31 maio, 2009

O Paradoxo da Espera do Ônibus

29 maio, 2009

Vontade de ser

ÉPOCA - Você é fanático por corridas desde criança. É preciso ser obcecado para ser campeão?

Massa - Sempre quis ser piloto e sou feliz de ter realizado este desejo. Acho que a vontade é importante para conquistar cada objetivo, principalmente quando as coisas são mais difíceis. Na minha carreira tive momentos em que era mais fácil largar tudo porque não tinha o dinheiro para correr todas as provas. Não larguei e, por isso, fui ajudado pela minha vontade de me tornar um piloto de Fórmula 1.
ÉPOCA - É verdade que na infância Ayrton Senna lhe negou um autógrafo, e por isso você passou a torcer pelo Nelson Piquet? Como foi este episódio?

Massa - É verdade. Eu era um menino de sete ou oito anos e vi Ayrton no bar de um iate club. Me aproximei para pedir um autógrafo e ele recusou. Fiquei muito mal. Depois, passei a torcer pelo Nelson, mas, sobretudo, aprendi uma verdadeira lição de vida: jamais recusar uma palavra a uma criança porque para ela você sempre será um exemplo.

28 maio, 2009

Leitores


"A ambição de um autor deveria ser... trocar cem leitores contemporâneos por dez leitores daqui a dez anos, e por um leitor daqui a cem anos."

Arthur Koestler

27 maio, 2009

Sexo dos vovozinhos:

Joãozinho, muito curioso, pergunta ao vovô:

- Vô, você ainda faz sexo com a vovó ?

- Sim, mas apenas oral.

- Joãozinho pergunta:

- O que é sexo oral ?

O avô responde:

- Eu digo "Foda-se", ela responde "Vá se fuder você também."

26 maio, 2009

Museu da pessoa




Você sabia que existe o Dia Internacional de História de Vida?

Então, ele foi comemorado no dia 16 de maio!

"Há mais de 6 bilhões de pessoas espalhadas por todo o globo. São mais de 6 bilhões de histórias! Você já parou para pensar que se soubermos mais sobre a vida da pessoa que está ao nosso lado, o mundo pode ser outro?"

Você confere esta notícia e outras histórias no museu da pessoa!

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A missão do Museu da Pessoa é contribuir para tornar a história de cada pessoa valorizada pela sociedade.
Visamos um mundo mais justo e democrático baseado na história de pessoas de todos os segmentos da sociedade.

Valores

O Museu da Pessoa acredita que:

• Toda história de vida tem valor e deve fazer parte da memória social;
• Ouvir o outro é essencial para respeitá-lo e compreendê-lo como par;
• No protagonismo histórico: todas as pessoas têm um papel como agente de transformação da História. Democratizar e ampliar a participação dos indivíduos na construção da memória social é atuar na percepção que os indivíduos e os grupos têm de si mesmos e de sua situação conseguir em nome de outrem;
• Integrar indivíduos e distintos grupos sociais por meio da produção e conhecimento de suas experiências é atuar para romper o isolamento de alguns grupos sociais e impulsionar processos de empoderamento fundamentais para mudar relações sociais, políticas e econômicas.

25 maio, 2009

Para ver e sentir



"Saber ver é sentir o que se olha"

24 maio, 2009

Começaria tudo outra vez...

Blog Diz Ventura


Se até o Verissimo sofre...


Verissimo gostou de saber que Chico Buarque fica jogando paciência em vez de trabalhar. Ele também faz de tudo para não enfrentar a primeira frase. Mas acho que eu exagerei: abri esse blog há dois meses (graças à ajuda de Santa Elis Monteiro) e só agora escrevo algo além da palavra "teste". É um tal de tomar café, levantar da cadeira, esticar as costas, jogar conversa fora, tudo para não ter que escrever o primeiro post. Mas agora vai.

- MAURO VENTURA, 8:23 PM
Quinta-feira, Maio 15, 2003

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23 maio, 2009

Ray Caesar: um novo olhar






Fonte aqui


Ray Caesar nasceu em Londres em 26 de outubro de 1958. O mais novo de 4 irmãos, e nasceu cachorro. De acordo com suas próprias palavras. O artista diz achar importante se identificar com algum animal, já que este pode servir como um guia de comportamento pelo resto de sua vida.

Tira muitas de suas inspirações das experiências de sua própria vida, como por exemplo, das que viu e viveu durante os 17 anos em que trabalhou na ala infantil de um hospital fotografando desde abusos infantis, pesquisas em animais até materiais forenses.

Ray Caesar pinta e desenha desde que se lembra por gente (ou cachorro), mas só resolveu mostrar suas obras aos 45 anos de idade, após sonhar com sua mãe que havia morrido a apenas alguns meses. Hoje, o artista vive apenas de suas obras.

Além dos temas extremamente polêmicos e interessantes de suas obras, há ainda mais uma característica peculiar em seus trabalhos: a técnica utilizada. Acreditem ou não, seus trabalhos são inteiramente digitais. Tudo é modelado em 3D e texturizado com fotos de texturas que o artista coleciona obsessivamente. Algumas dessas texturas tem histórias interessantes ligadas a vida do artista, como por exemplo a de uma cicatriz do pai, ou a que precisou convencer o médico a fotografar no interior de seu corpo durante uma cirurgia.

Pois é, parecem histórias inventadas, mas não são. São histórias da vida do artista que podem com facilidade ser vistas em suas obras, através da intensidade e sentimentos expressados por ele. Sua criatividade consegue mixar em uma mesma imagem o infantil e ingênuo com o sexual e macabro. Viriam o infantil e ingênuo do seu lado cachorro? Assim como o sexual e macabro de seus anos no hospital infantil? Não posso dizer, estou apenas imaginando…….tentando entender como se cria um mundo como o que Ray Caesar criou.



Veja mais trabalhos geniais de Ray Caesar

22 maio, 2009

PRA QUEM É BOM DE MATEMÁTICA...

Eu, Tu e Ele.... fomos comer no restaurante e no final a conta deu R$30,00.
Fizemos o seguinte: cada um deu dez reais...
Eu: R$ 10,00
Tu: R$ 10,00
Ele: R$ 10,00
O garçom levou o dinheiro até o caixa e o dono do restaurante disse o seguinte:
Esses três são clientes antigos do restaurante, então vou devolver R$5,00 para eles! E entregou ao garçom cinco notas de R$ 1,00.
O garçom, muito esperto, fez o seguinte: pegou R$ 2,00 para ele e deu R$1,00 para cada um de nós. No final ficou assim:
Eu: R$ 10,00 (-R$1,00 que foi devolvido) = Eu gastei R$9,00.
Tu: R$ 10,00 -R$1,00 que foi devolvido) = Tu gastastes R$9,00.
Ele:R$ 10,00 (-R$1,00 que foi devolvido) = Ele gastou R$9,00.
Logo, se cada um de nós gastou R$ 9,00, o que nós três gastamos juntos,foi R$ 27,00. E se o garçom pegou R$2,00 para ele, temos:
Nós: R$27,00
Garçom: R$2,00
TOTAL: R$29,00
Pergunta-se:
Onde foi parar a droga do outro R$1,00?

21 maio, 2009

Para ouvir e ser feliz! Linda música do 14 Bis


Texto de Solange Pereira Pinto
Tens no ser girassóis
Querida pedra bonita,


Preciso lhe revelar: me apaixonei. Você me libertou das rusgas e mesquinharias cotidianas. Os tropeços, os engarrafamentos, os seres imprestáveis, o desânimo diuturno, o sistema perverso e todos os barulhos insuportáveis do viver se transformaram em estátuas de sal a dormir por mais de cem anos.

Em miragem concreta, veio você. Uma visagem limpando as heras, afastando os espinhos; tirando-me da caverna, acendeu em fogueira novamente meus versos. Lembrou-me das estradas eternas (e verdadeiras) que me vou.


Por sua causa, vi o ser humano se manifestar deus criador. Fazia tempo que as cortinas tinham se fechado para a admiração. Logo eu, que sempre acreditei haver alguns clareados por aí, estava me tornando opaca. Soturna demais. Mas você veio tão forte... Tão bela... Tão inesperada! Ascendeu-me as boas sensações dormentes. Agora me sinto vivaz, em paz e feliz! Seus dedos lisos, afagando os sulcos do tempo em minha face, deslizam em poema: "dorme um sono tranquilo na casa da paz".


As horas se tornaram telas a colorir e, meus olhos,
duas lunetas voltadas às incontáveis estrelas do mar.


Em profundidade, inundo - por sua causa (e por minha) - meu caleidoscópio de sentimentos (giratórios e quebradiços) com a certeira esperança de que tudo passa. Percebo remontar os cacos em nacos amarelos e em tons alarajandos de "amanheceu vai além/tem nas mãos girassóis/brinca de ser o que for".

Rodopio as idéias e a força criativa assinala meu peito em alvo inscrevendo: "salta do nada, desata e dança ao redor". Leio nas pedras e volto a pertencer radiantemente acolhida. Meu peito saltita em percussão e "diz sorridente ao cigano que o sonho vingou/sai do abandono e ouviras as estrelas de luz".

