26 fevereiro, 2008

Curso de criatividade e texto...

Educar...

"O estudo da gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas. O estudo das "ciências da educação" não faz educadores. Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem. O que se pode fazer é ajudá-los a nascer. Para isso eu falo e escrevo: para que eles tenham coragem de nascer. Quero educar os educadores. E isso me dá grande prazer porque não existe coisa mais importante que educar. Pela educação o indivíduo se torna mais apto para viver: aprende a pensar e a resolver os problemas práticos da vida. Pela educação ele se torna mais sensível e mais rico interiormente, o que faz dele uma pessoa mais bonita, mais feliz e mais capaz de conviver com os outros. A maioria dos problemas da sociedade se resolveria se os indivíduos tivessem aprendido a pensar. Por não saber pensar tomamos as decisões políticas que não deveríamos tomar".

(Rubem Alves)

Arte e curiosidades





Acesse o link para saber se quem pintou cada tela (e outras lá disponíveis) foi um gorila, um artista, um elefante...

o que é arte?

NET ATENDIMENTO 0800

RECEBI POR EMAIL:
*Se você é assinante de TV a cabo
*Cobrança por ponto adicional acaba em junho 2008.*
*A Anatel e operadoras de TV a cabo acordaram que a cobrança por ponto adicional termina em junho de 2008.*
*A partir da primeira segunda-feira de junho não será mais permitido às operadoras cobrarem valor adicional nas mensalidades de TV a cabo por ponto adicional instalado na casa do usuário.*
*A cobrança será feita por domicílio. A Anatel, agência que regula o setor, entende que não há custo para liberar mais de um ponto numa mesma residência e que o consumidor não deve pagar mais por isso.*
*Pela regra, as operadoras só poderão cobrar uma taxa única pela instalação de ponto adicional. A mudança na regra já havia sido anunciada pela Anatel em novembro, mas só agora a agência acordou que o mês de junho será o último em que é permitido às
operadoras cobrar por pontos adicionais.*
*Na mesma data entra em vigor regra que dará ao consumidor o direito de suspender o sinal de TV - e conseqüentemente a cobrança de mensalidade - por até quatro meses durante o ano.*
*A suspensão pode ser solicitada uma única vez por ano, por um período entre 30 e 120 dias.*
*Os usuários deverão ainda receber desconto nas mensalidades proporcional aos dias e horas que o sinal da TV ficar fora do ar, o que ocorre em períodos de manutenção técnica ou falha na transmissão por parte da operadora.*
*A regra diz ainda que, se ocorrer cobrança indevida por parte da operadora, o usuário deverá ser indenizado pelo dobro do valor cobrado irregularmente.*
*As medidas vão beneficiar quase 30 milhões de assinantes que possuem TV a cabo no Brasil. *

*Sou assinante da NET, com serviços de TV, Internet (Virtua) e telefone(Embratel). Como volta e meia tenho que telefonar para eles para reclamar de interrupções e outros problemas, acabei percebendo que pago para cada uma dessas ligações (pelo telefone 4004-7777). Consultei, então, o contrato de prestação de serviços, disponível no site da NET ( www.net.tv.br), e verifiquei que por resolução da ANATEL, constante do contrato na cláusula 38, a NET teria que disponibilizar um acesso telefônico gratuito 24h x 7dias. *É mesmo um absurdo completo ter que pagar para reclamar de uma falha na prestação de serviço. Fiz uma reclamação direta na Ouvidoria da NET e não consegui mais que um 'vamos encaminhar sua sugestão...'.* *Aí, registrei uma reclamação formal na ANATEL. Uma semana depois (ontem), recebi uma ligação da NET em que atenciosamente me foi 'revelado' que há um telefone 0800 para o serviço Virtua e outro para o NET fone. Ambos não divulgados. Nem no site da empresa, nem em suas faturas.*
*Portanto, e foi o que declarei à gentil voz que me atendia, só eu, por ter exercido o direito de reclamação e esperneado minha cidadania, saberia do número. Pedi a ela que passasse aos departamentos responsáveis a demanda de publicação e difusão ampla dos telefones obrigatórios.*
_________________________________________

*Os telefones são:* *0800-721-0029* - Net Fone e Net Tv *e *0800-7010358 - Virtua.*Talvez você possa ajudar nesta divulgação e na reafirmação da necessidade de empresas como a NET no mínimo cumprirem seus contratos.*

25 fevereiro, 2008

Estante Virtual - Sebos!

Você gosta de livros? conheça a Estante virtual que reúne sebos do Brasil inteiro! É maravilha!

