28 fevereiro, 2010

Aromatizador de ambientes - eu recomendo!

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Fragrâncias de sucesso que irão deixar o ambiente deliciosamente perfumado, proporcionando uma atmosfera de prazer e bem-estar: Uma opção especial e inovadora para presentear no Dia das Mães.

edição limitada




27 fevereiro, 2010

BBB é um espelho para cada um

JOHN DE MOL

Curiosidade real

Inventor do primeiro Big brother diz que o programa é um espelho no qual o público observa a si próprio

Ana Paula Franzoia

Às vésperas de completar 47 anos, John De Mol tem uma certeza. Ele é um curioso. E foi essa curiosidade que acabou convertendo o executivo de TV numa estrela, apesar de sua imagem não estar exposta na telinha. Apaixonado pela televisão, o produtor costuma converter tudo em sucesso, de programas de variedades agame shows. Foi com o sócio da produtora Endemol, Joop van den Ende, que De Mol encontrou a galinha dos ovos de ouro. Ele inventou a fórmula Big brother apostando na simples curiosidade alheia. A idéia de um programa em que anônimos passam dias confinados numa casa sendo monitorados por dezenas de câmeras explodiu na Holanda em 1999 e se espalhou rapidamente pelo mundo. Chegou ao Brasil no dia 29 de janeiro e já é um dos programas de maior audiência da Rede Globo. Orgulhoso do barulho que provocou em países tão diferentes como Portugal, Estados Unidos, Argentina, França e Rússia, De Mol explicou a Época por que acredita que a realidade pode ser um show.

Perfil

• Dados pessoais
Nasceu na Holanda em 24 de abril de 1955

• A trajetória
Começou a trabalhar em rádio e foi para a televisão em 1979

• Maior negócio
A Endemol, produtora criada por ele e Joop van den Ende, em 1994, foi comprada pelo grupo Telefónica em 2000

ÉPOCA – O senhor já leu o livro 1984, de George Orwell?

John De Mol – Sim, li. Mas somente depois da produção de Big brother.

ÉPOCA – Qual a relação entre aquela visão assustadora de uma sociedade vigiada que o escritor previu e o programa que o senhor criou?

De Mol – Não há nenhuma relação entre o livro e o programa de TV. A única coincidência é o nome de um personagem que aparece no livro (Big brother é o governante de uma sociedade que controla tudo e todos com câmeras) . Na verdade, nós achamos muito engraçado tomar emprestado o nome do personagem.

ÉPOCA – Como surgiu a idéia de fazer o primeiro Big brother?

De Mol – Juntamos a idéia de mudança de uma rotina com um projeto científico que ocorreu há alguns anos chamado Biosfera 2. Um grupo de cientistas viveu junto numa casa de vidro por dois anos e era completamente auto-suficiente. (O projeto Biosfera 2 foi construído no Arizona, nos Estados Unidos. Numa redoma de vidro com 12 mil metros quadrados, oito cientistas ficaram confinados de 1991 a 1993. O objetivo era construir uma miniatura do planeta, mas o projeto fracassou) .

ÉPOCA – Mas por que o senhor acreditou que um programa que não tinha roteiro definido e mostraria pessoas comuns convivendo 24 horas numa casa fechada faria sucesso?

De Mol – Nós achamos que seria interessante observar como essas pessoas se relacionariam e formariam um grupo. Esperávamos que depois de alguns dias a personalidade real das pessoas começasse a aparecer. E foi exatamente o que aconteceu. Isso significou uma atração televisiva extremamente interessante, pois se podia ver o conflito entre o interesse do grupo e o interesse pessoal de cada participante.

ÉPOCA – É isso que, em sua opinião, explica o sucesso dos reality shows?

De Mol – Big brother chega muito perto das pessoas. Como espectador, você está constantemente pensando: ”Qual seria minha atitude diante de uma situação como essa?” Na realidade, você está olhando para si próprio. Nós sabíamos desde o começo que o show seria um sucesso, mas o que não esperávamos era que fosse um sucesso tão grande.

ÉPOCA – Então, se o senhor acreditava tanto na fórmula, por que demorou para transformá-la em um programa de televisão?

De Mol – Não sei ao certo. Na verdade, um programa como Big brother é tecnicamente complicado de ser montado. A tecnologia que usamos hoje não existia há alguns anos.

