18 abril, 2008

Em Taubaté, concurso para escriturário tem questões sobre BBB

Deu na prova



PODE FREUD?!?!?!?!?!?! a bibliografia a ser estudada pelo concurso deve ser Quem, Caras, Contigo e Ti-ti-ti. O que faz sentido, pois funcionário público não trabalha mesmo e vive de fofoca! Falando da vida espetacular da mídia... afffff E o presidente da câmara dando a dica de Mazzaropi é o máximo! Quem?




18/04/2008 15:11
Leônidas Albuquerque - Do CorreioWeb
Quem deixou de acompanhar as revistas sobre fofocas da vida das celebridades e não assistiu à ultima edição do Big Brother Brasil pode perder a chance de ingressar como servidor da prefeitura do município de Taubaté, no interior de São Paulo. Isso porque a prova para seleção de escriturário, aplicada no último domingo, trazia questões como "Alexandre, Bianca e Fernando participaram de que edição do programa Big Brother Brasil?" e "Que famoso casal 'global' anunciou, recentemente, o fim do casamento?". (hahahah o Fábio acertou! Lázaro Ramos e Thaís Araújo! vai amor, vai pra Taubaté! haahahah)


Apesar do edital de abertura da seleção prever a cobrança de conhecimento sobre atualidades - além de português, matemática e informática, totalizando 80 questões -, o tema cobrado surpreende por não ter ligação direta com as atribuições do cargo: escrituração de registros e expediente em repartições públicas, com rendimentos mensais de R$ 450. Ao todo, 1.600 pessoas concorreram às 40 vagas. O resultado está previsto para a próxima semana.



A prefeitura descarta suspender o concurso. Não considera sequer anular os dois itens. Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, "tratam-se de questões subjetivas, que podem perfeitamente cobradas em um processo seletivo desta natureza". Por erro da organização, apenas uma questão, que indagava o nome do atual presidente da Câmara dos Vereadores do município, foi anulada. Nenhuma das alternativas apresentadas correspondia à resposta certa.



Fora o noticiário sobre celebridades, a seção de atualidades incluiu também questões sobre política ("Quem é o atual prefeito de São Paulo?"), saúde ("Qual é a doença transmitida através do mosquito Aedes aegypti?") e esportes ("Quais são os três pilotos brasileiros que disputam a temporada 2008 da Fórmula 1?").



O presidente da Câmara Municipal, Luiz Gonzaga Soares (PR), criticou a prova. "Esse tipo de pergunta me parece mais relacionada a fofoca do que a conhecimentos gerais. As pessoas poderiam ter sido questionadas, por exemplo, sobre Monteiro Lobato ou Mazzaropi, que fazem parte da cultura de nossa cidade", disse Soares. Ele afirmou ter enviado requerimento ao prefeito Roberto Peixoto (PMDB) solicitando explicações e propondo o cancelamento da seleção

17 abril, 2008

Compareça!

hoje é dia do beijo!

ahahah, Pelo jeito a docência brasileira serve para alguma coisa mais prazerosa, porém ainda existe a dificuldade em aceitar questionamentos...


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Professor ensina beijo brasileiro em universidade no Japão


Daisuke Onuki, que morou 13 anos no Brasil, é professor da universidade Tokai.

Hoje os brasileiros 'comemoram' o Dia do Beijo

Uma vez por ano o professor Daisuke Onuki dá uma aula inusitada na universidade Tokai, em Kanagawa, perto de Tóquio: ele ensina seus alunos a beijar como os brasileiros.


Homem sério, pai de três filhos, Onuki não está para brincadeira. Ela pega as alunas -e os alunos também-, abraça e tasca um beijo no rosto, para demonstrar como fazem os brasileiros para se cumprimentar. Tudo muito profissional. Tudo muito acadêmico.


Onuki é professor de relações internacionais da Tokai. Sua especialidade é falar sobre a cooperação entre os países, curso em que ele prepara os estudantes para trabalhar no exterior.


"Decidi começar o curso mostrando as diferenças culturais entre países tão diversos como o Japão, a Alemanha e o Brasil", afirmou o professor ao G1 em bom português, em entrevista por telefone, na qual ficou em evidência seu forte sotaque, mesmo após 13 anos morando entre São Paulo e Fortaleza. "


E nada melhor do que testarmos os diferentes tipos de cumprimentos (o beijo brasileiro, a reverência japonesa e o aperto de mão europeu) para começar o mergulho nessas culturas."


Agora que você sabe o que faz o professor Onuki, imagine a cena: uma sala de aula com dezenas de jovens japoneses supertímidos e reservados com a missão de se abraçar e se beijar. A brasileira Luciana Trajano já participou desta experiência. "A reação deles é engraçada. Eles ficam dando risadinhas acanhadas e têm dificuldade para se abraçar, como fazemos normalmente no Brasil", conta.


