
Ontem (8/12) teve exposição do Projeto Alfarrábios, que promove a troca de livros entre artistas de Brasília para intervenções artísticas. Durante o ano fizemos alguns encontros e o resultado pode ser visto no Café com Letras (203 sul).
Eu, particularmente, fiquei satisfeita com o resultado do meu livro. Todas as intervenções nele feitas estavam ótimas.
O que me deixa triste é a dificuldade de articulação entre as pessoas. Como existe desinteresse, falta de engajamento e de comprometimento! Affff! O ser humano é bicho esquisito mesmo!
Mas, lá estavam os livros. Levei também uns "livros-alternativos" e outras produções. Os amigos do peito estavam lá (alguns deles hehehe).
Foi divertido! Ri, brinquei, tomei muita água com gás e curti as pessoas que realmente valem a pena, embora tenha sentido falta de outras.
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Sobre o Projeto:
Atenção...gravando!
Alfarrábios
– Livros de artista em Brasília-
Por Manoela Afonso
Quem, quando adolescente, não fez um caderno com poesias, desenhos e colagens? Ou quando criança não adorava rabiscar os livros e revistas de seus pais? Muitas pessoas carregam consigo diários ou cadernos de anotações onde rabiscam, escrevem, desenham, anotam o sonho da noite passada, registram compromissos, histórias, projetos, idéias e objetivos a serem cumpridos na semana que vem, no mês que vem, no ano que vem ou daqui a 30 anos. Esses cadernos, agendas, diários e livros revelam todo um processo de criação e de estruturação de pensamento.
Paulo Silveira, em seu belo livro “A página violada”, chama a atenção para o fato de que livros como os de William Blake (publicados entre 1788 e 1821) e cadernos de Leonardo da Vinci (dos séculos XV e XVI) poderiam muito bem ser considerados livros de artista. Mas esse termo só foi legitimado e conceituado por volta das décadas de 60 e 70, período em que artistas de diversos países se apropriaram do formato “livro” para realizarem suas obras.
Nos anos 80 o livro de artista muitas vezes caracterizou-se pela sua forma ousada de livro-objeto. Artistas passaram a desenvolver um “não-livro”, ou seja, um objeto artístico em forma de livro, mas destituído de toda a sua função literária. As técnicas utilizadas eram as mais diversas: desenho, colagem, pintura, gravura, xerox, escultura. Seus formatos e materiais variavam muito, de papel e madeira a ferro, cerâmica, entre outros.
Em Brasília existe um projeto de troca de livros de artista chamado Alfarrábios que teve início no dia 18 de março deste ano e a sua proposta é reunir artistas para a troca de poéticas, registros e olhares através do livro-arte. Durante os encontros de troca, cada livro, já com algumas intervenções, foi apresentado por seu autor e, em seguida, realizou-se um sorteio para a definição da troca. Cada livro torna-se, então, uma obra coletiva sempre em construção e em infinita transformação.
Blogs do Projeto aqui e aqui
Blog de livro-arte e outros
2 comentários:
Concordo vom você em tudo...
q bom q a exposição aconteceu soll!!! um beijo de curitiba procê!
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