ÉPOCA – A novela é um gênero muito antigo e popular na TV. O senhor não acha que a novela da vida real corre o risco de apagar a ficção?

De Mol – As pessoas também gostam de assistir a novelas, do sonho da ficção, e sempre vão gostar. Mas Big brother é outra história. Mostra a realidade. Se uma pessoa ri ou chora no programa é porque ela está feliz ou triste de verdade. Pode-se dizer que é como um espelho, no qual você pode observar a si próprio. É isso que torna o programa especial, e completamente diferente das novelas, nas quais os atores estão o tempo inteiro representando.

ÉPOCA – Como será a televisão do futuro?

De Mol – Imagino que, de vez em quando, um novo gênero aparecerá ou algo antigo voltará a fazer sucesso, criando uma mistura entre o novo e o consolidado. Foi o que aconteceu com Big brother. Mas acredito que todos os gêneros televisivos sobreviverão. A televisão é muito parecida com a moda. O gosto das pessoas muda muito lentamente. Mas os estilos, as tendências do passado estão sempre sendo reciclados.

ÉPOCA – O senhor acredita que os reality shows vieram para ficar?

De Mol – Claro que sim. Como já disse, os reality shows são apenas um novo gênero dentro da televisão. Mas somente os bons sobreviverão.

ÉPOCA – Em quantos países Big brother é um sucesso?

De Mol – O programa já foi montado em cerca de 25 países.

ÉPOCA – Houve algum fracasso?

De Mol – Não tenho notícia de nenhum Big brother que tenha dado baixa audiência em nenhum canto.

ÉPOCA – Mas as críticas são ferozes. Em todos os países onde o programa é ou está sendo exibido aparecem críticos dizendo que os reality shows estão contribuindo para piorar a qualidade da programação de TV. Como o senhor vê isso?

De Mol – Em primeiro lugar é preciso dizer que Big brother é feito com muito cuidado e profissionalismo. Os críticos que não reconhecem isso estão errados. De qualquer forma, a audiência em todo o mundo é capaz de perceber isso e assiste aos programas. É o que importa. Não me interesso pelas afirmações feitas por críticos individualmente.

ÉPOCA – Invadir a privacidade, exibir cenas picantes e fomentar conflitos não é apelativo, de mau gosto?

De Mol – Isso é bobagem. Como produtores, nós temos responsabilidade sobre o produto final. Se necessário, devemos proteger os participantes. É exatamente o que fazemos.

ÉPOCA – Em algum lugar do mundo em que Big brother foi exibido a produção precisou intervir dentro da casa?

De Mol – Em Portugal aconteceu um fato inédito e foi preciso fazer uma intervenção física. Dois participantes partiram para a briga e a produção teve de intervir. Mas durou apenas alguns segundos. E foi só. No mais, foram só coisas engraçadas e emocionantes.

ÉPOCA – Os outros produtos da Endemol são parecidos com Big brother?

De Mol – Claro que não. Nós fazemos programas de todos os gêneros para a televisão. Temos cerca de 500 em nosso catálogo.

ÉPOCA – Quanto a Endemol já ganhou com Big brother?

De Mol – Big brother e outros reality shows representam apenas uma pequena porcentagem dos rendimentos da empresa. Também somos fortes em outros gêneros, como seriados, game shows e programas de variedades.

ÉPOCA – O senhor conhece a televisão brasileira?

De Mol – Claro, eu já vi inúmeros programas brasileiros, mas não sou um especialista.

ÉPOCA – Atualmente existem dois reality shows no país. O Big brother Brasil, exibido pela Rede Globo, que se associou à Endemol para produzir o programa em nosso país, e outro pelo SBT, a Casa dos Artistas. A Globo acusa o SBT de plágio e já perdeu vários recursos na Justiça brasileira, mas a sentença definitiva ainda não foi julgada. Qual a posição da Endemol nesse caso?

De Mol – Casa dos Artistas é 100% plagiada do Big brother original. Se a Justiça brasileira não reconhecer isso significa que vocês não conseguem proteger a propriedade intelectual. Isso pode ter tristes conseqüências para o Brasil.

ÉPOCA – A que o senhor costuma assistir na televisão?

De Mol – Claro que não sou um espectador médio. Gosto de zapear e vejo muitas fitas gravadas com antecedência. Acabo vendo um pouco de tudo o que aparece na televisão.