Mas a dificuldade aparece dos dois lados, afirma a brasileira. "Na hora de fazer a reverência japonesa eu percebi que isso não é algo natural e fácil como pensava que seria. A falta de jeito deles também era a minha."


Sabedoria japonesa

Sabedor destas dificuldades comportamentais, mestre Onuki explica o conceito por trás de suas aulas na universidade. "Tento expandir o mundo desses alunos. Mostrar outras formas de pensar, agir e se relacionar."

Mas e a vergonha dos japoneses ao beijar e a falta de jeito dos brasileiros ao fazer a reverência? "É justamente isso que torna a atividade gostosa. Todos ficam meio assim, alterados, dão risadas como se estivessem sentindo cócegas.

Beijo coletivo

Onuki já deu a aula de beijo, abraço, aperto de mão e reverência para centenas de pessoas, no Brasil, no Japão e na Alemanha. Certa vez tinha 800 alunos na mesma sala. "O número de participantes não interfere. Mas tive dificuldades com os alemães, que são muito questionadores e ficavam perguntando o motivo da atividade. Isso é ruim porque corta o barato e o dinamismo da aula. Já os japoneses são obedientes e, mesmo envergonhados, abraçam e beijam quando eu peço."

A idéia da aula surgiu após Onuki morar no Brasil. Entre 1988 e 2006 ele passou três longas temporadas em São Paulo e Fortaleza, interrompidas por idas e voltas ao Japão. Foi aqui que ele se casou, teve filhos e aprendeu a beijar como os nativos.

"Em São Paulo se beija uma vez no rosto para cumprimentar. No Rio, duas, porque os jovens solteiros aproveitam para beijar mais", brinca o professor, ressaltando que os hábitos de um país ainda encontram diferenças regionais.


O jeitinho brasileiro

Onuki explica aos seus alunos que o cumprimento brasileiro estimula o contato físico e o "olho no olho". "Quanto tocamos um no outro, gerando o tal do calor humano, nosso cérebro produz uma substância chamada oxitocina, a mesma que aparece para as mulheres na hora da amamentação.

A oxitocina nos deixa calmos, relaxados e confiantes (obs. pelo visto tão confiantes que não precisamos ir atrás de tecnologias e desenvolvimento...) É o oposto da adrenalina, que nos prepara para correr e brigar, por exemplo (e quem já viveu bomba nuclear bem sabe o que é adrenalina...)"

No Japão, conta o professor, "vivemos distantes uns dos outros, e dificilmente tocamos no outro". "Há poucos anos era quase impossível ver jovens se beijando na boca e trocando carícias em público no Japão, mesmo em Tóquio. Hoje em dia ainda é raro, mas já acontece."

A tradição japonesa

A reverência feita pelos japoneses ao se cumprimentarem guarda mais complexidade do que um brasileiro pode pensar. "Ao abaixar a cabeça o japonês está demonstrando humildade em relação ao outro, mas também tentando sentir o outro. É apenas um segundo reclinado, mas significa muito."

Veja como o professor descreve a reverência em suas palestras: "Este cumprimento, quando é feito com muita atenção no que se passa, traz uma sensação como se algo dentro de si saísse e se entendesse -provavelmente partindo do topo da cabeça- e fosse flutuando na direção do outro, para sentir o outro."

Em japonês, prossegue Onuki, quando sentimos o outro invisível nós falamos que sentimos o "ki", que ele descreve como "uma função do coração com que percebemos o mundo externo e comprendemos a relação entre o mundo externo e eu -a consciência". E com os olhos fechados fica mais fácil sentir o "ki", diz o professor.

Entendeu? Mas para fazer a reverência, na prática, ainda é necessário "reprimir os sentidos comuns", explica Onuki. "Os brasileiros e os alemães não fazem direito: eles levantam a cabeça antes da hora."

O jeitão europeu Por fim, vem o aperto de mão europeu -"firme, muito firme", ensina Onuki. "É uma saudação forte, que demonstra uma espécie de confronto. Olhos nos olhos, um enfrentando e respeitando o outro."

Depois de muitas aulas na universidade Tokai, o professor Onuki chegou a uma conclusão: "os japoneses gostam mais do beijo brasileiro do que do aperto de mão alemão."


por Fabio Schivartche - http://g1.globo.com/

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Indicação - Livro: A revolução sexual sobre rodas: conquistando o afeto e a autonomia - de Fabiano Puhlmann

O autor, com a intenção de diminuir o medo, a vergonha e o isolamento afetivo e sexual a que muitas pessoas com deficiência física se condenam, esclarece neste livro as principais dúvidas sobre tratamentos, recursos e atitudes a serem mantidas para uma sexualidade livre e prazerosa depois da deficiência física. Tratando também da inclusão social, este livro ajuda a pessoa com deficiência a resgatar a vida, a autonomia, o afeto e o erotismo esquecido. Autor: Fabiano Puhlmann - 128 páginas - Editora Nome da Rosa - R$ 20,00 - A venda nas principais livrarias do país ou pelo site http://www.nomedarosa.com.br/ http://www.netpsi.com.br/livros/arquivo_livros.htm

16 abril, 2008

Escrever dá trabalho, trabalhar não dá...