Minha espontaneidade retoma as mãos e os desejos de fazer se jogam pelos meus ouvidos lambendo os tímpanos: "sai do silêncio, serena, serena canção/brinca de ser o que for/ tem nas mãos girassóis".


Inebriada de canção gargalho serenamente por minhas entranhas. Minhas veias convertem-se em instrumentos de sopro e minhas artérias em cordas de viola. Você penetra e me traduz em música. Risca em mim o nome do amor.

Sentir-lhe grava em mim "a laser histórias que ainda não sei ". Vou contente a repetir-lhe. Uma. Duas. Dez. Cem vezes. Num sem fim para me integrar a você como se integram as vozes uníssonas do coral. Pede bis. 14 Bis. Encantada me lanço em "riscos da arte/ capricho da sorte que vem".

Com amor,
Solange Pereira Pinto




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Pedra Bonita
14 Bis
Composição: Vermelho / Murilo Antunes

Leio nas pedras um velho e claro sinal
Traços da escrita rupestre de algum ancestral
Linda viagem, visagem, mensagem de amor
Sol das cavernas, estradas eternas me vou

Amanheceu vai além
Tem nas mãos girassóis
Brinca de ser o que for
Brilham cem mil faróis
Salta do nada, desata e dança ao redor
Tocam tambores nas tabas, nas selvas irmãs

Sai do silêncio, serena, serena canção
Joga os deuses por terra se tem coração
Diz sorridente ao cigano que o sonho vingou
Sai do abandono e ouviras as estrelas de luz

Sai do silêncio, serena, serena canção
Brinca de ser o que for
Tem nas mãos girassóis

Gravo a laser histórias que ainda não sei
Riscos da arte capricho da sorte que vem
Dorme um sono tranquilo na casa da paz
Risca na pedra bonita o nome do amor

20 maio, 2009

19 maio, 2009

Banco Rendimento

Acesse o Banco Rendimento para receber o AdSense!

18 maio, 2009

Capas de jornais

Capas de jornais de todo o mundo!

17 maio, 2009

repetindo:

salva-se o que não permitimos que se perca.

Frase para dias atuais

“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”.


Martin Luther King

16 maio, 2009

stand-up literatura




No próximo domingo acontece a segunda edição do programa
Stand up Literatura - parceria da Livraria Martins Fontes e do site Cronópios

Do Cronópios

Stand-up Literatura
Programa quinzenal com uma hora de duração, transmitido AO VIVO direto da Livraria Martins Fontes, na Avenida Paulista, em São Paulo. É mais uma parceria da Livraria Martins Fontes e do Portal Cronópios. Um novo programa para as tardes de domingo!

O formato é uma adaptação para a Literatura do gênero de comédia muito famoso nos EUA, a chamada Stand-up Comedy. Gênero que está fazendo muito sucesso no Brasil também.


No Stand-up Literatura um autor convidado preparará um set list de textos seus para serem lidos “em pé” diante de uma platéia e com transmissão ao vivo pela TV Cronópios. O público participa no local e também por por chat através do Café Literário do site Cronópios. Após a apresentação o escritor responde a perguntas do público presente e do chat.



A convidada deste domingo, dia 17, às 15h00, é a escritora Andréa del Fuego, autora da trilogia de contos Minto enquanto posso, Nego tudo e Engano seu (projeto contemplado com a bolsa de incentivo à criação literária da Secretaria do Estado de São Paulo) e dos juvenis Sociedade da Caveira de Cristal e Quase caio; integra as antologias: Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século, 30 Mulheres que Estão Fazendo a Nova Literatura Brasileira, Capitu mandou flores (Geração Editorial, 2008), entre outras. É graduanda em Filosofia na PUC-SP e mantém o blog www.delfuego.zip.net.



Set list

Clique aqui para ver o set list da apresentação de Andréa del Fuego






Venha participar. Entrada franca.

Local: Livraria Martins Fontes e na Internet através do Portal Cronópios
Horário: 15h00
Endereço: Livraria Martins Fontes Paulista
Avenida Paulista 509 - Cerqueira César – Tel.: 2167-9900
Estação Brigadeiro do Metrô
Estacionamento no local - entrada pela Rua Manuel da Nóbrega

É preciso transformar ações individuais em coletivas


A judicialização de diversos temas, não apenas em relação à saúde, já é fato consumado. O que o Brasil precisa fazer é racionalizar essa “judicialização”. Ao participar da audiência pública sobre o tema no Supremo Tribunal Federal, o constitucionalista Luís Roberto Barroso propôs uma solução para que a racionalização seja implementada.

Uma das ideias é o Judiciário buscar mecanismos de transformar ações individuais em coletivas. Isso, constata Barroso, é uma forma de levar a questão a debate, permitindo que o Poder Público defenda sua política pública na área ou até mesmo pressionando o governo a criar uma política ainda inexistente no sistema de saúde.

Barroso sugere que o Judiciário oficie ao Ministério Público nesses casos, para transformar a demanda individual em coletiva. Ou o próprio Judiciário pode agir nesse sentido, diz, intimando órgãos e entidades com interesse na causa a participar dos debates. “Isso realiza a ideia de universalização e igualdade, deixando de lado o atendimento lotérico, a varejo de prestações individuais”, afirmou.

“A cultura brasileira ainda hoje é a da busca do privilégio e não do direito”, constata. Para ele, essa situação “favorece quem tem mais informação e acesso a advogado ou a defensor público”.

Representante do Colégio Nacional de Procuradores dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, o constitucionalista também afirmou que é preciso definir de antemão qual ente federado deve figurar como réu nas demandas por prestação de saúde. A jurisprudência dominante hoje, diz, é a de que há solidariedade entre todos os entes federativos. Para ele, isso cria dificuldades do ponto de vista prático e causa desperdício de recursos. Isso ocorre porque as três esferas da federação acabam tendo de atuar em juízo em defesa da Fazenda Pública.

Para Barroso, o réu da ação deve ser a entidade estatal diretamente responsável pela prestação do serviço e, quando há duvida razoável sobre quem é responsável, valeria a solidariedade.

Barroso entende que a judicialização do tema saúde não é o principal aspecto a ser discutido. “Parte da energia que está sendo canalizada para o debate acerca da judicialização deveria ser investida no debate acerca da elaboração do orçamento. É aí que se fazem as escolhas em uma sociedade democrática. As escolhas boas e as escolhas trágicas”, entende.

A elaboração do orçamento, no Brasil, é um grande espaço democrático negligenciado”, afirma. O advogado também entende haver uma indiferença política em relação ao cumprimento do orçamento.

“Este fenômeno é potencializado pela competência discricionária que se tem reconhecido ao Executivo de fazer contingenciamentos, isto é, de não se aplicar efetivamente o dinheiro alocado em determinada rubrica”, afirmou.

O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, concordou com Barroso. “A participação democrática dos segmentos da sociedade na formatação dos orçamentos em tema de saúde pública deve ser objetivo almejado pelo Estado e por toda a sociedade”, disse.

Para o ministro, o “grande desafio” é compatibilizar a distribuição de recursos escassos com o objetivo maior de se obter um atendimento integral na área da saúde pública. “É incontestável que, além da necessidade de se distribuir recursos, naturalmente escassos, por meio de critérios distributivos, a própria evolução da medicina impõe um viés programático ao direito à saúde, pois sempre haverá uma nova descoberta, um novo exame, um novo prognóstico ou procedimento cirúrgico”, constata.
Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

15 maio, 2009

Você faz xixi no banho?

Se você não sabe se é bom ou ruim fazer xixi na hora do banho debaixo do chuveiro.... clique bem aqui...

14 maio, 2009

Encontro do Nordeste em Brasília

O ENCONTRO DO NORDESTE ACONTECERÁ NOS DIAS 14, 15, 16 E 17 DE MAIO.

PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O GLORIOSO EVENTO ACESSEM:
http://www.encontrodonordeste.com.br/





O sertanejo é, antes de tudo, um forte.
(Euclides da Cunha – Os Sertões)

Vindos das mais distantes regiões do Brasil, a população imigrante de Brasília e Entorno possui hoje um número indefinido de nordestinos. Que trazem em seus “alforjes”, “côfos” e “frasqueiras”, vários sonhos de conquistar a capital. Ser presidente da República. Passar num concurso. Um emprego. Ter o “de comer” no dia seguinte.

Após meses ou anos longe de suas terras natais, surge o “banzo”, que afligia os africanos nos navios negreiros, e assola os nordestinos com saudade do tempero de “mainha”, das “colegagens” da rua e do “forró fiado” tocado nos “foles de oito baixos” e que animavam o “forrobodó” até a poeira subir e o galo cantar, enquanto as “cuiãs” prendem os cabelos nas “tracas”.

Para amenizar esse “banzo” acontece em Brasília dos dias 14 a 17 de maio no Estádio Mané Garrincha o Encontro do Nordeste que unirá culturas e tradições de todos os estados nordestinos (Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão).