ÉPOCA – O senhor aceitaria viver numa casa monitorada por câmeras por dias ou meses, como acontece no Big brother?

De Mol – Sim, Big brother é o único programa de que eu realmente gostaria de participar. Sou curioso e gostaria de saber quais seriam minhas reações dentro da casa.

ÉPOCA – O senhor já bisbilhotou a vida dos vizinhos de sua janela?

De Mol – Nunca. Por que faria isso? Mas, se por acaso as cortinas estivessem abertas e eu estivesse passando por perto, sem dúvida que daria uma olhadinha. Isso porque todos nós somos curiosos. Eu também sou.

26 fevereiro, 2010

Biblioteca na praia - livros ao ar livre em Sydney

Biblioteca a céu aberto: Australianos são surpreendidos com 30 estantes de livros em praia em Sydney
Biblioteca a céu aberto: Australianos são surpreendidos com 30 estantes de livros em praia em Sydney
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BookCrossingBR on February 9, 2010
Banhistas foram surpreendidos, na quarta-feira (3), com trinta estantes de madeira repletas de livros e dispostas lado a lado nas areias da praia de Bondi, em Sydney (Austrália). Foto: Reprodução/Daily Mail Surfistas conferem livros disponibilizados por

25 fevereiro, 2010

O Roriz passa.... o Durval passa... o Arruda passa...


Toda Forma De Poder

Engenheiros do Hawaii

Composição: Gessinger

Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada.

(Yeah, yeah)

Fidel e Pinochet tiram sarro de você que não faz nada.

(Yeah, yeah)

E eu começo começo a achar normal que algum
boçal atire bombas na embaixada.

(Yeah yeah, Uoh, Uoh)

Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer...

Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada.
(Yeah, Yeah)
Toda forma de conduta se trasforma numa luta armada.
(Uoh Uoh)

A história se repete mas a força deixa a história
mal contada...

Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer...

E o fascismo é fascinante deixa a gente ignorante e fascinada.
É tão fácil ir adiante e se esquecer que a coisa toda tá errada.
Eu presto atenção no que eles dizem mas eles não dizem nada.

Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer...

Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer...

(Yeah Yeah Uoh)...

24 fevereiro, 2010

Piratão #4 - Contemporâneos para sempre!

Video-registro da performance PIRATÃO # 04, realizada no SPA das Artes 2009, na cidade do Recife, nos dias 18 e 19/09.






PIRATÃO é uma prática artística que investiga e simula a economia informal e pirata como situação para inserção, visibilidade, acesso e circulação a trabalhos de videoarte.

A ação desdobra-se a partir da comercialização de um objeto do coletivo Filé de Peixe denominado ENCARTADO.

Francamente inspirados nos dvds piratas comercializados informalmente, os ENCARTADOS consistem numa mídia dvd + encarte + carimbo manual + vídeos apropriados.

Os ENCARTADOS reproduzem infinitamente os vídeos do acervo do coletivo Filé de Peixe, mantendo-se, contudo, únicos enquanto objetos, já que são manualmente carimbados, com número de série que não se repete, portando marcas e intervenções do processo caseiro e não industrial de produção.

Os ENCARTADOS são objetos performáticos, elementos constitutivos da ação, comercializados somente no momento do PIRATÃO, aos moldes e preços praticados pelos camelôs: "1 é 5(reais), 3 é 10(reais)".

No local da ação há um televisão e um aparelho de DVD para que os vídeos comprados sejam testados, assim, "comprou: testou, testou: exibiu!"

Ao término de cada ação, é realizada a SESSÃO PIRATA: uma seleção variada de videoartes, com uma hora de duração, sem divulgar previamente o seu conteúdo, sem pedir autorização aos autores, nem sequer informá-los. As pessoas ficam sabendo apenas onde e quando, e comparecem para uma sessão surpresa. O conteúdo de cada SESSÃO PIRATA é divulgado posteriormente, no site do coletivo Filé de Peixe.

A ação já foi realizada no Rio de Janeiro(duas edições), Porto Alegre, e em Recife, no SPA das Artes 2009.