Minha necessidade de escrever me atabalhoa. É que preciso (do verbo necessitar para sobreviver) de fazer outras coisas e me pego pesquisando pra escrever um texto novo ,cujo tema me entope veias e entala a garganta.


Escrever é como ar para mim. Se o tema vem à baila, tem que bailar. Melhor dizendo, tem que bailar lindamente, de salto alto, traje a rigor, um bom perfume, um brinco adequado, para rodopiar no salão sem tropeço e receber aplausos no final (ainda que seja o auto-reconhecimento).


Por isso, fico parecendo madame em dia de festa. Corre daqui. Ajeita dali. Sua acolá. Uma trabalheira que só! Praticamente um sofrimento. Aliás, um masoquismo, por que no meio de tudo isso há prazer.


Escrever dá trabalho! É fundamental pesquisar o tema. É essencial usar o dicionário. É recomendado olhar a gramática. É aconselhável pedir alguém que leia para ver se o dito está de fato dito como deve ser dito (traduzindo: se a mensagem está do jeito que você quer). É indispensável revisar, revisar, revisar.


Nessa ida e vinda de dedos saltitantes pelos teclados, idéias pululantes na cabeça e ponteiros agitados numa pressa que não compreendo o motivo (hahahaah), vou me perdendo do senso de realidade (?) e obrigações (!).


Obviamente, a dona responsabilidade fica se metendo entre cada parágrafo, obrigando-me a correr com o texto, pois é hora de outros afazeres mais importantes (?).


Dou uma driblada nela. Peço um minutinho a mais, emendo mais um parágrafo. Mas o alarme está ali "bléimmmmmmmmm, pára! Chega! Tá passando da hora!". Estou quase na conclusão do texto quando se faz urgente me levantar e sair para mais um compromisso remunerado (ainda que insuficiente).


Nessa toada vou me frustrando e tentando compreender por que escrever dá trabalho e não é reconhecidamente um trabalho, e por que trabalhar nem dá tanto trabalho, na maioria das vezes mais aporrinhação. Ou por que não pode ser este o meu trabalho diário remunerado (já que o faço diariamente). Ou por que tenho a incontrolável necessidade de me ocupar com algo que não me sustenta o corpo, porém indescritivelmente me alimenta o ser.


Enquanto não entendo esse mundo vou me perdendo entre as linhas de mais um pensamento para alinhavar outro argumento. Se a existência é mesmo incompreensível, gastar mais uns minutos a traçar novos períodos não deve ser crime ou objeto de castigo.


Assumo as penalidades e vou para o grande final, pois o baile já vai começar. Quer dançar?
...

Blog corporativo e serviço público

A colheita de uvas no Vale do São Francisco pelo olhar de um pintor local



O" CT-AGRO é um blog corporativo que foi criado com o objetivo de informar à comunidade científica e ao público em geral as ações desenvolvidas pelo Comitê Gestor do Fundo Setorial de Agronegócio do Ministério da Ciência e Tecnologia".



Louvável esta iniciativa! Pois divulga informações, mostra a cara do serviço público, presta auxílio ao cidadão, auxilia a comunidade científica e, mais que tudo, torna público o que é público na área de agronegócios.



Se outros servidores públicos tivessem a mesma iniciativa, teríamos menos quebra-cabeças a montar, menos tempo a perder e menos dinheiro a desperdiçar.

Desenhos de sapatos ou pra quem preferir: design




O menino de pijama listrado


Eu li. Sim eu li. Confesso: eu li. São poucas páginas, sim. 186. Foi recomendado, sim. Por uma livreira, sim. E, por isso, eu li. Eu li por que leio que me dizem que é bom. Eu li por que eu gosto de ler. Sim. Eu li. Eu li porque a capa é bonita: listrada de azul e branco e rugosa. Eu li. Eu li por que eu leio. Eu peguei e coloquei na estante. Eu li porque sou viciada em ler. Ele me chamava com sua lombada. Eu peguei. Eu li. Eu juro que eu li. Eu li. Fácil demais. Difícil demais. Eu li. Metáforas bobas demais. Eu li. Joguetes de escritas. Eu li. Durante grande parte da vida, eu li. Eu li mais que mais que mais e me entupi: EU NÃO AGÜENTO MAIS LER, OUVIR, VER ALGO SOBRE o HOLOCAUSTO! ATÉ QUANDO? POR MAIS QUANTO? POR ENQUANTO? POR QUE MANDO? Sinceramente, a apologia ao barbarismo contra os judeus acaba por criar antipatia. Essa fixação no holocausto CANSA! ENJOA! EMPUTECE! Não me admiro que grupos estejam se insurgindo contra minorias impostas e, de certa forma, ditadoras. A ditadura do holocausto já encheu o meu saco! Tudo bem, o livrinho do menino de pijama listrado é bonitinho, para quem ainda não leu filosofia. É fofinho para constar na lista de mais um infanto-juvenil introdutório tipo KY. Desce devagar. Entra macio embora possa fazer chorar. Um livro para virgens. Judias ou não. Mas não judia de mim! aff...