No espaço estarão instalados postos de informações turísticas de cada estado representado pelas principais prefeituras, a Expo Nordeste que apresentará produtos artesanais de cada região, como: produtos em cerâmica do mestre Vitalino Neto; areia colorida, redes artesanais da Paraíba, renda de bilros do Ceará, grupos de mamulengos, desafio de repentistas de vários Estado do Nordeste. Alem dos principais produtos, acontecerão oficinas de cerâmica, renda, xilografia e cordel. Para dar o gostinho de casa, restaurantes típicos estarão instalados no espaço do Encontro.

No palco a cada noite uma atração de peso (como: Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Aviões do Forró e muitos outros) para trazer mais do Nordeste para Brasília e muito de Brasília para todo o resto do Brasil. Num evento que espera receber com uma estrutura melhor a cada ano, cerca de 50 mil pessoas.

Também serão realizados lançamentos e prévias de grandes eventos, dentre as já existentes no interior, que atraem grande afluência de público, como as Festas de São João do Nordeste. Importantes grupos folclóricos, trios pé de serra e grandes artistas nordestinos, contagiarão o público apreciador do evento durante todos os dias do festival.



O Encontro será mais que uma mostra da cultura nordestina, será um fomento à valorização de Brasília como Capital Cultural, que respeita e valoriza todas as origens culturais, recebendo com orgulho todos que a visitam.

Em 2008, aconteceu também no Estacionamento do Estádio Mané Garrincha, o projeto piloto, Festival do Nordeste, lançamento e prévia das ‘Maiores Festas de São João do Nordeste’, com a presença das prefeituras de Aracaju/SE – Festa de Sergipe, São Luis/MA – Festa do Maranhão, Caruaru/PE – Festa de Pernambuco e Itapipoca/ CE – Festa do Ceará, patrocinado pelo Ministério do Turismo, que obteve grande sucesso com a presença de mais de 100 mil pessoas, arrecadando 55 toneladas de alimentos não-perecíveis que foram doados as instituições beneficentes da capital. (Este ano será arrecadado agasalhos que serão entregues ao desabrigados do Nordeste)

Veja site www.brasiliacapitalcultural.com.br, abra em vídeos, ícone: Retrospectiva Festival do Nordeste 2008. E este ano promete novamente ser um grande sucesso.

PROGRAMAÇÃO

Dia 14 de Maio de 2009 (quinta-feira)
Festa de Alagoas, Bahia e Sergipe
Capitão Axé, Flor de Limão, Calcinha Preta e Grupo Pé de Serra

Dia 15 de Maio de 2009 (sexta-feira)
Festa do Ceará e da Paraíba
Zé Ramalho, Dona Zefinha, Jorge Marino e Aviões do Forró.

Dia 16 de Maio de 2009 (sábado)
Festa de Pernambuco e Rio Grande do Norte
Geraldo Azevedo, Maria Fulô; Gatinha Manhosa; Sandra Belê e Brucelose

Dia 17 de Maio de 2009 (domingo)
Festa do Piauí e Maranhão
Francis Lopes; Gabriel Lener; Espetáculo Gonzaga e Tribo de Jah

Local: Estacionamento Estádio Mané Garrincha
Data: 14 a 17 de Maio de 2009.
Horário: 18h às 4h
Ingressos: 20,00 (inteira) 10,00 (meia) 15,00 (para doadores de 01 kg de alimento, que serão entregues ao desabrigados do Nordeste)
Ponto de Vendas: Óticas Brasiliense
Site: www.encontrodonordeste.com.br
Informações: (61) 3322-0139
Classificação Indicativa: 16 anos



GLOSSÁRIO DE EXPRESSÕES NORDESTINAS E DIFERENTES:
Alforje – Bolsa de Couro usada pelos antigos vaqueiros
Côfos – Cesto feito de palha de coqueiro utilizado para transportar frutas e outros vegetais
Frasqueira – Mala antiga
de comer – comida
banzo - melancolia
mainha – mamãe
colegagens – amigos
forró fiado – estilo musical tipicamente nordestino
foles de oito baixos – sanfona muito utilizada e falada por Luiz Gonzaga
forrobodó – festas que tocavam forró pé-de-serra
cuiãs – meninas novas
traças – tiaras que prendem os cabelos


RELEASE DE ALGUMAS BANDAS

GERALDO AZEVEDO
Geraldo Azevedo nasceu em Petrolina, PE, em 11 de janeiro de 1945. Essa origem nordestina talvez tenha sido a responsável pelo tempero tão variado de ritmos e balanços que este grande músico possui. Sua forma de tocar violão mistura as harmonias sofisticadas com os ritmos quentes do nordeste, destaca-o dentro do cenário nacional. Em seu trabalho é possível encontrar, lado a lado, líricas canções de amor como “Dia Branco” e números caribenhos cheios de swing como "Veneza Americana".

Geraldo Azevedo também é conhecido pelos seus incandescentes frevos (a dança de rua típica do carnaval pernambucano), muitas vezes seus shows se encerram com frevos eletrizantes, como "Tempo Tempero", "Pega Fogo Coração" e "Tempo Folião". É esta mistura, aliada a seu violão impecável, que o torna um dos mais conceituados músicos nordestinos.

É autodidata e aos 12 anos de idade já tocava violão. Ao mudar-se para Recife onde foi estudar, Geraldo se juntou ao grupo folclórico intitulado Grupo Construção onde conheceu Teca Calazans, Naná Vasconcelos, Marcelo Melo e Toinho Alves (componentes do Quinteto Violado) iniciando aí toda a sua trajetória musical.

Foi depois de sua apresentação, junto com o amigo Alceu Valença, no Festival Universitário da TV Tupi, que Geraldo Azevedo recebeu o convite para gravar seu primeiro disco pela Gravadora Copacabana. Nesse mesmo ano a Copacabana lançou o disco "Alceu Valença & Geraldo Azevedo" marcando a estréia de dois jovens cantores e compositores que se tornaram dois dos maiores nomes da nossa música brasileira.

Participou de alguns importantes projetos coletivos de discos como "Asas da América", "Cantoria" e "O Grande Encontro", além de fazer parte de várias coletâneas. Geraldo Azevedo já se firmou como uns dois maiores músicos nordestinos da atualidade.

CAPITÃO AXÉ
A Capitão Axé continua imprimindo sua marca de qualidade e irreverência por onde passa. A nova formação da banda, composta pela dupla Dydda Castilho e Felipe Pezzoni, agora aposta na composição Love Amor para dar prosseguimento ao trabalho que vem realizando há dois anos pelos palcos e trios elétricos do Brasil a fora.

Para esquentar ainda mais o cenário musical, a banda prepara seu primeiro CD de carreira com composições como “O Movimento”, “Amor, Fogo e Paixão”, “Dois Amores”, “Aê”, além de duas regravações - destaque para "Nayambing Blues - O Trem do Amor" (Sine Calmon), grande sucesso dos anos 90.

Enquanto isso, o grupo formado pelos vocalistas Dydda Castilho e Felipe Pezzoni e os experientes músicos Fábio Longo (Bateria), Marcelo Bala (Guitarra), Adelmo Ricardo (Contra Baixo), Gustavo Frodo (Teclados), André Negão, Maique Alex e Beto Lelê (Percussão) segue com a agenda de shows, deixando uma legião de fãs por onde se apresenta.

Histórico
O Projeto Capitão Axé foi consolidado em julho de 2006 com a gravação da primeira balada romântica do grupo: "Amor, Fogo e Paixão", executada nas principais rádios de Salvador.

Do romance ao axé, com um repertório amplo e variado, foi que a banda começou a explorar novos horizontes. Sua musicalidade ficou conhecida em shows realizados nas cidades de Mirante de Paranapanema (SP), Patos (PB), Cajazeiras (PB), João Pessoa (PB), Pau dos Ferros (RN) e Santa Cruz do Capibaribe (PE), São Bento (PB), Aracaju, Precaju, Tobias Barreto, Lagarto e Boquim (SE).

Na Bahia, passou a fazer parte da agenda, shows em Porto Seguro, Riacho de Santana, Ribeira do Pombal, Cocos, Barreiras, Itacaré, Mutuípe, Caetité, Bom Jesus da Lapa, Muritiba, além de participações nos principais ensaios do verão de Salvador, como Vixe Mainha, Lavagem da Vila e Festa de Iemanjá no Complexo Costa do Sauípe, no Bonfim Total, este último com participação da cantora Cláudia Leite. Outro destaque para a apresentação do grupo no palco universitário do Festival de Verão Salvador nas duas últimas edições do evento.

AVIÕES DO FORRÓ

Em 2002 a banda Aviões do Forró, subiu, pela primeira vez, aos palcos cearenses. A viagem rumo ao sucesso começava. Os convites para shows cresciam cada vez mais, o repertório que foi muito bem selecionado conquistava diversos adeptos, a harmonia da banda e a alegria irreverente dos vocalistas, faziam da Aviões do Forró uma realidade.

Com muita criatividade e atributos singulares, a banda já no seu primeiro CD, chegaram á margem de mais de 700.000 mil cópias vendidas. Hoje, a banda vai para o sexto lançamento repleto de canções que prometem marcar as maiores festas do país.