Ao se deslocar, PIRATÃO difunde/exibe por outros lugares o acervo de vídeos aglutinado no local de origem do coletivo, na mesma medida em que gera condições para que novos trabalhos de artistas locais sejam incorporados ao projeto, difundindo-se em seqüência, num movimento polinizador que opera constantemente aglutinação – deslocamento – difusão.


Com isso, PIRATÃO ativa redes de troca em torno da produção audivisual voltada para o campo das artes plásticas, evidenciando a novíssima e vasta produção no campo da videoarte, facilitando o acesso/contato com trabalhos clássicos, propiciando um ponto aglutinação e difusão desse trabalhos a partir de um modelo que faz referência ao comércio popular, informal e pirata.

23 fevereiro, 2010

Livro do artista



Conheça o blog CADERNOS AFETIVOS12PORTÁTEIS

1ª edição

Com iniciativa e curadoria das artistas Letícia Rita, Márcia Rosolia e Monica Tinoco.
O projeto traz a publicação concomitante de doze pequenos livros de artistas, com tiragem de 42 exemplares.

Existindo como livro/obra, 12PORTÁTEIS promove o intercâmbio de linguagens e incita a produção impressa de artistas contemporâneos.

Aloysio Pavan
Daniel Caballero
Giba Gomes
Jardineiro
Leticia Rita
Lucimar Bello
Márcia Rosolia
Marlene Stamm
Monica Tinoco
Newman Schutze
Ricardo Sheibel
Rosilene Fontes


Fonte: [
http://www.portateis.art.br]


22 fevereiro, 2010

BBB é uma forma poder pro twitter dizer nada...

Nerdson apresenta:


Mais uma vez a dupla não-sertaneja Karlisson/Cárlisson traz para você, querido leitor, uma paródia de sucesso, desta vez de uma música dos Engenheiros do Hawaíi, banda da qual nós dois somos fãs desde criancinhas. Eu queria fazer uma paródia deles há tempos mas a ideia não vinha. Então meu xará a teve antes de mim. Eis o resultado! :D

Antes de ler o quadrinho abra o vídeo da música Toda forma de poder e acompanhe a letra!






20 fevereiro, 2010

Dia do professor: as aulas começam agora!


O professor está sempre errado

O professor...
É o "material escolar" mais barato

que existe na praça.


É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.


Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.


Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta..


Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.


Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.


Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.


Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.


Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.


A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.


Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.


Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.


Exige, é rude.
Elogia, é debochado.


O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.


É...

O professor está sempre errado,

mas, se você conseguiu ler até aqui,

agradeça a ele!

19 fevereiro, 2010

para pensar III

"Sabedoria é saber o que fazer.
Habilidade é saber como fazer.
Virtude é fazer."
David Starr Jordan

18 fevereiro, 2010

Arruda estrelando em 3D

AVATAR

Da série “Filmes que gostaríamos de ver por aí”:

Arruda-Avatar-Ah-Vai-Tarde

Numa cela perto de você.

Dedicado a Valéria Régis.

O mito da saúde perfeita, melhor é viver.

25/1/2010 - 10h31
Livro sugere que saúde perfeita é mito

Você já comeu suas porções (de 5 a 9) de vegetais do dia? Já se exercitou por uma hora? Já cortou as gorduras saturadas e dormiu suas oito horas de sono?

A ditadura das regras para uma vida saudável se tornou uma indústria informal, com sites, programas de auditórios e livros dedicados aos ''faça'' e ''não faça'' para se manter saudável.

Porém, quanto a atingir esses objetivos, muitos de nós sentem que não estão dando conta. Seja você mãe ocupada que não encontra tempo para fazer exercício, uma pessoa eternamente de dieta que luta para perder 10 quilos ou uma mulher que faz mil coisas ao mesmo tempo e se vira com seis horas de sono, é praticamente impossível seguir as regras.

Agora, Susan Love, uma das especialistas em saúde da mulher mais respeitadas dos Estados Unidos, traz uma nova regra: pare de se preocupar com sua saúde.

No novo livro, ''Live a Little! Breaking the Rules Won’t Break Your Health'' (''Viva um pouco! Quebrar as regras não vai estragar sua saúde'', em tradução livre), Love sustenta o argumento de que a saúde perfeita é um mito e que a maioria de nós está vivendo vidas muito mais saudáveis do que percebemos.