Com a Boca No Mundo


com Ney Matogrosso

Quantas vezes eles vão me perguntar
Se eu não faço nada a não ser cantar,
Quantas vezes, eles vão me responder
Que não há saída a não ser morrer!
Isso não tem mais jeito
Foi tudo dito e feito
Agora não é tempo
Da gente se esconder
Tenho mais é que botar a boca no mundo
Como faz o tico-tico quando quer comer
Essa fome é vontade de viver
Chamar atenção pra você me ver!
Em pleno movimento
Meu corpo é um instrumento
Eu sopro aos sete ventos
Pra você me escutar
Pra você me ver
Pra me ouvir falar
Disso tudo
Essa melodia não acaba
Quando eu resolver parar de cantar!

15 abril, 2008

Agora falando sério!


É do chico mas poderia ser minha...eu trocaria o cantar por escrever ou pintar


Chico Buarque - Agora falando sério


Agora falando sério
Eu queria não cantar
A cantiga bonita
Que se acredita que o mal espanta
Dou um chute no lirismo,
um pega no cachorro e
um tiro no sabiá
Dou um fora no violino,
faço a mala e corro
pra não ver banda passar

Agora falando sério
Eu queria não mentir
Não queria enganar,
driblar, iludir tanto desencanto
E você que está me ouvindo
Quer saber o que está havendo
com as flores do meu quintal?
O amor-perfeito, traindo,
a sempre-viva, morrendo,
e a rosa, cheirando mal


Agora falando sério
Preferia não falar
Nada que distraísse
o sono difícil, como acalanto
Eu quero fazer silêncio
Um silêncio tão doente
do vizinho reclamar
E chamar polícia e médico
e o síndico do meu prédio
pedindo para eu cantar

Agora falando sério
Eu queria não cantar,
falando sério
Agora falando sério
Preferia não falar,
falando sério


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13 abril, 2008

Linha do tempo com a história da Língua Portuguesa

Olá gente especial do Idéias e Ideais,
Ontem após dar a aula na pós-gradução sobre a história da Língua Portuguesa (que foi ótima e dinâmica, tenho uns segredinhos didáticos que são ótimos!). Resolvi fazer uma linha do tempo, com os eventos mais importantes (e que temos acesso, é claro), para disponibilizar pela rede. Ocorre que eu não sei colocar PDF dentro de BLOG, então quem tiver interessado mande seu e-mail para mim (sollpp@gmail.com) que eu mando a Linha do Tempo da História da Língua Portuguesa - do berço indo-europeu ao português moderno.

Beijão! Soll

Uma tentativa é clicar nas imagens abaixo e ampliá-las!

FIG. 1


FIG.2

FIG.3

FIG.4

12 abril, 2008

Vídeo Curriculum Vitae

Na era das mídias e tecnologias as apresentações profissionais, pessoais tomam novas roupagens e linguagens... currículos virtuais, currículo em vídeo, currículo digital, portfólio virtual ou digital... os nomes variamm mas é a criatividade quem comanda (?) dos inteligentes, engraçados, aos amadores, toscos... do tempo certo ao longo...Tendtudo!






Vídeo-apresentação de Rosana Hermann, do Blog Querido Leitor



Heliana Nogueira - Vídeo Currículo

Ciro Barcelos





André Guesser | Curriculo V1




Currículo reduzido de Tulius

O mundo gira não necessariamente evolui

carros volta mundo





"A filosofia em um século é o senso comum do próximo"





(frase de biscoito chinês)

Frase dos tempos atuais

'No mundo atual está se investindo cinco vezes
mais em remédios para virilidade masculina e
silicone para mulheres do que na cura do Mal de
Alzheimer. Daqui a alguns anos, teremos velhas
de seios grandes e velhos de pinto duro,
mas
eles não se lembrarão para que serve'.

(rolando por e-mail)

11 abril, 2008

Poeta ou padre? Um casamento diferente

Passeando pelo site do Carpinejar eu encontrei a frase: "Fui convidado para um casamento. Para celebrar um casamento".