O crochê do casamento


BONECA DE CROCHÊ


Um homem e uma mulher estavam casados por mais de 60 anos. Eles tinham compartilhado tudo um com o outro. Eles tinham conversado sobre tudo. Eles não tinham segredo entre eles afora uma caixa de sapato que a mulher guardava em cima de um armário e tinha avisado ao marido que nunca abrisse aquela caixa e nem perguntasse o que havia nela. Assim por todos aqueles anos ele nunca nem pensou sobre o que estaria naquela caixa de sapato.


Mas um dia a velhinha ficou muito doente e o médico falou que ela não sobreviveria. Visto isso o velhinho tirou a caixa de cima do armário e a levou pra perto da cama da mulher. Ela concordou que era a hora dele saber o que havia naquela caixa. Quando ele abriu a tal caixa, viu 2 bonecas de crochê e um pacote de dinheiro que totalizava 95 mil dólares. Ele perguntou a ela o que aquilo significava, ela explicou:


- Quando nós nos casamos minha avó me disse que o segredo de um casamento feliz é nunca argumentar/brigar por nada. E se alguma vez eu ficasse com raiva de você que eu ficasse quieta e fizesse uma boneca de crochê.


O velhinho ficou tão emocionado que teve que conter as lágrimas enquanto pensava 'Somente 2 bonecas preciosas estavam na caixa. Ela ficou com raiva de mim somente 2 vezes por todos esses anos de vida e amor.'


- Querida!!! - ele falou - Você me explicou sobre as bonecas, mas e esse dinheiro todo de onde veio?

- Ah!!! - ela disse - Esse é o dinheiro que eu fiz com a venda das bonecas.






PRECE

Senhor, dai-me sabedoria para entender meu marido, amor para perdoá-lo e paciência para aturá-lo, porque se eu pedir força, Senhor, eu bato nele até matar, pois não sei fazer crochê

Criatividade!

veja o vídeo no : http://www.sandfantasy.com/videoclips/Let's_get_together.wmv






"Nada lhe posso dar, que já não exista em você. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria existência. Nada lhe poderei dar, a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo.” Herman Hesse

para não esquecer

"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original”.


(Albert Einstein)






Arte de Jennifer Maestre ()

Dica

O que define um homem não é a sua idade, mas suas atitudes! Tem muito moleque na praça! aff!

Para os "adultos" ainda moleques o livro abaixo pode ser útil:

23 fevereiro, 2008

Frase para amanhã

"Não crie desculpas, realize."
(Elbert Hubbard)




______
entendeu?

Frase do sábado noturno

"Para evitar críticas, não faça nada, não diga nada, não seja nada."
(Elbert Hubbard)

Frase do sábado vespertino


“A receita para a perfeita ignorância é permanecer satisfeito com suas opiniões e contente com seus conhecimentos (Elbert Hubbard)

Frase do sábado matutino


"A máquina pode substituir 100 pessoas comuns. Nenhuma máquina pode substituir uma pessoa criativa." (Elbert Hubbard)

21 fevereiro, 2008

Carta do ex-marido - rolando por email

Querida,
Escrevo para dizer que vou lhe deixar.
Fui bom marido por 7 anos.
As duas últimas semanas foram um inferno.
O seu chefe me chamou para dizer que você tinha pedido demissão
e isto foi a última gota.
Na semana passada, nem notou que não assisti ao futebol.
Te levei na churrascaria que mais gosta.
Chegou em casa, nem comeu e foi dormir depois da novela.
Não diz que me ama, nunca mais fizemos sexo.
Está me enganando ou não me ama mais.
PS. Se quiser me encontrar, desista.
A Júlia, aquela sua 'melhor amiga' da academia e eu vamos
viajar para o nordeste e vamos nos casar!
Seu ex-marido.


Resposta:
Querido ex-marido,
Nada me fez mais feliz do que ler sua carta.
É verdade, ficamos casados por 7 anos, mas dizer que você foi
um bom marido é exagero.
Vejo a novela para não lhe ouvir resmungar a toda hora, não
valia a pena. Realmente reparei que não assistiu ao futebol, mas
com certeza, foi porque seu time tinha perdido
e você estava de mau humor.
A churrascaria deve ser a preferida da minha amiga Júlia, pois
não como carne há dois anos.
Fui dormir porque vi que a sua cueca estava manchada de batom.
Rezei para que a empregada não visse.
Depois de tudo isto, eu ainda o amava e senti que poderíamos
resolver os nossos problemas.
Assim quando descobri que eu tinha ganhado na Loteria, deixei o
meu emprego e comprei dois bilhetes de avião para o Taiti, mas
quando cheguei em casa você já tinha ido. Fazer o quê?
Tudo acontece por alguma razão.
Espero que você tenha a vida que sempre sonhou.
O meu advogado me disse que devido à carta que você escreveu
não terá direito a nada. Portanto, se cuida!