Love, professora clínica de cirurgia da David Geffen School of Medicine da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, afirma que não conseguir seguir à risca as várias regras de saúde é uma grande fonte de estresse e culpa, particularmente para mulheres. Para a maioria de nós, ''bastante saudável'' é a meta.

Vida eterna?

''O objetivo é viver para sempre?'', disse ela, em recente entrevista. ''Eu afirmo que não. É realmente viver o máximo possível com a melhor qualidade de vida que se possa conseguir. O problema foi todas essas mulheres que eu encontrava que morriam de medo de que se não comecem uma xícara de blueberry por dia elas cairiam mortas''.

O livro, escrito com Alice Domar, professora de Harvard e psicóloga sênior da equipe do Beth Israel Deaconess Medical Center, explora pesquisas e conselhos em seis áreas da saúde – sono, estresse, prevenção, nutrição, exercícios e relacionamentos. Em todas as seis, elas escrevem, os maiores riscos estão nos extremos, e o meio-termo é maior do que pensamos.

''Tudo é uma curva em forma de U'', disse Love. ''Pode ser que algumas vezes na vida você tenha tido muito ou pouco de alguma coisa, mas estar no meio é melhor, e a maioria de nós provavelmente já está lá''.

Veja o caso do sono. A maioria das pessoas acredita que é melhor dormir pelo menos oito horas por noite. No entanto, os estudos nos quais essa crença se baseia observam quanto homens e mulheres dormem em condições ideais – silêncio, escuridão e nenhuma responsabilidade, a não ser a participação em um estudo sobre o sono.

Esses estudos nos dizem a quantidade de horas que as pessoas dormem quando não têm nada mais para fazer, mas não nos dizem nada sobre quantas horas de sono são realmente necessárias todos os dias ou o que acontece se dormirmos menos.

Um relatório, publicado em 2002 no ''Archives of General Psychiatry'', tentou entender essas questões ao comparar hábitos de sono e risco de mortalidade. O estudo descobriu que as pessoas que dormiam sete horas por noite eram as com menor probabilidade de morrer em um período de estudo de seis anos.

Dormir mais de sete horas ou menos do que cinco aumentava o risco de mortalidade. Não ficou claro, a partir do estudo, se mais ou menos horas de sono aumentava o risco ou se um problema de saúde estava afetando os hábitos de sono, mas as descobertas realmente questionam a ''regra das oito horas''.

Algumas pessoas precisam de pouquíssimas horas, enquanto outras precisam de mais sono que a média. ''A questão do sono causa muita culpa nas mulheres'', disse Love. ''Precisamos ser mais realistas. Se você está sonolenta o tempo todo, não está dormindo bem o suficiente para você. Se você se sente bem dormindo seis horas, não se preocupe com isso''.

Exercícios

Da mesma forma, embora os exercícios sejam importantes, muitas pessoas não dão muita importância à atividade física que vem de tarefas diárias, como levantar e correr atrás de crianças, carregar compras e limpar a casa.

E não há nada de mágico em perder peso. As pessoas que estão obesas ou abaixo do peso têm taxas de mortalidade mais altas, mas os que estão acima do peso são tão saudáveis quanto as de peso normal – e às vezes até mais saudáveis. ''O objetivo é ser tão saudável e ter tanta qualidade de vida quanto puder'', disse Love. ''Não é ser magra''.

Especialistas em saúde concordam que a moderação é importante e que as pessoas não devem entrar em pânico em relação a seus hábitos de saúde. Entretanto, Elizabeth Barrett-Connor, professora de medicina da família da Universidade da Califórnia, em San Diego, alerta contra a interpretação de uma mensagem relaxada como uma desculpa para comer demais ou cair no sedentarismo.

''No processo de tradução dessa mensagem de forma simples para as massas, as pessoas podem achar foram perdoadas. Elas não devem achar que estão pecando, mas não devem sentir essa mensagem como uma licença para não tentar fazer mais pela sua saúde'', disse Barrett-Connor .

''Há uma grande parte da população que não faz nada porque foram sobrecarregadas com conselhos e regras'', disse Nelson. ''Esse livro poderia despertar seu interesse, porque o tema já não é mais tão complicado''.

Love contou que ela e Domar decidiram escrever o livro porque muitas pessoas pareciam ter perdido de vista o conceito de ser saudável. ''O objetivo é usar seu senso comum; se você se sente bem, você está bem'', disse ela. ''A meta não é chegar no céu e dizer: 'Sou perfeita'. É usar seu corpo, se divertir e viver um pouco''.

