoberta: a satisfação de não lembrar de um texto que eu publiquei mesmo sem vê-lo publicado e ler o meu blogue como se estivesse lendo um blogue de um estranho. Quase não reconhecendo os atos das minhas próprias mãos. Feito uma amnésia existencial, que força a recordar: por que escolhi este scrap naquele dia?
Mundo surprendentemente estranho e divertido esse da vida virtual. Bom dia amanhã!
03 agosto, 2008
20 julho, 2008
Eu sai no fim de semana...

Minha opinião? Poucos animais e muito texto! Explico: eu amo ler (por isso comprei o livro ao sair), mas exposição precisa ser mais interativa, curiosa...
Enfim, não gostei tanto quanto pensei que pudesse admirar. Sobre a obra de Darwin, quem sou para julgar...
Porém uma parte da teoria, resumida em uma das paredes, me contagiou: "grupos separados de organismos que pertencem à mesma espécie podem adaptar-se de maneiras diferentes de forma a melhor explorar os diversos ambientes e recursos. Também podem evoluir características variadas para atrair parceiros reprodutivos. Ou seja, grupos diferentes evoluem em direções diferentes. Com o passar do tempo, esses grupos ou populações podem tornar-se tão diferentes a ponto de não mais cruzarem entre si e, assim, espécies separadas são formadas".
Desse jeito, entendo cada vez mais que o grupo ao qual pertenço está em extinção e tenho me tornado de uma espécie separada. Estou me vendo como uma mica-leõa-dourada em tempos capitalistas. Pago o mico de acreditar em uma vida filósofica, artística, criativa e mais humana. Enquanto a violência, consumo e futilidade se reproduzem em escalas geométricas formando populações predadoras de macacas como eu....
É o preço que se paga ao escolher tomar uma direção diferente... Oxalá!
Lição de Dercy Gonçalves

13 julho, 2008
Colorir para não morrer...

20 junho, 2008
Sumiço não acidental - 101 coisas em...
12 junho, 2008
Que dia é hoje?
08 junho, 2008
20 maio, 2008
Frase do universo
o que não tem nenhuma delas, que tenha religião"
Goethe
***
Confissão
acho que eu tenho excesso de fé.
minha fé é tão grande que não creio em deus.
minha crença é tão grande que não me submeto.
só quem acredita tanto na vida para não ter religião convencional.
só quem acredita muito em si mesmo para não precisar de outro deus.
só quem se acha o ó do borogodó para morar em Brasília e não fazer concurso público.
ou então deve ser maluco-doido testando a vida como ela é...
soll
Eles querem que eu desista
Técnica: desenho digital

Crença sob manto, verdade fora dele
eles querem que eu desista
eles querem que eu me entregue
meu retrato-mal-falado se espalhou
eles querem me levar
eles querem mutilar
até meu nome so-letrou
eles querem que eu entre
na mesma sala vazia
eles querem que eu fique
na cadeira giratória todo dia
minha loucura ampliou
eles querem me amarrar
minha verdade apareceu
eles querem me calar
minha fé os abalou
eles querem me prender
deus os abandonou
ver o linchamento na TV
que se seja qualquer coisa
eles querem a rendição
eles querem condenar
eles querem me julgar
meu sorriso não morreu
eles querem apedrejar
eles figem não querer
ser
o que gostariam de viver
o massacre V ou F continua
e eu ainda creio no lado de fora!
Eles passam no concursoe eu vivo com o meu eu
Por Sollpp 20.05.2008
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09 maio, 2008
Discurso de gênero
num dia a gente alisa, no outro enrola. Dá uma cortada quando precisa,
numa semana a gente amacia, na outra é só dar uma batidinha que ele fica ótimo!
Fala a verdade... Cabelo dá trabalho... Mas a mulher consegue viver careca????" (Desconhecido)
03 maio, 2008
Um diálogo hilário ou trágico?
- ô jesuis... amiga... vc é fodona
- e a fodona serve pra que mesmo?
...
Conclusão: acho que eu sou um ser tao fodao que só me fodo!