Uau! Nada mau! Diferente é pouco... e o post continuava:


"A cartinha piscou em minha caixa de mensagens em fevereiro. Deduzi que fosse uma brincadeira, deixei de lado, reli e percebi sua seriedade. Eliza se desculpava pelo atrevimento. Depois me perguntava mansamente se não teria condições de conduzir a cerimônia que oficializava sua união com Stefan, em São Paulo (SP). Avisava que não era religiosa, tampouco seu noivo, e que não custava tentar.

Ih, o que é isso? Um novo campo de trabalho para poetas? Escrevi uma resposta dizendo que não poderia, apaguei, reescrevi. A delicadeza do pedido da jovem jornalista de 31 anos me convenceu: "quem melhor do que meu poeta preferido para celebrar o amor?"

Cedi, acedi, vim.

Fabrício Carpinejar


O casamento ocorreu na noite de sábado (29/3), na Vila Mariana. O texto interpretado se chama: JÁ ANOITECEU!

Leia na íntegra

As Isabellas que alimentam nossas sensibilidades e crueldades




Por Solange Pereira Pinto


Euzinha, como jornalista que sou, e ferrenha questionadora das mídias, suas manipulações e sensacionalismos, poderia neste caso da Isabella Nardoni esculhambar a imprensa que divulga há mais de uma semana - com incrível veemência - a queda da menina de cinco anos e mais do que subjetivamente induz a sociedade contra o pai e/ou a madrasta da menina.

Em contraposição, poderia também dizer que a opinião pública, que aparentemente clama por “justiça” gosta de comer cadáveres frescos. Ou quem sabe, poderia dizer que a morte do menino João Hélio, também largamente especulada e veiculada com orgulho pelos meios de comunicação de massa, já estava gelada demais.

De outra forma, posso relembrar o caso da outra Isabela, a Tainara, que desapareceu em maio do ano passado em Brasília e foi encontrada decapitada, chocando a capital federal e todo o Brasil, cujas investigações foram transmitidas quase em tempo real (sendo manchete de capa por dias) e o tio era um suspeito em potencial. Só que quase um ano depois, houve a prisão de um vizinho (da avó da vítima) que confessou o crime. Porém, as causas permanecem ignoradas. Que pena, queria tanto saber os detalhes...

Recapitular, quem sabe, a morte do índio Galdino que chocou o país por ter filhos da classe média envolvidos num crime tão bárbara e covardemente montado pelo Correio Braziliense e similares ajuda a esclarecer o título deste texto. Ou o ícone Guilherme de Pádua (assassino da filha da novelista global) que muita gente ainda crê ser absurdo o fato de ele estar livre e recompondo a própria vida, já que a nossa sociedade quer mais do que justiça e grita, sim, por vingança.

É que um pouco de tudo praticamente cai no esquecimento (principalmente a autocrítica). Tem gente que anda dizendo que o caso da Nardoni pode se assemelhar ao da Escola Base, cujos donos foram amplamente “acusados” de pedófilos, indo a bancarrota, para depois em notinhas serem admitidos como inocentes.

A nossa gente, nossa espécie, se alimenta como urubu da carniça. Somos feitos de clichês e maracangalhas. Enquanto esses crimes podem reascender a sensibilidade humana do “ohhhhhhhhh como isso pode acontecer!”, ressalta também a crueldade do “queremos justiça até queimar no fogo do inferno!”. Entre a sensação de pena e de vingança vamos comprando jornais, vendo TV, comentando nos botecos e repartições públicas nossos vereditos fundamentados em superficialidades e especulações.

“Lembra-se da mulher de Belo Horizonte que jogou o bebê na Lagoa da Pampulha? Dizem que não tinha problema psiquiátrico e tampouco depressão pós-parto... Vai saber por que alguém joga um ser indefeso ao léu! Só pode ser uma monstra”. “Ah, mas monstra maior é aquela empresária de Goiânia que torturava a adolescente, um horror!”. “Que nada, monstros são os jovens que agrediam prostitutas nos pontos de ônibus”...

Sim. Monstros fazem nossa cabeça. Ligar a TV ou ler o jornal para saber monstruosidade da hora é café da manhã melhor que pão e leite, como bem retratou o filme Hotel Ruanda durante o massacre dos Tútsis pelos Hutus.

Ocupar do comezinho nos torna “melhores”. “Ele faz e eu não!”. Aliás, eu não faço como ele faz, eu bato devagarzinho...

Porém, entre uns e outros casos divulgados há centenas de abusos, absurdos, despropósitos, maus-tratos, mortes acontecendo no anonimato. O que tem feito um caso ser notícia e outro não? O tempo que se demora para cortar as redes de uma janela? Como se dá a seletiva para as quartas de final para o horário nobre? Quem dá mais? Ibope...