Fonte: New York Times

17 fevereiro, 2010

para pensar II

A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.



  • Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.
  • Tudo que não invento é falso.
  • Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
  • Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
  • É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
  • Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia.
  • Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário.
  • A inércia é o meu ato principal.
  • Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
  • O artista é um erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.
  • A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
  • Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
  • Por pudor sou impuro.
  • Não preciso do fim para chegar.
  • De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra — Como um lápis numa península.
  • Do lugar onde estou já fui embora.


MANOEL DE BARROS
, poeta e fazendeiro mato-grossense, nasceu em 1916 e teve seu primeiro livro publicado em 1937 - Poemas concebidos sem pecado. Passou a ser mais conhecido a partir do ano de 1997, quando ganhou o prêmio Nestlé de Literatura. De seu "Livro sobre Nada", Editora Record - Rio de Janeiro,1997, págs. diversas, já em 5ª edição, extraímos os versos acima. Nele o autor diz, a título de "Pretexto":

"O que eu gostaria de fazer é um livro sobre nada. Foi o que escreveu Flaubert a uma sua amiga em 1852. Li nas Cartas exemplares organizadas por Duda Machado. Ali se vê que o nada de Flaubert não seria o nada existencial, o nada metafísico. Ele queria o livro que não tem quase tema e se sustente só pelo estilo. Mas o nada de meu livro é nada mesmo. É coisa nenhuma por escrito: um alarme para o silêncio, um abridor de amanhecer, pessoa apropriada para pedras, o parafuso de veludo, etc, etc. O que eu queria era fazer brinquedos com as palavras. Fazer coisas desúteis. O nada mesmo. Tudo que use o abandono por dentro e por fora."

Saiba mais sobre o autor e sua obra visitando "
Biografias".

16 fevereiro, 2010

para pensar

"O próximo grande salto evolutivo da humanidade será a descoberta de que cooperar é melhor que competir."


Pietro Ubaldi

15 fevereiro, 2010

Descobertas ajudam a entender a raiva

23/1/2010 - 16h55


Pessoas jovens, com filhos e que não tiveram muitos anos de educação são aquelas que mais se deixam levar pelo sentimento de raiva e ódio, de acordo com um novo estudo da Universidade de Toronto, no Canadá.

Feito a partir de um estudo nacional com mais de mil indivíduos, maiores de 18 anos, o estudo dirigido por Scott Schieman foi publicado na coletânea de pesquisas científicas sobre o tema, International Handbook of Anger.

Entre os principais pontos levantados por Schieman identificou-se que as pessoas mais jovens são mais propícias à raiva do que os adultos, de uma forma geral. O dado mostra que esse público é mais sensível a sofrer pressões de tempo (relativas a cobranças sociais, por exemplo), econômicas, e apresentar mais relações conflituosas no trabalho.

No caso de pessoas jovens com menos tempo de estudo o sentimento de “estar atrasado” ou sem tempo para executar as tarefas com as quais estão comprometidas leva também a uma sensação constante de incômodo, que antecede ataques de raiva.

Ter crianças em casa é outro ponto que é associado frequentemente aos sentimentos de ódio e comportamentos negativos intensos (que resultam em brigas e violência contra os filhos). Além disso, os resultados indicam que esses padrões são ainda mais comuns em mulheres jovens do que nos homens.

Quanto maior o nível educacional, é possível observar também, de acordo com o estudo, uma menor incidência de sentimentos relacionados com a raiva, e maiores índices de pró-atividade (ações dirigidas à mudança da situação que leva à raiva, ou atitudes voltadas ao estabelecimento de conversas sobre o assunto com a pessoa envolvida ou ainda diálogos a respeito do que levou àquela situação específica).

E como não poderia deixar de ser, dificuldades financeiras ajudam a aumentar o nível do sentimento de raiva e ódio. Essa relação é, novamente, ainda mais evidente entre mulheres e pessoas mais jovens.

“Essa abordagem sociológica da raiva traz à tona o fato de que as condições sociais a que um indivíduo está exposto influenciam os desequilíbrios emocionais”, diz Schieman. “Isso pode ajudar a explicar porque algumas pessoas sentem mais raiva que outras, em um contexto amplo, e como a desigualdade social impacta na vivência diária destas pessoas, e não somente daquelas que explodem em ataques de ódio e fúria, mas todos ao redor, ou seja, na sociedade como um todo é impactada”, finaliza.


