21 novembro, 2007
De Van Gogh à mulher maravilha... finda o mês de novembro
Van Gogh, já no sanatório, diziam, olhava as estrelas para não "enlouquecer" enfim. Tinha no céu a contemplação de dias melhores para a sua agonia que não calava (nem calaria). Pintava para ouvir Deus. Necessitava crer para religar-se a algo que o tirasse da solidão; sonhar, para sonhar. Sem saber as razões, estrelava em esperanças e depressões, e nelas, as estrelas, depositava fé. Vicent "deixava-se levar pelo infinito... em busca de satisfazer Gauguin..." criava seu infortúnio (?)
Pertencer à humanidade custa alto. Hoje, veio a galopes "és a mulher-maravilha, e por isso mesmo uma ficção". Alguém sugeriu "tire a capa". Assuma-se!
Tentativa "tentada" (hahaha) há anos!
Como voltar a ser (ou deixar de ser?) a princesa de Themyscira, filha da rainha das amazonas, Hipólita?
A mãe da mulher-maravilha (a princesa'superpoderosa) a criou a partir de uma imagem de barro, à qual cinco deusas do Olimpo deram vida e presentearam com superpoderes. Já adulta, foi enviada para o "mundo dos homens" para espalhar uma missão de paz, bem como lutar contra o deus da guerra, Ares. Tornou-se integrante da Liga da Justiça, assim como Superman e Batman. Ela foi a primeira heroína a ser criada....
No eco da caverna de Platão "justiça".
Seria essa busca incessante pelo justo por se saber frágil feito barro? (por isso vulnerável demais ao injusto?)
A procura do perfeito por ser "super"?
Como separar a tiara da maravilha da coroa da princesa?
Se mantinha na liga da justiça, pois ali lhe era "familiar"? (ou única opção, uma vez que ganhou poderes e "deveria" usá-los?)
Poderia deixar os poderes? Evitar o "mundo dos homens"?
Deixar o deus guerra vencer a batalha inglória?
POderia, sim. Mas não sabia como.
Não lhe bastava vender a aeronave invisível e entrar no fusca amarelo.
Deixar de voar era um aprendizado desafiante.
Largar o conservadorismo da ordem, do positivismo, para se lançar na monarquia parecia impensável sandice.
Van Gogh temeu a "pobreza" do seu irmão mecenas. E o que temeria a mulher-maravilha?
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Um comentário:
Ai, ai... Nem me fale, nem me fale...
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