A mídia cumpre seu papel capitalista: vender. A gente cumpre o nosso papel: acusar ou acolher dependendo do lobo a alimentar. Desse jeito está tudo certo. Uma sociedade que não quer sair da bóia precisa de Judas para malhar. Uma imprensa que não precisa elevar o nível (ao contrário vende mais quando abaixa) distribui defuntos pelo controle remoto. O senhor fulano que levou bronca do chefe precisa esculhambar alguém. A dona cicrana que é tida como a mais bem-informada do reduto precisa de novidades por minuto. E a espécie humana, que se acha muito civilizada, peida cheiroso e acha que a bosta do outro é a que fede.

Mas me diga ai: quem são as Isabellas que alimentam as SUAS sensibilidades e crueldades?


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Os homens e suas sutilezas


Outro dia uma amiga me contou:

- Você nem acredita!
- Diga...
- Sabe a minha amiga kátia?
- sim, sei.
- Então, ela me apresentou um amigo dela recém separado.
- e...
- E, daí que ela tomou um porre no dia e tive que sair do boteco pra levá-la em casa.
- hum...
- O problema é que o amigo dela tinha me mandado uma mensagem pelo celular para eu voltar, enquanto eu levei a kátia em casa. E eu voltei.
- Sim, mas o que houve?
- o que houve? o cara ficou puto porque eu voltei pro bar e no final eu não fui pra casa dele. Na verdade, eu voltei para conhecer o pessoal melhor e não pra ficar com ele assim na dura. Entende?
- sim, menina, eu entendo. Os homens que não entendem isso.
- Pois é...
- Depois reclamam que mulher dá mole demais.
- pois é, pois é.

10 abril, 2008

Sexo, camisinha e criatividade





As imagens acima foram feitas pela agência Ogilvy RedCard, Singapura, usando camisinhas coloridas. Genial, não? Sexo criativo, divertido, bem-humorado e seguro! Além de resistente hehehe.

Bota a camisinha, bota meu amor!



Visite o site da Durex! lá tem vibradores incríveis, com formatos pós-modernos para mulheres antenadas! hahahaha


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09 abril, 2008

Frase de MSN

"A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio"


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Arte e Ciência: Imagens e Contextos

Olá amigos e amigas do Idéias e Ideais, confiram abaixo a entrevista que dei para a Revista Espiral,
do Núcleo José Reis de Divulgação Científica da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (NJR-ECA/USP).

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Arte e Ciência: Imagens e Contextos
(ANO 9- No.34 / JAN-FEV-MAR de 2008)


Cleide Borovik
Andrea Ramirez
Fernanda Ramirez *


A convergência entre arte e ciência pode ocorrer de várias formas. Nota-se que por um lado a ciência tem inspirado a produção de obras artísticas. Por outro, cientistas utilizam arte para ilustrar as suas descobertas.

A dicotomia entre ciência e arte ganha, ao longo da história, importância no século XIX com a Revolução Industrial. Segundo Celso Lafer, “a ansiedade relativa à separação entre ciências exatas e ciências humanas provem do impacto do conhecimento científico-tecnológico no funcionamento das sociedades. Deriva da preocupação que o cálculo e a mensuração, inerentes ao método científico, poderiam abafar o cultivo da personalidade e da sensibilidade que as humanidades propiciam.” (O Estado de São Paulo, 2007).

Entretanto, o livro de C.P. Snow,“As duas culturas e a revolução científica” (1959) sustenta a importância da comunicação entre as “duas culturas”, sem a qual não seria possível lidar com os desafios e os problemas contemporâneos.

Para o cientista Paulo Alberto Otto arte e ciência têm em comum simplesmente o aspecto estético de ambas. Mario Schenberg, cientista e critico de arte, destaca com insistência a presença de elementos estéticos na ciência, em particular na física teórica (ED, 2006). Já para a artista plástica Solange Pereira Pinto, ambas – arte e ciência – surgem da necessidade humana de "ordenar", "organizar", dar forma à imaginação de novas possibilidades ou nascem da tentativa de "explicar" que o há. Para ela, enquanto o artista "denuncia suas descobertas por meio da arte", o cientista "divulga suas descobertas por meio das teorias". Questiona a diferença entre ciência e arte: o que torna “ciência ser ciência” e o que torna “arte ser arte”? Método? Técnica? Objetivos? Experimento? Sua universalidade? Acredita que a inspiração do homem é o "todo" em que ele vive o contexto. Se por um lado a ciência pode desenvolver novas tecnologias para servirem de meios (ou mesmo "inspiração") para a produção artística, por outro a arte também pode servir de instrumento (ou "inspiração") para o desenvolvimento científico. Artistas e cientistas têm em comum a curiosidade, a experimentação, a imaginação, a ousadia e a inventividade.