PS. Não sei se lhe disse mas Julia, minha 'melhor amiga', está
grávida do Jorginho, nosso personal. Espero que isto não se=a
um problema...
Ass.: Milionária, Gostosona e Solteira.

Mandinha

20 fevereiro, 2008

Na cabeça de um blog:

Os fatos só são verdadeiros depois de serem inventados

19 fevereiro, 2008

Quem sou eu?!



Fernanda diz:
esta é a minha amiga Solange. Ela é artista, criativa, produz um monte de coisas. É escritora, dá aulas na faculdade, pra alguns jornalistas. E faz origamis, tem ideias malucas e todas muitas bacanas. Ah, ela não dorme nunca e tem mil blogs na internet. É uma pensadora.

Dica do mês

Casamento perfeito?






Dona Maria e Seu Manoel da Silva contam no "Hoje em Dia" (Rede Record - 06/02/2008) as histórias de um casamento de 54 anos sem ao menos uma briga.

18 fevereiro, 2008

o ser todo em fragmentos

"(...) E todo o meu sonho e intento é unir
e juntar num só todo o que é fragmento
e enigma e horrível acaso.
E como suportaria eu ser homem, se o
homem não fosse também poeta e decifrador
de enigmas e redentor do acaso?"
F. Nietzsche

17 fevereiro, 2008

Meu domingo

Arte de Hundertwasser


Virei a noite do sábado para domingo fazendo enfeites de festa e vendo filmes (o ridículo Rambo II e o interessante "Garota Sapeca"). Bem cedinho, levei o namorado para fazer prova do concurso do TST. Comi pão fresco. Fiz o café da manhã da filha - enroladinhos de presunto e mussarela, pão com geléia de goiaba, suco de maracujá. Fui dormir às 8h30min. Acordei para fazer almoço - miojo básico de legumes regado ao azeite português e queijo parmesão. Tarefa cumprida e barrigas cheias. Cama novamente. Com ventilador no teto girando tive sonhos e sonhos. Meu quarto era maior, fiz rol de cheiros e vi ataque de peixes e seres subaquáticos. Amiga acorda com telefonema. Durmo novamente. Barulho de chuva. Cheirinhos de terra. Anoitece. Levanto, busco namorado. Compro maclanches. Vejo com a Lulu o elevador do Gugu-chato-domingo-legal cair. Ponho filha para dormir. Acabam as videocassetadas e encontro Hundertwasser. Sensacional é pouco. Aprender é incansável. Surpreender é indispensável. Preparo as primeiras aulas da semana, como um tasco de chocolate e vejo os seriados "Arquivo morto" e "desaparecidos" no SBT. Volto à cama e lamento: que venha a segunda!



______________________
Saiba também:



Sua versão McDonalds


HUNDERTWASSER
(1928-2000) Friedensreich Hundertwasser (batizado como Friedrich Stowasser)é, em síntese, um artista plástico contemporâneo, que nasceu em Viena e foi enterrado na Nova Zelândia. Arquiteto, deixou obras espalhadas pela Austria, Alemanha, EUA, Japão, Israel e Nova Zelândia. Era naturalista e na natureza estava Deus, meio judeu meio ariano por ascendência, criou e recriou seu próprio nome, foi criticado, inventivo, audacioso talvez, certamente famoso, muito irreverante, precursor da arquitetura orgânica, pensava no sujeito, questionava o consumo e a deterioração circular humana-ambiental-humana, pensava na paz e na água, pensava no belo e no humano, e, mais que isso, formulou sua própria filosofia de vida e a repassou como herança para conscientização:



O PINTOR-REI DAS CINCO PELES
primeira pele - a epiderme
segunda pele- o vestuário
terceira pele - a casa do homem
quarta pele - o meio social e a identidade
quinta pele - ecologia e humanidade



Alguns os slides





"Eis o sujeito, esse sujeito presente a
si mesmo no instante efêmero fugaz
do reflexo, ei-lo aos poucos
enterrado sob sua própria
reprodução, devorado, apagado um
pouco mais a cada mirada, a cada
disparo da câmera, pela
representação congelada de
instantes sempre superados".

Philippe Dubois

Também posso?