O destino da Aviões do Forró ultrapassou as fronteiras do Brasil. Em turnê pelos Estados Unidos, levou para as noites internacionais a alegria contagiante do forró.

O grupo não só caminhou rumo ao sucesso, mais também, sobrevoou com um destino certo; os corações de todos os fãs que formam os mais de mil fã-clubes espalhados pelo Brasil.


ZE RAMALHO
CD revela o coerente início roqueiro de Ramalho

"Eu sou todos nós", sentencia Zé Ramalho em um verso de Falido Transatlântico, canção que integra o álbum duplo Zé Ramalho da Paraíba, título inaugural do selo Discobertas, aberto pelo produtor e pesquisador musical Marcelo Fróes para editar relíquias do baú da MPB. O álbum duplo dedicado a Ramalho eterniza 23 números de cinco shows feitos pelo artista - entre 1973 e 1977 - na Paraíba e no Rio de Janeiro. Falido Transatlântico é número extraído do show Um Dia Antes da Vida, apresentado por Ramalho em 1976. Seu verso Eu Sou Todos Nós seria reaproveitado pelo cantor no título do álbum que lançou em 1998, exemplificando a firme coerência que pauta a discografia do compositor. O disco atual revela o início da viagem.

Por perpetuar gravações caseiras extraídas de fitas cassetes do acervo pessoal do artista, Zé Ramalho da Paraíba peca pelo caráter oscilante do áudio. A qualidade é especialmente precária nos oito números captados no show mais antigo, Atlântida, de 1973. É quando Ramalho aparece mais imerso no rock (como comprovam os arranjos de músicas como Brejo do Cruz, Puxa Puxa e da versão original de Táxi Lunar) e no blues (Jacarepaguá Blues) sem enterrar de todo sua raiz nordestina, que salta em músicas como Autor da Natureza. Atlântida ilustra a fase hippie de Ramalho. No show seguinte, Um Dia Antes da Vida, já são mais perceptíveis em números como A Árvore e O Astronauta (de apropriado clima viajante...) o misticismo filosófico-apocalíptico que iria nortear sua obra e o transformaria num Profeta do Sertão.

As maiores raridades estão no disco 1. Já o CD 2 documenta registros seminais de músicas como Avôhai e A Dança das Borboletas, captadas no show de voz-e-violão Coletiva de Música Paraibana, feito por Ramalho em 1976, um ano antes de sua contratação pela gravadora CBS (atual Sony Music). Enfim, com Zé Ramalho da Paraíba, título indicado para colecionadores, o selo Discobertas chega ao mercado fonográfico cumprindo bem sua função de documentar gravações inéditas ou raras. Que venham os CDs de Jackson do Pandeiro e Renato Russo!


CALCINHA PRETA

A Calcinha Preta é a banda de forró que mais impressiona o público em todo o brasil, com seu espetáculo de som, luzes e efeitos especiais de última geração. Em meados da década de 90, o forró ganhou uma nova roupagem. O ritmo tornou-se mais acelerado, arranjos ganharam mais instrumentação, temas modernos passaram a inspirar novos estilos de canções, e o palco passou a ser cenário de grandes espetáculos de decorações inovadoras, coreografias de dançarinos e efeitos especiais em luzes e sons.

Surge, então, a era da revolução da música nordestina, e no contexto, calcinha preta lança seu primeiro cd “A banda de forró mais gostosa do Brasil”, vendendo de imediato mais de 100 mil cópias e atraindo milhares de fãs em todo o brasil. São mais de 200 mil cópias vendidas no primeiro dvd, 200 mil no segundo dvd e mais de 3 milhões de cd's vendidos ao longo dos 10 anos de carreira.

Atualmente, a Calcinha Preta participa das maiores feiras agropecuárias do Brasil, reunindo verdadeiras multidões, que aplaudem e cantam suas canções nos shows pelo interior de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O espetáculo da banda leva ao palco nove músicos, quatro vocalistas e quatro casais de dançarinos, que emocionam o público com seus ritmos, melodias, figurinos, coreografias e cenários, lotando casas de shows e praças. Desde a sua criação em 1995, a calcinha preta possui uma discografia de enorme sucesso, numa carreira sempre na ascendente.

Vocalistas:
Silvânia Aquino, Paulinha Abelha, Raied Neto, Bell Oliver e Marlus Viana.
Dançarinos:
Dennis, Nana, Reginaldo, Amanda, Júnior e Maristela.
Músicos:
Alexandre (guitarra), Gilson Batata (contra-baixo), Pé-de-ferro (bateria), Missinho (acordeon), Alex Marques (teclados), Valdir (percussão), João Paulo (metal), Cássio (metal) e Cauca (metal)

Para refletir e agir

"É preciso ter uma intencionalidade definida. O eixo deve ser seguido e o processo (caminho) registrado"

Revista Nova Escola

13 maio, 2009

Frase inteligente

"A sociedade está sucumbindo as pessoas"

Fernanda Ramirez

12 maio, 2009

Frase do mês

"A ciência e a arte são modos de encontrar a verdade"

11 maio, 2009

Discriminação geográfica, agora às claras


ONU questiona delegação do Brasil sobre muro em favela

Agência Estado

O governo viveu um constrangimento ontem na Organização das Nações Unidas (ONU) ao tentar defender seus programas sociais, enquanto o Brasil era acusado de ser um "país da impunidade". Os peritos da entidade criticaram a corrupção, a falta de acesso da população à Justiça e ainda denunciaram a construção de muros separando as favelas no Rio dos demais bairros. "Estão fazendo muros entre favelas e bairros ricos. O que está sendo feito contra esses projetos?", questionou o perito da ONU Alvaro Tirado Mejiam, perante a delegação brasileira, durante sabatina para avaliar os programas sociais no País. Para Mejiam, com a construção de um muro em favelas no Rio, o Brasil está iniciando uma "discriminação geográfica".


No total, 11 favelas devem ser cercadas por muros no Rio até o fim do ano. A primeira delas seria a Dona Marta, supostamente com o objetivo de frear sua expansão. A pergunta gerou desconforto na delegação e o ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, prometeu que traria para hoje uma resposta sobre a iniciativa do governo Sérgio Cabral (PMDB). Vannucchi reconheceu que o muro "não é uma boa ideia" e que representa uma limitação aos direitos humanos da população mais pobre. Mas foi cauteloso. "O Brasil não constrói muros em favelas. Não conheço os detalhes. Não sei se está em um terreno público ou privado."


Ele admitiu ter ficado surpreso com o questionamento durante a sabatina, além de perceber que a questão gerava uma atenção internacional além do que o governo previa. "Estamos mais preocupados com a questão de segurança pública", disse. Mesmo assim, Vannucchi rejeitou a atribuição de excessiva importância ao muro, como se fosse equivalente ao que divide a fronteira entre EUA e México, ou ao que separa israelenses e palestinos. "Não é a criação de um muro emblemático, como o Muro de Berlim", argumentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

10 maio, 2009

TV pela internet

Anote a dica e veja TV no PC hehehe.

Supercanais!

09 maio, 2009

KIBE LOCO ENTREVISTA - “FELINA”

Do blog Kibe Loco

Desde o dia 18 de abril, quando foi citada no Kibe Loco, Fabiane Menezes não para de receber convites para aparecer em jornais, revistas e programas de TV. Todos interessados em desvendar os segredos de “Felina” ou da “Loira da Internet”, apelidos que Fabiane usou para conquistar celebridades - e subcelebridades - em conversas via MSN.

O termo “conquistar” não chega a ser um exagero. Afinal, o poder de convencimento de “Felina” é tanto, que fez atores, cantores, modelos e atletas renomados despirem-se e, em alguns casos, até masturbarem-se diante de uma câmera. Feito que já seria digno de nota antes mesmo de Fabiane, para desespero de várias assessorias de imprensa do eixo Rio-São Paulo, publicar todos os flagrantes na internet (ATENÇÃO! Link não recomendável para menores de 18 anos).

O assédio da grande imprensa, até agora, foi em vão. A moça (ela jura que é mulher mesmo) está irredutível. Não dá telefone, não gosta de mostrar o rosto e diz que o medo de ser processada é maior que a vontade de ser famosa.

Contudo, o cuidado que Fabiane tem em não aparecer, não é o mesmo quando ela faz as vezes de assessora de imprensa para expor suas novas vítimas. Foi assim que, há alguns dias, ela me procurou. Agradeceu o post no Kibe Loco e perguntou se eu voltaria a mencioná-la. A partir daí, negociamos uma entrevista exclusiva. A primeira dela até agora. Fabiane provou ser quem era através de uma confirmação no blog (abaixo) e, no fim, concordou em mandar as fotos que ilustram esse post. Segundo ela, são de 2007, “quando ainda posava”. Algumas estão em perfis e comunidades de Fabiane no Orkut, mas como não ligamos a webcam (ufa!), fiquei impedido de verificar sua autenticidade e, portanto, optei pelas tarjas.



Fabiane confirmou, através de post, que era a autora do blog.