Watson e Crick utilizaram a arte para materializar a estrutura química da molécula de DNA elucidada em 1953, sob a forma de uma “escultura” formada por placas e hastes de metal (Figura 1). Esta descoberta marcou o início de uma nova era no campo da genética.

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A molécula de DNA é constituída de uma dupla hélice formada por duas fitas contendo açúcares, fosfatos e bases nitrogenadas. A sua representação esquemática encontra-se em todos os livros de biologia.

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O cientista Paulo Alberto Otto, acha que sob o ponto de vista prático claramente é a ciência que inspira (ou "ajuda") a arte. Por exemplo, na maioria das criações (desenhos, pinturas e gravuras) tanto do Leonardo da Vinci como do Albrecht Dürer – que considera os maiorais juntamente com o Rembrandt van Rijn - os espaços estão distribuídos harmonicamente obedecendo a cânones rigorosamente geométricos.

De fato, a molécula de DNA tem inspirado diversos artistas desde 1953 até os dias de hoje e está presente em inúmeras obras de arte. Vejamos alguns exemplos.

Salvador Dali, artista plástico da escola surrealista, foi contemporâneo de James Watson e Francis Crick e manteve freqüentes contatos com eles. Fascinado pela estrutura do DNA como forma básica da vida, a inseriu em uma série de obras (Figura 2). Dali achava que a descoberta da estrutura do DNA seria a chave para a imortalidade, significava a “prova real da existência de Deus”.

Depois do projeto genoma, iniciado em 1990 e que em 10 anos alcançou seu objetivo de seqüenciar todo o genoma humano, o DNA tornou-se muito popular. Mais interfaces genético-artísticas surgiram. É o caso dos Retalhos do genoma elaborados após uma palestra sobre o Projeto Genoma Humano em 2001, cuja proposta é revelar o significado profundo do código genético por meio do prazer proporcionado pelas cores em design teoricamente tradicionais.

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Genome quilts, traduzido aqui como Retalhos do genoma, é uma forma de costurar retalhos especificamente organizados de acordo com uma seqüência do código genético. Para a realização de tais obras de arte a psiquiatra Beverly St. Clair criou formatos de retalhos, alternando tons claros e escuros, que representasse cada uma das letras de cada base nitrogenada da molécula de DNA conforme o quadro abaixo:




Assim, a seqüência GATCGCCCTT é artisticamente representada por





Desse modo ela explora a estética e a disciplina exibindo Ciência na forma de genomas artísticos em exposições de arte desde 2003. Para saber mais visite http://www.genomequilts.com/genome.php

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Recentemente, uma empresa americana passou a oferecer o enquadramento de identidade genética. Só é necessário que o interessado passe um cotonete especial pela boca e pronto: as células contendo DNA são enviadas à empresa que cria quadros gigantes com trechos daquele código genético. Chamam esses quadros, que não passam de fotografias digitalizadas e coloridas de géis de eletroforese com amostras de DNA, de arte abstrata.

Cientista e artista respondem se esses quadros podem ser considerados obras de arte ou ilustrações científica.

Paulo Otto – Neste caso acho que os artistas aproveitaram simplesmente os resultados de técnicas moleculares, que simplesmente são esteticamente agradáveis, para compor as suas "obras". Por outro lado quando faço uma preparação microscópica preocupo-me com o seu aspecto estético e, muitas vezes, considero algumas dessas lâminas verdadeiras obras de arte.

Solange - O que é obra de arte? Penso que um dos problemas da ciência seja exatamente a mania de classificação e categorização de tudo que há. Hoje é sabido que a definição de arte é fruto de um processo sócio-cultural e depende do momento histórico em questão, variando bastante ao longo do tempo. Logo, estas obras são arte, pois por trás delas estão seus autores-artistas. E, ainda, por que uma ilustração (seja ela científica ou não) deixa de ser arte por ter sido simplesmente denominada ilustração e não obra de arte?

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Foram muitos anos de pesquisa até que os cientistas chegassem nesse ponto. No fim do século 19, um bioquímico alemão concluiu que os ácidos nucléicos, longas cadeias de polímeros formados por nucleotídeos, eram feitos de açúcar, ácido fosfórico e diversas bases nitrogenadas. Mais tarde, descobriu-se que o açúcar podia ser a ribose ou desoxirribose, formando o DNA ou o RNA. Em 1943, Oswald Avery provou que o DNA continha a informação genética. Ele até sugeriu que o DNA poderia ser o gene. A maioria dos pesquisadores na época achava que o gene seria proteína e não o ácido nucléico, mas no final dos anos 40, o DNA já era aceito pela maioria como a molécula genética. Os cientistas precisavam, entretanto, saber como era a estrutura dessa molécula para saber como ela funcionava.