Fonte: O que eu tenho? - UOL

14 fevereiro, 2010

Criticando o crítico

21/01/2010

Criticando o crítico (texto da Folha on-line)

Cinema não é apenas entretenimento. Não é apenas arte. Essa forma de expressão, que muitas vezes tenta recriar o real, acaba gerando reações mais do que reais. Todos têm uma opinião sobre determinado filme. É o futebol do mundo das artes. Sai o papo de boteco, entra o papo em cafés ou cinemarks da vida. Por isso, textos de jornalistas/críticos de cinema mexem tanto com os leitores cinéfilos.

Basta uma rápida olhada nos comentários deste blog, por exemplo. Não são poucos os leitores que reclamam de determinados posts; às vezes, um ou outro mais ousado parte para o ataque pessoal. “Como assim, o que esse mané está falando desse filme que EU amo tanto?” ou “Por que esse imbecil recebe um salário para ficar assistindo a filmes e escrever bobagens?”, são algumas das questões dos críticos dos críticos de cinema.

Não só para eles, mas para todos que gostam de pensar sobre cinema, recomendo o documentário “Crítico”, de Kleber Mendonça Filho. Teve passagem relâmpago aqui em São Paulo, mas deve estrear em breve em Porto Alegre, Salvador e Recife, “para uma pequena carreira nos cinemas”, segundo seu realizador.

Kleber coletou, entre 1998 e 2007, depoimentos de 70 críticos e cineastas sobre “o conflito que existe entre artista e o observador”. Do lado dos cineastas, tem gente como Gus Van Sant, Richard Linklater, Tom Tykwer, Walter Salles, Cláudio Assis e Carlos Reichenbach, entre outros. Do outro lado, críticos franceses, brasileiros e norte-americanos de importantes publicações.

Kleber, cineasta que também é crítico, ou crítico que também é cineasta, conhece os dois lados da moeda. As principais questões para quem pensa cinema como algo além de entretenimento estão lá. A “ditadura” das cotações/estrelinhas/ bonequinhos. A função da crítica (falar se um filme é bom ou ruim? analisar, complementar o pensamento do cineasta?). O poder do crítico (“auto-masturbação”?). O crítico dentro da engrenagem das grandes distribuidoras. A diluição da importância da crítica com a proliferação de blogs e sites. E por aí vai.

Fernanda Torres conta: “Tem uma frase do Oscar Wilde que me curou para a crítica: ‘Toda crítica é uma auto-biografia’”.

Hector Babenco polemiza: “Eu raramente leio [críticas], às vezes leio o início, o final (...) Fico muito nervoso, meu coração dispara (...) É raro achar jornalista inteligente”.

Samuel L. Jackson aparece no momento mais hilariante do filme. Um jornalista pergunta para ele como foi trabalhar na série “Matrix”.... (isso porque quem trabalhou em “Matrix” foi Laurence Fishburne).

Para mim, que trabalho com texto e filmes, “Crítico” serviu como uma sessão de auto-análise. Mas, em determinado momento, senti que o documentário estava excluindo um elemento importante na discussão. Nenhum representante do público “comum” está presente.

Questionei o Kleber, e ele me respondeu:

“Meus filmes são todos muito pessoais. Por conhecer bem as tensões entre o realizador e o crítico, sou os dois, queria fazer um registro exatamente disso. Incluir o público seria algo meramente burocrático (“Ok, temos que ouvir o público”). Outra coisa, procurar um cineasta e/ou um crítico é uma coisa, procurar ‘o público’ é uma outra bem diferente. A ideia de registrar uma senhora na porta de um cinema e creditá-la como ‘público’, ou ‘advogada’ não me agradava. Acho que o público está no filme apenas como o observador que ele sempre é, o que não impede que reaja positiva e negativamente em relação a qualquer filme, inclusive esse. Por último, quando a gente faz um filme, é o filme que vai pedindo as coisas, e esse pareceu estar confortável com os dois lados representados no filme”.

*Aliás, este meu post não se configura como uma crítica de "Crítico".

Escrito por Bruno Yutaka Saito às 11h51 PM