Hoje, Fabiane tem mais 4 Kg bem distribuídos pelo corpo, exibe no rosto o resultado de uma cirurgia plástica no nariz e não é mais modelo. É “namorada”. E pelo alvoroço que tem causado em casais Brasil afora, parece querer ser a única.

Abaixo, ”Felina” fala um pouco de Fabiane e vice-versa. A ex-modelo diz que ainda mora com o pai, fala de suas motivações e revela que, agora, vai em busca de personalidades internacionais.

***

- Quem é você?

- Felina.

- E os outros nomes, como “Loira na Internet” e Fabiane Menezes?

- “Felina” é um nome fictício.

- Sim, claro. Não imagino seu pai entrando em um cartório e dizendo “É ‘Felina’, sim. Pode registrar!”…

- Meu pai nem sabe dessa historia de “Felina”… (risos)

- Fabiane Menezes é seu nome verdadeiro?

- Sim.

- Quando você conversa com essas celebridades, usa seu nome verdadeiro ou é só “Felina” e “Loira na Internet”?

- Eu tenho uns cinco MSNs. O nome não importa. O que interessa é a webcam. Mas eles jamais a ligariam se soubessem que eu sou a tal “Felina” do blog. Alguns eu tenho de enrolar por semanas até acontecer.

- Semanas? É por isso que tenho a impressão de que os vídeos são antigos e você resolveu liberar tudo agora?

- Você está enganado. Os vídeos são recentes. O do Ronaldo gravei no sábado antes de um jogo. O do Pato eu soltei na net na mesma hora. E o do Diego Souza (jogador do Palmeiras) também.

- Como você consegue os MSNs dos famosos?

- Amigas modelos que me passaram. Uma delas, aliás, me passou vários. Aí, depois que o blog ficou famoso, os leitores começaram a mandar.

- Você é mulher?

- Claro.

- Já correram boatos de que você poderia ser um homem ou um transexual.

- Se ligo a webcam, não, né?

- Mas há programas que podem simular mulheres sensuais na webcam.

- Imagina! Isso é conversa do povo só porque até agora eu não me mostrei no blog.

- Então, para enrolar esses caras por tanto tempo e conseguir o que tem postado, você deve ser uma mulher atraente, certo?

- Sou loura, 1,65m e 57 kg. Acho que qualquer homem ficaria louco com minhas investidas.

- Por quê?

- Porque quando estou online, falo que eles são bonitos. Às vezes, invento que estou bêbada, carente, “na seca”… aí eles não aguentam.

- Só isso basta para eles tirarem a roupa?

- Não. Eu também tiro, né? Senão os caras não fazem. Faço tudo. Fico de quatro, deito no sofá… tem uns que não param de dar ordens.

- Quem é o mais mandão?

- Dos famosos, nenhum.

- Já te pediram alguma coisa estranha?

- Já. Um cara pediu para eu me tocar enquanto ele acariciava o próprio ânus.

- Famoso?

- Não. Um anônimo. Tá lá na seção “Outros”.

- Por que você coloca vídeos de anônimos no site?

- O povo quer é ver vídeo. Não importa de quem seja.

- Qual a sua motivação para fazer isso? Há quem diga que você está só criando uma personagem para, depois, lucrar com ela. Outros acham que é uma vingança, já que você dá ênfase ao estado civil de suas “vítimas” casadas.

- Só quero mostrar para o Brasil que todo mundo é igual.

- Você poderia mostrar que todos são iguais de outras maneiras, não acha?

- Acho que a galera tem mais que ver o “patinho” do Pato… o “Ronaldinho” do Ronaldo… o “Junior” da Sandy. Hahahaha!!!

- A graça que você vê nisso me faz duvidar dessa sua “motivação”. Parece que, no fundo, em vez de mostrar que todos são iguais, você só quer ver o circo pegar fogo…

- Adoro ver o circo pegar fogo. Bem que a Stephany (Brito, atriz e namorada de Alexandre Pato) poderia ter metido um pé na bunda do Pato para eu ficar com ele…

- Você queria ficar com o Pato?

- Acho o Pato delicioso.

- Prefiro o meu laqueado.

- (risos) Eu já o conheço. Temos até fotos juntos.

- De onde?

- Tiramos quando ele ainda morava no Brasil.

- Vocês já saíram?

- Nunca.

- Onde você mora?

- São Paulo.

- Quantos anos você tem?

- 26. E você? (risos) Desculpe. É costume.

- Olha… se quiser ver meu “Kibe”, compre um monitor de 42 polegadas.

- Nossa! Jura? Quero ver sim…

- Você trabalha? Estuda?

- Não. Estou sem fazer nada.

- Fez alguma faculdade?

- Só fiz curso de Nutrição.

- Você mencionou seu pai. Mora com ele?

- Moro com meu pai, minha mãe e minha irmã mais nova, de 21 anos.

- Como você se sustenta? Mesada?

- Não. Eu trabalhei e guardei.

- Trabalhou com o quê?

- Trabalhei numa clinica de nutrição e em uma agência de modelos nos Estados Unidos.

- Você tem namorado?

- Não. Só tenho uns coroas ai.

- Coroas como? São casos?

- Isso. Pagam minhas contas.

- A troco de que eles pagam suas contas? Você é garota de programa?

- Não. Saio com eles para me ajudarem.

- Mas se você sai com eles e, em troca, eles te pagam, é um serviço de acompanhante.

- Não. Sou a namorada cujas contas eles pagam.

- Então, você, que não tem namorado, seria “namorada” de alguns “coroas aí” que pagam suas contas. É isso?

- Isso.

- Você já ficou com algum dos caras que mostrou no seu blog?

- Já.

- Quem?

- Não vou falar.

- Quantos foram?

- Dois. Gosto dos safados. Os cachorros. Os que dizem que vão bater…

- E eles pagaram alguma conta sua?

- Não.

- Quem são os mais safados?

- O Lucas Marchi, o Di Ferrero (vocalista da banda NX Zero), o Albucacys e o Pato, que já ligava a câmera pelado.

- Lucas Marchi não sei quem é. O Albucacys (bombeiro e ex-namorado da modelo Luma de Oliveira) eu até acredito… mas o Di e o Pato? Safados? Eles diziam o quê? Que iriam te bater com os bichos de pelúcia deles?

- São safados, sim.

- Sei… você gosta dessa fama virtual?

- Não. Só faço isso porque estou à toa mesmo.

- Você espera ganhar alguma coisa com isso? Acha que pode ser convidada para se revelar, posar, etc.?

- Acho que não. Se fizesse isso, seria processada. Caso contrário, já estaria na TV.

- Não teme que te encontrem mesmo assim, sem aparecer?

- Como me encontrariam?

- Rastreando seu MSN, e-mail, blog…

- Não uso minha internet e cadastro tudo com o endereço errado.

- E até quando pretende fazer isso?

- Até quando houver famosos.

- Algum deles já pediu para você tirar as imagens do ar?

- O Elano (ex-jogador do Santos e atualmente no Manchester City da Inglaterra) pediu. Outros já chegaram a dizer que iriam se matar. A Priscila (ex-Big Brother Brasil 9) ficou duas horas pedindo para eu tirar o vídeo do namorado dela.

- Qual dos vídeos fez mais sucesso?

- O do Pato. Mas acho que o do Luxemburgo (Vanderlei, técnico do Palmeiras) é o que vai dar mais pano pra manga.

- Por quê?

- Porque ele é muito famoso.

- Já tem um próximo alvo?

- Não sei quem será o próximo, mas estou quase conseguindo uma “bomba”.

- Pode revelar ou tem receio de que isso atrapalhe seus planos?

- Não tenho receios. Pode publicar. Quero o Cristiano Ronaldo.

08 maio, 2009

8 de maio - Dia do Artista Plástico

Título: Na exposição da condição humana
Técnica: mista
Autora: Solange Pereira Pinto
Data: março/2009

07 maio, 2009

Dica do dia: caderno de rabiscos para adultos





"Intrínseca lança passatempo para adultos entediados no trabalho Seja feliz no trabalho! Longe das intrigas de escritório, das fofocas de corredor e das reclamações rotineiras, Caderno de rabiscos – para adultos entediados no trabalho, da artista gráfica francesa Claire Faÿ, funciona como uma válvula de escape. É ideal para aliviar a pressão de colaboradores insatisfeitos e de chefes estressados.

Lançamento da Intrínseca, o Caderno de rabiscos é um passatempo incomum. Surpreendeu ao permanecer nas listas de best-sellers da França, quando foi lançado, em 2006, e se colocar entre os 10 livros mais vendidos daquele país em 2007.

A autora garante risadas ao propor brincadeiras e “atividades” repletas de ironia com seu olhar crítico e bem-humorado sobre o ambiente corporativo. Sem efeitos colaterais ou contra-indicações do departamento de RH, esse livrinho provocante é um sucesso em vários países europeus. Uma sessão de rabiscos permitirá:


- esquecer seus problemas e conflitos no trabalho,

- puxar o saco do chefe sem que ninguém perceba,

- fazer intervalos mais saudáveis para fumar,

- responder a seus superiores e fechar o bico dos colegas,

- aturar os chatos,

- dar aquela cochilada em paz.