Em 1948, Linus Pauling descobriu que muitas proteínas adquiriam a forma de uma alfa hélice. Em 1950, o bioquímico Erwin Chargaff verificou que o arranjo das bases nitrogenadas no DNA variava muito, mas a quantidade de certas bases mantinha sempre uma proporção constante 1:1.

Em 1950, Maurice Wilkins e Rosalind Franklin no King’s College de Londres seguiam as pesquisas com uma estratégia experimental, utilizando difração de raios-X de imagens de DNA. Franklin verificou que o DNA poderia existir em duas formas, dependendo da umidade relativa do ar e deduziu que o fosfato estaria na parte externa. Mais ainda, verificou que uma das formas do DNA tinha características de uma hélice. Ela suspeitou que o DNA fosse constituído por uma hélice, mas não divulgou suas idéias porque achava que não tinha suficientes evidências para isso.

Na mesma época, na universidade de Cambridge, Francis Crick e James Watson, baseados nos trabalhos de Pauling, tentavam criar um modelo físico da molécula. Inspirados pelos achados iniciais de Franklin estabeleceram, inicialmente, um modelo falho. Entretanto, com as novas hipóteses de Franklin e os achados de Chargaff, concluíram que a molécula de DNA seria composta de duas cadeias de nucleotídeos, sob a forma de hélice e que as bases estavam interligadas na parte central, mantendo a distância constante entre as duas cadeias. Mostraram que cada cadeia de DNA era complementar à outra. Durante a divisão celular elas se separariam e cada metade serviria de modelo para a construção (síntese) de uma nova molécula. Dessa forma o DNA se reproduz (replica), sem mudar a sua estrutura.

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Os caminhos da Arte e da Ciência convergirão ou divergirão neste novo Século?

Para o cientista Paulo Otto os caminhos da Arte e da Ciência continuarão apenas a manter associados os elementos que possuem em comum. Para ele, como cientista, também fica difícil vislumbrar o que mais pode ser feito em matéria de arte pictórica e plástica, da mesma maneira que a música começou com os italianos e Bach, passou por Haydn, Mozart, Schubert, Beethoven e terminou com Brahms. Mas sempre aparece alguma coisa diferente, que pelo menos marca época, como o impressionismo francês e o expressionismo alemão.

Já para a artista plástica Solange Pereira Pinto há pouca informação e conhecimento quanto aos caminhos que a ciência tem trilhado ultimamente. “Sei, por alto, das novas descobertas e insistentes pesquisas, por exemplo, na área de DNA, genoma, visando não somente o conhecimento da estrutura e funcionamento humano, sua ancestralidade etc, mas também ambicionando deter certo "controle" do que possamos vir a ser ou não futuramente, a partir da possibilidade de manipulação genética...” Da mesma forma, a arte tem promovido rupturas ("moleculares" se é que podemos chamar assim) de velhas formas artísticas para, por intermédio de novos meios de expressão e linguagem, chamar atenção, denunciar, registrar, transformar o olhar da época em que vivemos e seguimos.

A arte está aí para fragmentar os textos, para apresentar objetos conceituais, para em seguida unir tempo, homens e máquinas (arte-virtual-eletrônica) numa espécie "cyborges" que possam, em terceira dimensão – a artística –, enxergar os caminhos em franca construção pela humanidade, para, se quiserem, mudar o rumo da história. Mas, na essência, todo cientista é um artista e todo artista é um cientista, o que muda é o valor que a sociedade lhe atribui.

Arte e ciência caminham juntas, embora nem sempre artistas e cientistas o percebam como diz Solange “A ciência cria. A arte cria. A ciência desvenda. A arte desvenda”. E ambos concordam que é necessário Investir na educação. Popularizar sem distorcer é o desafio maior tanto da arte quanto da ciência. Solange acredita que arte é mediadora de tudo quanto o que se queira, do auto-conhecimento ao ensino multidisciplinar e transversal de outros conhecimentos e conteúdos.

Em nosso meio a Estação Ciência pode ser considerada como um bom exemplo de interação entre arte e ciência.

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Imagens

Fig. 1


Reconstrução do modelo da dupla hélice do DNA feito por Francis Crick e James Watson em 1953, usando algumas das peças originais. (Science Museum, Inglaterra).


Fig. 2

Salvador Dali “Butterfly Landscape (The Great Masturbator in a Surrealist Landscape with DNA)“ 1957-58.



Fig. 3

Escultura de Tom Otterness, em NY

Fig. 4


Gaby F. de Castro “Kroma Soma” Pintura em Acrílico sobre Tela de 300 x 200





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* Cleide Borovik é bióloga e doutora pela USP, especialista em genética humana
Andrea Ramirez é bióloga, mestre em genética pelo IB-USP
Fernanda Ramirez é mestre em Educação Física e desenvolve pesquisas em Psicanálise, Esporte e Cultura.