A seguir trechos da entrevista do escritor inglês Julian Barnes (autor do livro "O Papagaio de Flaubert", ed. Rocco) à Folha de São Paulo, em dezembro/2005.
"Meus amigos são ateus ou agnósticos, mas não falamos da dificuldade que cerca o morrer, a dor ou o sofrimento implícitos no desaparecer da existência".
"A sociedade nos apresenta uma ilusão da vida humana como sendo algo que cada um pode criar pessoalmente, que está sob nosso próprio controle e nos faz crer que seremos recompensados se nos comportarmos de determinada forma. Isso é mentira. Mas só nos damos conta disso quando já é tarde demais. Essa é minha perspectiva pessimista da vida".
"A ficção é uma forma de contar a verdade. É por isso que sou escritor de ficção: porque estou convencido de que o romance descobre mais verdades do que ensaios, documentários de televisão e todo tipo de trabalho baseado em fatos".
"Às vezes descobrimos uma verdade que acreditamos ser original e inovadora, mas não demoramos a comprovar que alguém já chegou a uma conclusão semelhante 500 anos atrás".
Nenhum comentário:
Postar um comentário