CLAIRE FAY começou a criar seus livros nos ateliês gráficos da Academia de Belas-Artes de Praga, na República Tcheca. Formada na Escola Superior de Artes Gráficas e na Escola Nacional Superior de Artes Decorativas de Paris. Autora de diversas obras ilustradas, publicou Le grand livre du cochon [O grande livro do porcalhão], Portraits de famille [Retratos de família], Cahier de taches [Caderno de manchas], Cahier de gribouillages pour les adultes qui veulent tout plaquer [Caderno de rabiscos para adultos que gostariam de enquadrar tudo e todos] e Osez lui dire: cahier de messages à l’usage des couples [Ouse dizer para ele: caderno de mensagens para uso dos casais].



Caderno de rabiscos para adultos entediados no trabalho, Claire Faÿ
Editora Intrínseca


Tradução de Jorge Bastos
48 páginas
R$ 14,90

06 maio, 2009

Conjugação verbal

quer conjugar o verbo falir no presente do indicativo?

Então vá ali

05 maio, 2009

Antidepe criativo

Para recuperar o vigor roubado em uma semana péssima, nada como ter pesadelos à noite e acordar valorizando a vida. Para o astral não ruir a pedida é pintar mandalas para equilibrar as energias dissidentes que oscilam entre ser animal e ser humano (ou nada ser). Ai estão as que fiz e se quiser aproveite para colorir também. É uma ótima terapia, eu garanto!










































Agora é a sua vez, experimente:







04 maio, 2009

Massagem e pilates no dia das mães


Que tal um presente no campo das sensações e da saúde?
melhor que um jogo de panelas! hhaha

03 maio, 2009

Mídia, saúde, ética e ambiente - A gripe suína em quatro dimensões




Por Solange Pereira Pinto
sollpp@gmail.com

“A gripe suína é transmitida por vias aéreas, mas a contaminação pode se dar pelo contato com objetos que tenham o vírus. Os sintomas são similares aos da gripe comum, mas com febre acima de 39 graus, dores musculares e de cabeça intensas, olhos vermelhos, fluxo nasal e tosse. Além disso, pode haver diarreia e vômitos”.

O noticiário internacional não para. A crise financeira perde manchete para uma dita possível crise na saúde pública, e paradoxalmente o aquecimento econômico de certos grupos. A gripe suína assume o topo de toda a imprensa e, mesmo antes de uma possível “pandemia” (epidemia mundial) se instalar no planeta, o preconceito (nem sempre velado) assume a liderança na audiência.

A avalanche informacional alardeia contabilizando – uma a uma – as descobertas de casos possíveis, casos suspeitos, casos reais, casos descartados, óbitos. Os infográficos vão apresentando os países “infectados”. Os noticiários online atualizam durante as 24 horas os acontecimentos em torno do tema. O google registra no filtro de busca mais de 1.220 milhões de ocorrências dos termos “gripe suína”.

Desinformação pelo excesso de informação

Na contramão, o expectador confuso (e ingênuo) não sabe se comer carne de porco mata, se respirar pega, se a gripe que tem naturalmente pode evoluir por si só em suína. De um lado, há especialistas garantindo que o país está sob controle. De outro, controvertidamente, existem especialistas dizendo que não existe vacina disponível para o vírus. Também há quem diga que pode ser a doença plantada como saída oportunista para certos mercados. As informações são muitas e a dúvidas maiores.
A mídia massiva, por sua vez, pecando em não trazer informações mais contextualizadas e críticas, melhor analisadas, para ajudar o cidadão a entender os acontecimentos. Fica se bastando na superficialidade e na contabilidade de vítimas, na subida e descida de “números”

Mudança de nome
No meio do caminho, a Organização Mundial de Saúde (OMS), para atender empresários do ramo, sugere que se pare de chamar a gripe de suína. Em nota afirma que passará a chamar a epidemia de influenza A (H1N1) – nome do vírus causador da gripe que é subdivido em gêneros (A, B, C) e em propriedades glicoprotéicas (HA e NA) – porque o nome está gerando preconceito com relação ao consumo de carne suína, cujo ato não transmite o vírus. A iniciativa da OMS visa preservar o mercado, pois a negativa de consumo pode gerar impactos econômicos (como no passado, por exemplo, com a gripe aviária).

Agronegócio, meio ambiente e saúde
Na balança, as questões de saúde e meio ambiente tem se convergido para uma mesma relação, na qual a ética poderia tomar partido. Vejamos.

Os casos de gripe suína em humanos, que já causaram algumas mortes no México, geram uma insegurança e incertezas para o agronegócio do Brasil, importante exportador de grãos e de carnes, afirmaram fontes dos setores público e privado. "Ainda não está claro, não dá para medir o que é factível e o que é especulação. Pode mexer no milho (nos preços), apesar de esse produto também estar focado em energia (nos EUA). Gera uma insegurança", declarou a jornalistas Carlo Lovatelli, presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) e da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), pouco antes da abertura da Agrishow, maior feira agropecuária da América Latina que se inicia no dia quatro de maio em Ribeirão Preto. Além de outros impactos, como na soja.

O que não deixa dúvidas é que a Influeza A (H1N1), apelidada de gripe suína, tem sua origem no sistema de criação industrial de animais dominado pelas grandes empresas transnacionais. Para a produção em escala cada vez maior, se mantém confinamentos suínos sem a segurança sanitária como prioridade, tendo em vista políticas de mercado que prezam a rapidez do lucro em detrimento do cuidado à saúde e aos aspectos de proteção animal e humana.

As conclusões do painel Pew Commission on Industrial Farm Animal Prodution (Comissão Pew sobre Produção Animal Industrial), publicadas em 2008, afirmam que as condições de criação e confinamento da produção industrial, sobretudo em suínos, criam um ambiente perfeito para a recombinação de vírus de distintas cepas. Inclusive, mencionam o perigo de recombinação da gripe aviária e da suína e como finalmente pode chegar a recombinar em vírus que afetem e sejam transmitidos entre humanos. Mencionam também que por muitas vias, incluindo a contaminação das águas, pode chegar a localidades longínquas, sem aparente contato direto.

Medicamentos: uma saída lucrativa
Já na epidemia, são também as transnacionais as que mais lucram: as empresas biotecnológicas e farmacêuticas que monopolizam as vacinas e os antivirais. Os únicos antivirais que ainda têm ação contra o novo vírus estão patenteados na maior parte do mundo e são de propriedade de duas grandes empresas farmacêuticas: o zanamivir, com nome comercial Relenza, comercializado pela GlaxoSmithKline, e o oseltamivir, cuja marca comercial é Tamiflu, patenteado pela Gilead Sciencies, licenciado de forma exclusiva pela Roche. Glaxo e Roche são, respectivamente, a segunda e a quarta empresas farmacêuticas em escala mundial e, igualmente como no restante de seus remédios, as epidemias são suas melhores oportunidades de negócio.

Preconceito e vulnerabilidade
Voltando ao termo, percebem-se outras iniciativas procurando mudar o nome da gripe. A França propôs o nome gripe mexicana, o que foi prontamente rechaçado pelo México. Interessante é notar que na epidemia anterior, a gripe aviária começou sendo chamada de gripe asiática. Agora o esforço está no sentido inverso, da mudança de um nome ligado ao animal para um nome ligado à geografia. Por que será? Melhor proteger um porco a proteger um povo?

Mudando ou não o nome o preconceito já atinge a população mexicana. Embora cidadãos oportunistas também encontrem lugar em meio a crises para contestá-las. Tamanho é o temor mundial a respeito da pandemia da gripe suína que o zagueiro Héctor Reynoso, do Chivas Guadalajara, tentou usar a doença que vem ameaçando o planeta para intimidar um adversário ao ameaçar o atacante argentino Sebastián Penco, do Everton, tossindo e tentando jogar catarro no atleta do Everton.

Já a chanceler mexicana Patrícia Espinosa criticou a decisão da Colômbia de se negar a sediar em Bogotá os jogos dos times mexicanos de futebol Chivas e San Luís pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores da América.

Enquanto isso, de forma mais concreta, vários países estão adotando medidas para tentar conter a propagação do vírus cumprindo a “ética da discriminação”. A União Europeia pediu aos seus cidadãos que evitem viajar para México, Estados Unidos e Canadá. Argentina e Cuba foram além e suspenderam todos os voos vindos do México. A China, que teve o primeiro caso confirmado em Hong Kong na sexta-feira, de um mexicano que havia entrado no país por Xangai, anunciou uma quarentena para todas as pessoas que viajaram no mesmo voo do que o homem infectado. O hotel onde ele se hospedou em Hong Kong também foi fechado por sete dias e todos os seus hóspedes e funcionários receberam o antiviral Tamiflu, um dos dois medicamentos recomendados pela OMS para tratar a gripe suína.

No Egito, as autoridades iniciariam neste sábado o sacrifício de 300 mil porcos como medida de precaução, apesar de os especialistas afirmarem que não há risco de infecção pela ingestão de carne de porco e que não há indicações científicas de que o sacrifício de porcos possa conter a doença.

