31 outubro, 2006

quem pergunta quer saber...


A frase publicada no blog:
"Às vezes sou margem, nas outras rio" (Solange PP)

O comentário:
“manoela disse...
E o q incomoda mais? ser rio conduzido pela margem ou margem desgastada pelo rio? beijos! eu às vezes rio, mas não muitas, vivo de mau humor :)”


A resposta:
Amiga Mano,

Questão difícil, né? Eu fui rio conduzido por margens largas na infância. Mais tarde, cercada por outras muito estreitas no início da fase adulta. Se antes eu era um rio que corria alagando matas, em seguida virei quase um riacho premido por pedras de tamanhos variados. Houve um dia que, quase seca, virando sertão, pensei, se não posso escorrer livre que graça tem ser água? “Optei” pela margem. Tirei o leito de campo, deixei pessoas desérticas, apatetadas e perplexas. Assim como eu também havia ficado. Mas, vi que tem margem que começa a crescer e invadir rios. De correntezas fracas. Cresce um pouco mais aqui, não se deixa inundar dali... De repente, ser margem tinha lá seu encanto de observação de rios loucos, quedas d’água inoportunas e tempestades fortes demais para uma simples matinha à beira. Cresci, morri, definhei, renasci, fui expulsa, voltei. Hoje em dia, nem posso lhe dizer se sou mais rio conduzido pela margem ou mais margem desgastada pelo rio. Talvez, seja ambos. Ora rio, ora margem. Confesso, porém, que ser conduzida não me agrada, ser oprimida não suporto, e ser desgastada é um preço alto demais. Por isso, rio. Rio da minha falta de competência de ser rio. Rio da minha cara-de-pau de ser margem. Fico indignada também pelos mesmos motivos. Acho que vou é virar pedra. Sair rolando. Parar quando cansar num brejo qualquer. Ou bater na cabeça de um desavisado que nada sem olhar para o lado. Quem sabe até afundar, já que pedra não bóia. Eta vididinha difícil essa de seguir a própria natureza. O que mais me incomoda é não poder ser eu. Isso não tem a menor graça!

E, um beijão para você, Mano, que bem me entende!

30 outubro, 2006

selo de ouro

EI GENTE!!!!


Recebi o recado abaixo! E, que tal vocês todos votarem em mim, para eu ganhar o selo de ouro do blogstars? Estou em 15 lugar na classificação "blogs pessoais" e em 92 na classificação "os cem melhores blogs"!

Conto com vocês! É só entrar aqui ou no selo (link do lado direito, abaixo, no meu blog) e votar!

Então, vamos que vamos! bjoes e valeu!


Ah, podem votar diariamente rsss, para eu tentar ganhar o selo!

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"Informamos que este BlogStars estará concorrendo ao selo dourado do dia 30/Outubro/2006 à 05/Novembro/2006 "

"Observação : O BlogStars que ficar na segunda colocação no final da votação da semana voltará a concorrer durante a próxima semana - valido apenas para 2 (duas) semanas seguidas".

29 outubro, 2006

Frase do ano

"Às vezes sou margem, nas outras rio" (Solange PP)
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Garotas que dizem Ni - Blog do dia

Topa Tudo por Debate


Certa feita, Silvio Santos (o homem, o mito, o dono do baú) lançou sua candidatura à Presidência do Brasil. Mas antes mesmo da vitória vir a cabo, ele caiu fora. Não se sabe se na plataforma eleitoral constava transformar a fila do INPS em um grande show de calouros ou fazer a aposentadoria ser entregue em aviõezinhos de dinheiro em vez de contracheque de papel. Uma pena mesmo termos perdido todo um período de Silvio Presidente... Mas o talento do Patrão ainda poderia ser aproveitado nestes tempos de pleito, acho. E se o homem fosse escalado para gerenciar os debates do segundo turno? Não ficaria sensacional?


Na minha modesta opinião, Silvio tem um potencial televisivo para além do eterno domingo. Deveria ser ele, por sinal, a tocar “O Aprendiz” no Brasil (queria ver neguinho folgando na frente do Seo Silvio, correndo risco de ser demitido e ainda levar “xampu de ovo”). O sujeito não só é um empresário que veio do nada, como é um empresário que veio do nada e manteve o bom humor. Aliás, veio do nada, manteve o bom humor e ainda chumbou um microfone direto no peitoral.


Sei que William Bonner e Ricardo Boechat têm presença e credibilidade. Mas imaginem apenas a possibilidade de Silvio Santos ser o âncora de um debate presidencial. Aposto em 89 pontos de Ibope, no mínimo.


ApresentaçõesPara começo, ele não ficaria em segundo plano com candidatos que já começam desejando o velho boa noite ao telespectador, proferindo seu amor pelo momento democrático e blá blá blá. Silvio tornaria o ensejo impagável, perguntando se Geraldo Alckmin veio com a caravana de Pindamonhangaba e sobre os créditos de Lula.- Veio de onde, Lula, veio de onde?- Venho de Brasília, Silvio.- E o que você faz lá em Brasília, Lula?- Bom... bom, eu sou Presidente da República, Silvio.- E quanto custa um quilo de tomate lá em Brasília?Ele não consegue manter um diálogo coerente, é verdade. Ah, mas os candidatos também não.

Leia o final aqui

28 outubro, 2006

livro do artista


Título: Imortalidade
Autora: Solange Pereira Pinto
Técnica: mista
Data: outubro/2006
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obs: intervenção feita por mim no livro da artista Agda

Arte de Wallace - livro do artista outubro/2006

Frase de MSN

"Meu fígado é total flex".

25 outubro, 2006

Liberdade de expressão no Brasil?

O Brasil 'retrocede' em liberdade de imprensa, diz relatório
[...] Na América Latina, a Bolívia subiu alguns postos e lidera o ranking. Já o Brasil retrocedeu, passando para o 75º lugar [...]

Leia na íntegra aqui.

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Por que será hein?!?!

Antes que vire coluna social... lá vem um conto...

Gente do céu! Olhando os posts anteriores percebi que esse blog tá virando quase percurso etílico-gastronômico. Então, resolvi colocar um conto aqui, para lembrar que nem tudo acaba em pizza, mas às vezes em palavras. Beijos a todos vocês que me acompanham nesta vida virtual!!!! ahahahaha.

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A faxina

por Solange Pereira Pinto

Um pequeno apartamento de dois quartos, num bairro classe média da capital, abriga a sobrevivência. Não há lugar para se guardar sonhos, arte, futuro. Mensalmente as contas são pagas. Os sorrisos pálidos. Pela porta entra e saí diariamente uma chefe de família. A artista sonhadora foi expulsa na última faxina, no mês de julho.


O relógio galopava. Férias trocadas por arrumação. Encontro marcado com o passado. A escada alta alcançava os maleiros que hora após minutos se enchiam ainda mais de ar. As cartas relidas pela penúltima vez afugentavam o medo de perder quem ela fora. Os álbuns comprovavam o que sua memória insistia em não reter; os personagens, os roteiros, as cenas. A diretora. Os discos entoavam dias frios, cobertor, pisada de meia no chão; conversas intermináveis no velho sofá; porres; despedidas; festas; separações. Cada CD recontando sua versão da história. As roupas que não entravam refaziam seu percurso individual no tempo, cada desfile no cotidiano. Nos diários as dores encadernadas, as conquistas amareladas, as páginas finais por preencher. Os livros e seus marcadores de etapas saltadas. Aprendizagens, passagens mimeografadas na memória. A perda de convicções. Quimeras. Ídolos destruídos. Mortais imortalizados. Incontáveis horas ainda por ler.

Cada caixa que saía do apartamento apertava-lhe. O espaço se tornando mais amplo e ela diminuída. Eram sacos e mais sacos de lixo. Daqueles pretos. Cem litros ali de documentos. Cem litros acolá de cacarecos. Cem litros aqui de bibelôs. Cem litros pra lá de matéria-prima para realizações futuras. Mexida profunda. Os armários se abrindo. Seu peito se contraindo. As contradições não começaram aí.

Muito antes a necessidade de concretizar projetos de vida deslocou estantes, livros, mesas, papéis, móveis, poeira. Desengavetar sonhos. Realizar. Terminar a costura de uma infinda colcha de retalhos iniciada na adolescência. Resolvera apenas procurar as agulhas, as linhas coloridas, os tecidos tão carinhosamente recortados em vários tamanhos e formatos. Não sabia que quem terminaria recortada seria ela.