A vulnerabilidade se espalha e o povo mexicano começa a ganhar as marcas simbólicas da “pandemia” e ter sua dignidade ameaçada, a despeito das causas ecossistêmicas que envolvem a “produção da gripe suína”. Arcam com o peso desproporcional das consequências causadas pelo contexto industrial, comercial, econômico, político que envolve e mantém o interesse de vários países; com principios éticos espirrados.

Pânico ou oportunismo?
Máscaras, kits para testes, remédios, abastecimento da despensa, as “compras de pânico” crescem. Mesmo sem casos confirmados no Brasil, o governo de Minas Gerais anunciou ainda a compra de 6 milhões de máscaras --sendo 5 milhões para a população e 1 milhão de máscaras cirúrgicas para uso exclusivo dos profissionais de saúde. A Secretaria de Estado da Saúde informou ainda que está comprando 50 mil doses de medicamento antiviral para adultos e outras 500 doses para crianças.

Além disso, o Brasil vai receber na próxima terça-feira (5) kits para diagnóstico rápido da gripe. Os kits são produzidos num centro especializado de Atlanta, nos Estados Unidos. Ações e planos de contingência em saúde pública são adotados pelos diversos países. Bolsas de mercado oscilando, caem as ações das indústrias do agronegócio suíno e sobem as ações dos laboratórios farmacêuticos (com o anúncio da nova epidemia no México, as ações da Gilead subiram 3%, as da Roche 4% e as da Glaxo 6%; e isso é somente o começo).

Números mais ou menos
Até agora, foram confirmadas apenas 16 mortes provocadas pela gripe suína no México. As autoridades mexicanas revisaram para baixo o número de casos suspeitos de mortes provocadas pela gripe suína, de 176 para 101, indicando que o surto da doença pode ser menos grave do que se pensava. Enquanto isso, a OMS está enviando 2,4 milhões de doses de medicamentos antivirais para 72 países, de acordo com Michael Ryan.

Ética da sobrevivência ou sobrevivência da ética?

Diante da complexidade (Edgar Morin) que organiza o mundo neste século, onde cada um de nós está relacionado, afeta e é afetado pelas ações e pelas idéias de todos os demais, verifica-se que estamos vivendo a era dos desequilíbrios que geram novas questões ambientais, de saúde pública e de ética.

Pede-se com urgência uma nova atitude da comunidade planetária para o desenvolvimento sustentável, com responsabilidade e respeito aos direitos humanos.

Nota-se claramente, no caso da gripe suína, a influência do consumo, da economia, do ambiente, dos contextos políticos, da indústria, da coletividade acarretando maior vulnerabilidade a determinadas populações. A vez é do México, mas poderia ser outro o país do momento.

Medidas restritivas, preconceituosas, excludentes são tomadas pelos países “amigos”. Protege-se a reputação da carne de porco e deteriora-se a da população mexicana. A chanceler do México, Patrícia Espinosa, criticou as medidas "discriminatórias e carentes de fundamento" adotadas por alguns países contra cidadãos mexicanos.

Espinosa se mostrou "especialmente" preocupada pelo caso da China — que doou ao México material e equipamento médico avaliado em US$ 4 milhões — por "isolar, sob condições inaceitáveis, cidadãos mexicanos que não deram mostras de nenhuma doença". Trata-se de uma família de cinco mexicanos que foram levados à força para um hospital e, depois, impedidos de deixá-lo até que a embaixada do México na China interveio, permitindo que eles fossem transferidos para um hotel. E advertiu que "não há justificativa nenhuma para violentar os direitos de cidadão algum, nem para adotar medidas que não têm base científica nem de saúde pública".

Em comunicados conjuntos, por sua vez, Estados Unidos, México e Canadá pedem que nova gripe não limite o comércio e os negócios internacionais. Contudo, como limitar o contato com o estigma da hostilidade social? Como o povo mexicano está passando pela gripe, seja ela forjada, ampliada, real, diante das medidas hiperbólicas adotadas pelos organismos em defesa sabe se lá quais outros interesses? Como ficam os direitos dos cidadãos mexicanos de irem e virem? Repete-se a formação de uma nova classe de excluídos (como no caso desumano das colônias de Hanseníase)? Os mexicanos simbolizarão os novos párias, embora o problema seja sistêmico e da responsabilidade de todos?

Poderíamos, neste caso, fazer uma aposta na heurística (pedagogia) do medo para se chegar à ética da responsabilidade? Ou será apenas um reaquecimento da economia global mudando o foco de investimentos e consumo? Teoria da conspiração? Paranóia global?
Mídia e bioética

O uso da mídia, ainda que mais sutil e diversificado, lembrará o desempenho do rádio nas grandes guerras mundiais (a rádio era o principal meio de informação e, também, de desinformação das populações) e da psicalogia de Goebbels (o termo psicagogia foi usado nos anos de 1930, por Serge Tchakhotine para descrever os tiranos que utilizavam a rádio para conduzir as massas através da persuasão)?

Diante de tantos questionamentos, nesse contexto de alarde (mais de pandemônio que de pandemia) e histeria falta também uma bioética de intervenção em defesa dos interesses e direitos das populações econômica e socialmente excluídas do processo desenvolvimentista mundial.

A tese defendida pelos bioeticistas Volnei Garrafa e Dora Porto é de que seria eticamente defensável a utilização de “práticas intervencionistas, diretas e duras, que instrumentalizem a busca da diminuição das iniqüidades [...] o que define as prioridades não é a demanda ou as necessidade detectadas na realidade social: é o mercado. E o mercado tem se mostrado a cada ano mais perverso, com regras cada dia mais protecionistas para os países ricos, os mais insensíveis”. Pensando assim, qual (quais) população está mais propensa a ser dizimada diante de uma gripe?

O cotidiano vulnerável dos países periféricos marcados pela exclusão social, concentração de poder, manipulação da informação, miséria, pobreza, evasão de divisas das nações mais pobres para os países ditos centrais beneficiando conglomerados industriais etc. requer uma mediação competente com o estabelecimento de políticas efetivas de defesa dos direitos humanos e da cidadania. “As conseqüências danosas, humanas e ambientais, da desenfreada expansão tecnológica são partilhadas em nome da igualdade. Os efeitos nefastos, políticos e econômicos, de um sistema que vulnerabiliza e vitima o cotidiano de milhões soa impostos em nome da liberdade. A apropriação espúria das idéias de liberdade e igualdade transformam-nas em instrumentos ideológicos de dominação e exploração, legalizados por medidas políticas e sanções econômicas”, defendem Garrafa e Porto.

Cumplicidade e intervenção
É urgente a necessidade de se romper o pacto da mídia com a produção de notícias baseadas em interesses econômicos, em leads e em apurações superficiais. Há que se estabelecer uma cumplicidade entre os meios de comunicação e os fundamentos da Bioética para um debate sobre os rumos da uma epidemia que podem estar envoltos de conflitos morais pontuando sempre a vulnerabilidade. Trazer à pauta os universos contraditórios, as posturas paradoxais, aproximar as realidades.

Enfim, falta aos meios de comunicação de massa expor uma visão ampliada e complexa da saúde humana e das ações humanas que envolvem o ambiente, a vida e saúde, exigindo-se um enfoque transdisciplinar em suas reportagens. Falta à mídia exercer com competência o seu papel de formação da cidadania e de informação de qualidade a serviço do interesse público. Falta concretizar o amplo papel da comunicação de tornar comum o conhecimento e educar a audiência à luz da bioética.

Quem com certeza mais sofre são as populações submetidas à avalanche informacional que desinforma, quem paga diretamente é o povo mexicano vulnerável aos escarros que não vêm diretamente de uma gripe, mas de outras desordens. No entanto, ainda se declara que todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole os Direitos Humanos. Mas a mídia falante se cala.

“Descobrimo-nos portadores de doenças e buscamos resolvê-las individualmente, tentando ignorar que na maioria das vezes elas são frutos de um cotidiano opressor, ditado por uma engrenagem cega que não coloca o ser humano como fim em si mesmo, mas como meio exclusivo para obtenção de lucro. Nossa cegueira, no entanto, não nos exime da responsabilidade. Devemos reconhecer que nossas escolhas cotidianas refletem uma opção ideológica voltada apenas a reproduzir o status quo” (Porto, D & Garrafa, V. Bioética de Intervenção: considerações sobre a economia de mercado. Bioética. 2005; 13 (1):111-123).


Sites consultados durante a elaboração deste texto (Acesso em2/maio/ 2009)

02 maio, 2009

retorno do fantasma

Colunista fala sobre os mecanismos evolutivos dos vírus e o surgimento da gripe suína na população




O microbiólogo e botânico holandês Martinus Beijerinck, um dos fundadores da virologia, em seu laboratório (foto: Delft School of Microbiology Archives).



A compreensão da história evolutiva dos diferentes grupos de vírus é vital para que possamos entender a sua epidemiologia e desenvolver estratégias eficazes para o combate de uma série de doenças humanas.