Difícil mesmo foi se livrar da compulsão de ser feliz. Anos e anos juntando jornais para futuras construções em papier marché. Peças diversas para instalações artísticas. Sucatas para enormes oficinas de criatividade com crianças, jovens e adultos. Vidros e latas pululantes de idéias. Partes diversas de exposições e exposições de experiência e beleza para erguer. Engenhocas. Invenções. O que poderia parecer uma obsessão de guardar passado era crença no futuro. A possibilidade de fazer arte. Dela viver.


Pensava, para tudo o destino é o lixo, ou o pó. Assim, então, será. As caixas são sepulcros Continuava sendo assim. O carro fúnebre do serviço de limpeza urbana não tardaria levar a caixaria de aplausos, de sorrisos, de criatividade, de prazer. Para longe se iria em cortejo a arte. Não mais para ela. Para algum catador de lixo. Para alguma fábrica de reciclagem. Para se perder caída em um terreno baldio ou asfalto qualquer. Se foram e levaram. Partida. “O conhecimento serve à sobrevivência, a arte à vida”, registrava o bilhete levemente rasgado fugido de algum saco e levado ao vento, nem tão longe dali.





Contraste...

Inauguração do Crepe d'Rua

Preparando um crepe na rua

Foto do teto do Chiquita Bacana

Ontem tive duas surpresas. Primeiro a boa. Fui à inauguração do Crepe d’ Rua, que fica na rua do Beirute, logo após o balão da 309/310 sul (em frente à igreja). Atendimento ótimo, crepe muito bem-feito, bom preço e tudo no maior capricho, apesar de ser literalmente na rua.
Após experimentar o de banana e o de frango, segui, para o Sempre um Papo, para ver o Arnaldo Antunes. Excelente! Terminada a fila de autógrafos, que era bastante longa, fui com a Marcella e o Bruno (da produção do evento) para o Chiquita Bacana, um bar recém-inaugurado (acho rsss), que fica na 210 sul. Essa é a ruim. Atendimento a desejar. Porções pequenas. Vinha o petisco. Um tempo depois os talheres. Muiiiiiiiiiiito tempo após (tivemos que pedir) os guardanapos. Ou seja, um lugar que prima pela decoração e peca no atendimento. O lugar estava relativamente cheio. E, nossa conversa foi ótima.
Mas, confesso, o Crepe d’ Rua teve nota dez, já o Chiquita.... de Bacana só tem o nome. Lá vem o velho ditado: “muitas vezes as aparências enganam”. E, como!

24 outubro, 2006

Frases tupiniquins e viva as eleições!

Eu não vi o debate dos presidenciáveis Lula e Alckmin na TV Record, mas pelo que li na internet a segunda-feira parece ter sido divertida. Dentre as páginas e páginas sobre o falatório, escolhi algumas “frases” tupiniquins (convocando de Mike Tyson a Hitler) publicadas na mídia on-line hoje:

  • Geraldo Alckmin (PSDB) retomou o estilo agressivo.
  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT) optou por utilizar o tom mais irônico.
  • No primeiro bloco, os candidatos se dedicaram a gastar "munição", com pouca discussão de propostas e mais troca de acusações.
  • Alckmin sinalizou que retornaria ao estilo "Mike Tyson".
  • Lula se compara ao ex-presidente Juscelino Kubitschek.
  • O tucano falou de escândalos da Era Lula.
  • O petista disse das privatizações estilo PSDB.
  • Na paralela FHC falou que Lula é fanfarrão e comparou o petista a Hitler. (Dizendo que os petistas usam de técnicas nazistas de propaganda, repetindo mentiras até que virem verdade).
  • Lila Covas (viúva de Mario Covas) retrucou, no mesmo evento em que estava FHC, que "nós estamos sendo engolidos, será que não se vê?”
  • Já o presidente nacional do PT e coordenador da campanha à reeleição Lula, Marco Aurélio Garcia, combate dizendo que FHC perdeu a compostura (“A derrota parece haver subido à cabeça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”).
  • Garcia completa falando do DNA tucano "no passado, ele [FHC] havia pedido para esquecer o que ele escreveu. Agora parece querer que nós esqueçamos o que ele fez. O programa de privatização não é uma invenção nossa. Ele faz parte do DNA dos tucanos".
  • Polícia Federal identifica possíveis “laranjas” do caso Dossiê.
  • Enquanto isso, o Ibope cresce na TV.
  • E os eleitores ficam na ciranda-cirandinha do atirei o pau no gato. Quem fará o “miauuuuuuuuuu”? Ou sobrará pau pra todo lado?

  • "Os escravos de jó jogavam cachangá;Tira, põe, deixa o zé pereira ficar;Guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue zá"...

  • Já decidi o meu voto...

22 outubro, 2006

Recadinho - Arnaldo Antunes

Galera de Brasília,

Arnaldo Antunes é o próximo convidado do Sempre um Papo em Brasília. O bate-papo será na próxima terça-feira, dia 24 de outubro, às 19h30, no Teatro da Caixa Cultural (Setor Bancário Sul, quadra 4). Entrada franca.

Participe e saiba mais sobre a relação de A. Antunes com música e literatura, além da leitura de poemas.

Para quem não sabe: Arnaldo Antunes sempre foi um artista diferenciado. Em 25 anos de carreira, transitou na música, poesia e literatura, sempre de forma marcante e original. Iniciou a carreira em 1980 no Rio de Janeiro, juntamente com um grupo que apresentava performances nos diversos centros culturais da cidade. Em 1982 iniciou sua jornada com os Titãs, na época Titãs do ieiê, parceria que durou 10 anos, até 1992, quando Arnaldo resolveu deixar a banda e seguir uma carreira solo. A partir de 1993, Arnaldo Antunes lançou nove discos, além do cd com os Tribalistas, de mesmo nome, lançado em 2003 pela EMI e algumas outras trilhas e participações. Além dos discos e da carreira de músico Arnaldo sempre foi um artista interessado e envolvido com a literatura. Ao longo de sua carreira lançou onze livros, alternando entre poemas, artigos, textos, e até letras de canções.

Essas frases poderiam ser minhas...

Título: (Su)s [pensa]
Autora: Solange Pereira Pinto
Técnica: Fotografia
Data: agosto/2006
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"Ah, inércia, inércia, quanto mais nos movimentamos mais temos energia para prosseguir".
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"Do rio que tudo arrasta se diz violento, mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem".
Bertold Brecht
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Sim. Agressiva. Ainda estou suspensa. Internamente comprimida....
Soll

Fulô do Sertão - Café nordestino

Inagurado há pouco mais de dois meses, em Brasília, o Café Nordestino Fulô do Sertão (404 norte - bloco B) é boa pedida numa sexta-feira à noite. Música ao vivo, violão e voz, MPB e forró dão graça especial ao local. A decoração rústica e aconchegante abriga os brasilienses que curtem tapioca, baião de dois, dobradinha, arrumadinho, cuscuz e muito mais. O local funciona de terça-feira a domingo a partir das 9h e serve café nordestino completo. Vale a pena conferir. Mais informações pelo telefone 3201.0129.

Conjugação carnal


Ele – insinua
Ela – deseja
Eu – dirijo
Tu – não sabes
Ele – insiste
Ela - também
Nós – divididos
Vós – sabereis
Eles – gozaram
Eu – esperei.

Solange PP

20 outubro, 2006

Hoje é dia do poeta


Vinha



Olhos gordos de amor
Molhado
Brilho puro da luz
Suado
Boca sedenta de carne
Vermelha
Tez macia dos lábios
Perdidos
Acordes agudos da voz
Silente
Sorriso medido dos dentes
Vorazes
largadas mãos da viola
Urgente
Envolvem o cós da menina
Canção
Repetidos nomes do passado
Acaso
Umedecida lua do amor
Flutua.


Solange Pereira Pinto (27.07.1999)

19 outubro, 2006

Quem pintou? Diversão para a madrugada...


Você sabe quem pintou o quadro acima?
Teste seus conhecimentos em arte aqui. Jogo divertido e boa sorte!


Ler deveria ser proibido!

Título: Sal(v)a(dor)
Autora: Solange Pereira Pinto
Técnica: Fotografia e hidrocor
(um intervenção artística no livro do artista Massimo)
Data: setembro/2006
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"[...] a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos [... ] A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura deveria ser proibida. Ler pode tornar o homem perigosamente humano". (In: PRADO, J. & CONDINI, P. (Orgs.) Rio de Janeiro: Argus, 1999. pp.71-3).

Fonte ORKUT

18 outubro, 2006

Cotidiano


Chegará o dia em que trocaremos as camas pelas cadeiras?

Frase de MSN às 2h da madruga




"Nossas flechas cobrirão os céus e lutaremos nas sombras".

(Gustavo Canelli)