Alguns vírus têm profundo efeito sobre a história da humanidade, enquanto outros têm impacto marcante e atual sobre a saúde pública. Compreender a evolução dos vírus e dos meios pelos quais eles obtiveram sua diversidade genética atual pode nos auxiliar a entender esses efeitos.

Os vírus são extremamente diversos e podem ser agrupados de acordo com seu material genético: DNA ou RNA de fitas simples ou dupla. Contudo, diferentemente de outros grupos taxonômicos, não há entre os variados grupos de vírus similaridade filogenética – ou seja, relação evolutiva.

Tipicamente, vírus pertencentes a uma mesma família possuem genoma similar e alguns genes semelhantes ou homólogos. Membros de famílias diferentes raramente possuem genes homólogos identificáveis. Podemos, portanto, traçar uma árvore filogenética descrevendo as similaridades evolutivas dos organismos que apresentam estrutura celular (bactérias, arqueobactérias e seres eucariotos), mas isso não é possível para os vírus.

Os vírus são classificados em cerca de setenta famílias. Destas, vinte infectam o homem. A diversidade genética dos grupos de vírus é afetada por sua história evolutiva e a de seus hospedeiros. Ancestrais humanos foram infectados por muitos vírus e a compreensão dessa relação nos diz muito sobre a nossa própria história evolutiva.

Por exemplo, vírus que causam doenças associadas com aglomerações não puderam se manter nas pequenas populações caçadoras e coletoras de homens pré-históricos. O vírus do sarampo é um exemplo clássico desse grupo. Indivíduos afetados por essa infecção desenvolvem imunidade durante sua vida. Por isso, a manutenção desse vírus requer um suprimento constante de indivíduos não infectados – principalmente crianças.


Micrografia do vírus do sarampo, que precisa de grandes aglomerados humanos para se manter na população (foto: Cynthia S. Goldsmith/ CDC).



Tem-se estimado que o sarampo pode persistir em populações com pelo menos 250 mil indivíduos, algo que só ocorreu com grupos humanos há 5 mil anos, no Oriente Médio. Uma vez que os primeiros humanos chegaram ao continente americano há mais de 10 mil anos, eles não estiveram expostos – até 1492, quando a América foi “descoberta” por Cristóvão Colombo – a vírus adquiridos por populações humanas aglomeradas. Por isso, estima-se que até o século 16 cerca de 90% das populações nativas das Américas morreram de doenças causadas por vírus como o sarampo e a varíola, provenientes dos invasores europeus.

Por outro lado, alguns vírus passaram a afetar a saúde humana apenas nas últimas décadas do século 20. O HIV é o exemplo mais conhecido desses vírus. Existem, contudo, diversos outros, como o Marburg, o Ebola, o Nipah, o Hendra e o SARS, que têm um espectro de ação mais limitado. Essas viroses emergentes estão associadas com o crescimento demográfico e as alterações ambientais e a poluição que vêm nos trilhos desse aumento populacional.

Além disso, a maior facilidade dos indivíduos para se deslocar para qualquer lugar do planeta contribui para o surgimento dessas infecções. Por exemplo, em 1999, foi noticiado um caso de infecção por um vírus da região oeste do rio Nilo (África) nos Estados Unidos e, em 2005, o vírus Chikungunya, originário da África Central, contaminou aproximadamente um terço dos cerca de 770 mil habitantes das ilhas Reunião, no oceano Índico. Outro caso que estamos acompanhando atualmente nos noticiários é o alastramento global da gripe suína a partir do México.

Diversidade genética viral
A diversidade genética contemporânea dos vírus está associada com o período de separação dos diferentes grupos a partir de seus ancestrais e com a sua respectiva taxa de evolução. Diversos vírus têm sido adquiridos pelo homem a partir de outras espécies animais (por exemplo, o vírus da gripe suína) e sofrem muitas vezes modificações posteriores na espécie humana.

Forças como a deriva genética, a seleção natural, as taxas de mutação e a competição entre indivíduos de espécies iguais ou diferentes obviamente atuam sobre esses vírus. Grupos menores ou que apresentem uma menor capacidade de dispersão e que sofram uma proporção maior de mutações genéticas podem evoluir mais rapidamente.

Vírus de RNA que dependem da RNA polimerase para a sua replicação estão mais sujeitos a sofrer mutações. Isso se deve ao fato de que essa enzima é mais propensa a erros do que a DNA polimerase, associada à multiplicação dos vírus de DNA.

Substituições das subunidades componentes do DNA e do RNA – conhecidas como nucleotídeos – que não afetam o tipo de aminoácido codificado (substituições sinonímias) são provavelmente neutras do ponto de vista evolutivo. Por outro lado, substituições não-sinonímias podem afetar de forma negativa ou positiva a estrutura tridimensional da proteína codificada e influenciar, portanto, a sua atividade.

Como as proteínas têm sido, durante milhões de anos, submetidas a uma forte pressão seletiva, baseada na eficiência de seu relacionamento com os seus substratos, modificações na sequência de aminoácidos e, consequentemente, na estrutura tridimensional das proteínas quase sempre são nocivas para essas moléculas orgânicas.

Vírus da gripe

Micrografia colorizada do sorotipo H1N1 do vírus da gripe tipo A, responsável pela pandemia de 1918 e pelo atual surto de gripe suína (foto: E. Palmer e R.E. Bates/ CDC).



O vírus da gripe ou influenza representa – juntamente com o HIV – o exemplo mais extensivamente estudado de vírus que têm se associado ao homem. Os homens são infectados por três vírus da gripe relacionados entre si. Esses vírus, denominados A, B e C, pertencem à família Orthomyxoviridae.

Dentre esses três vírus da gripe, apenas o tipo C causa infecções mais brandas. O vírus tipo B pode provocar consequências danosas para a saúde de seus hospedeiros. Por isso, ele é utilizado no Brasil em campanhas de vacinação para idosos, nos quais pode causar problemas graves e mesmo óbitos.

O vírus tipo A, por sua vez, está associado à maioria das epidemias com consequências sérias. Tipicamente, as propriedades antigênicas (capazes de provocar a formação de anticorpos) dos vírus tipo A variam um pouco de um ano para o outro, um processo conhecido como deriva antigênica. Esse processo é responsável pela incapacidade do organismo humano hospedeiro de criar uma resistência permanente contra a gripe.

Contudo, em três ocasiões durante o século 20, as propriedades antigênicas do vírus da gripe tipo A modificaram-se radicalmente. Essas mudanças (conhecidas como mudanças antigênicas) fizeram com que esses vírus passassem a apresentar um sorotipo diferente (linhagem que induz anticorpos diferentes no hospedeiro) e geraram pandemias que levaram milhões de pessoas à morte.

O vírus da gripe tipo A possui um genoma formado por uma cadeia de RNA de fita simples com oito segmentos separados. Cada um desses segmentos corresponde grosseiramente a um gene. Cada sorotipo é determinado pelas proteínas hemaglutinina (H) e neuraminidase (N), codificadas respectivamente pelos segmentos 4 e 6.

Dezesseis sorotipos H e nove N são conhecidos. Existe também uma série de combinações entre eles. Porém, apenas poucos desses sorotipos são encontrados no homem e, tipicamente, apenas um ou poucos estão presentes na população humana em um dado período. Por outro lado, todos os sorotipos são encontrados em aves aquáticas, o reservatório natural do vírus da gripe tipo A. Alguns sorotipos estão presentes também em mamíferos como os cavalos e os porcos.

A evolução dos vírus da gripe
Os vírus da gripe foram caracterizados inicialmente na década de 1930 e o primeiro sorotipo identificado foi denominado H1N1. Uma mudança antigênica ocorreu em 1957, levando ao surgimento do sorotipo H2N2 e à pandemia conhecida como gripe asiática. Outra mudança ocorreu em 1968 e deu origem ao sorotipo H3N2 e à gripe de Hong Kong.


Hospital militar nos Estados Unidos durante a pandemia de gripe espanhola de 1918 (foto: National Museum of Health and Medicine, Armed Forces Institute of Pathology).



Estudos indicam que a gripe espanhola de 1918 marcou o início da infecção dos vírus H1N1 no homem. Essa foi de longe a pandemia humana mais severa do século 20 – e obviamente de todos os tempos. Estima-se que ela tenha levado pelo menos 40 milhões de pessoas à morte (veja coluna de janeiro de 2007 ).

O enorme impacto dessa pandemia sobre a saúde humana não ocorreu devido a uma associação de formas virais já presentes na espécie humana, mas sim devido à introdução de um sorotipo completamente novo de vírus (o H1N1) proveniente das aves.

Durante os últimos anos, tem-se observado o ressurgimento do sorotipo H1N1 na população humana. Um exemplo desse tipo de evento é a atual gripe suína, que, até o fechamento desta coluna (no dia 30 de abril), já havia infectado 260 pessoas somente em seu local de origem – o México – e provocado 12 mortes no país.

Portanto, a gripe suína não representa uma grande novidade em termos evolutivos, mas sim um velho fantasma que a humanidade tem combatido nos últimos 90 anos.


Jerry Carvalho Borges
Universidade do Estado de Minas Gerais
01/05/2009