Carta Internacional dos Direitos Humanos
Declaração Universal dos Direitos do Homem



Artigo 18.º


Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.

Viva a humanidade cevada! Esse é o caminho da maioria....

16 fevereiro, 2008

Os textos que não fiz

Hoje eu tinha alguns temas para escrever. É que o meu senso crítico não me deixa dormir. No paradoxo do comichão de falar sobre o que penso, eu me adio, fico com sono e querendo tirar o sonso da sonsice. Estrepo-me! Então, por hoje resolvi não dizer.

Hoje eu falaria sobre o mito da caverna de Platão ao século XXI e diria que o senso crítico é inato, que escola não serve para nada. Tentar tirar da ignorância o outro é bobagem e perda de tempo.

Hoje eu diria sobre o caso Timothy da UnB e seu apartamento de luxo, cobertura, não para criticar e sim para apoiar e acabar com essa mania burra de brasileiro com síndrome de pobreza. Tudo que é público tem que ser uma merda? Negativamente, eu argumentaria.


Hoje eu escreveria sobre o dever de casa da minha filha que pede para ela citar quais são os meios de notícia que ela utiliza aos 6 anos de idade, para mostrar o quanto imbecil está nossa sociedade, acreditando que criança que vê a Globo e lê a Veja é bem-informada ou faz a diferença.

Hoje eu faria um abaixo-assinado contra a operadora a cabo Mais TV e todos os usuários imbecis que, ao escolherem "ser mais um", decidiram acabar com a transmissão do canal brasileiro TV Ratimbum e colocar em seu lugar mais enlatados americanos e desenhos violentos, ruidosos e chatos, como o Jetix, retrato da suprema alienação.


Hoje eu contaria com mais detalhes às minhas amigas solteiras desesperadas, na fase dos trinta, que a carência nessa fase é normal e achar que filho é solução é hormonal.


Hoje eu publicaria sobre a "utopia da aceitação das diferenças", pois quem pretende mudar o mundo é sempre mégalo-ego-cêntrico-maníaco e quer um lugar que lhe caiba, assim como ele acha certo, melhor, correto, do tipo "igual eu sou e penso". Mudar o outro para ser como eu quero! Diferenças? Ao escambau! Afinal, eu sei melhor o que é um lugar melhor PARA TODOS.


Hoje eu destacaria o dilema de ensinar valores de honestidade e ética a uma criança, pois isso pode inviabilizar a sobrevivência dela amanhã (e por longo tempo, tipo eternamente).


Hoje eu confessaria que não sirvo para este mundo na mesma medida em que ele não me serve.


Hoje eu me calaria diante de tanta coisa a falar, simplesmente porque não adianta porcaria alguma e minha coroa já foi encomendada.

Os origamis que fiz III






Mais lembrancinhas para a festa de aniversário feitas em origamis miniaturas. O diametro mede apenas 6cm! hahahhaha

Os origamis que fiz II




Cestinhas para salgados, doces, balas e o que mais quiser! Em craft!

Os origamis que fiz I





Bolo de aniversário feito de origamis!

Os origamis que fiz






Lembrancinhas feitas de origami para festa de aniversário

Os textos que não fiz

Hoje eu tinha alguns temas para escrever. É que o meu senso crítico não me deixa dormir. No paradoxo do comichão de falar sobre o que penso, eu me adio, fico com sono e querendo tirar o sonso da sonsice. Estrepo-me! Então, por hoje resolvi não dizer.

Hoje eu falaria sobre o mito da caverna de Platão ao século XXI e diria que o senso crítico é inato, que escola não serve para nada. Tentar tirar da ignorância o outro é bobagem e perda de tempo.

Hoje eu diria sobre o caso Timothy da UnB e seu apartamento de luxo, cobertura, não para criticar e sim para apoiar e acabar com essa mania burra de brasileiro com síndrome de pobreza. Tudo que é público tem que ser uma merda? Negativamente, eu argumentaria.


Hoje eu escreveria sobre o dever de casa da minha filha que pede para ela citar quais são os meios de notícia que ela utiliza aos 6 anos de idade, para mostrar o quanto imbecil está nossa sociedade, acreditando que criança que vê a Globo e lê a Veja é bem-informada ou faz a diferença.

Hoje eu faria um abaixo-assinado contra a operadora a cabo Mais TV e todos os usuários imbecis que, ao escolherem "ser mais um", decidiram acabar com a transmissão do canal brasileiro TV Ratimbum e colocar em seu lugar mais enlatados americanos e desenhos violentos, ruidosos e chatos, como o Jetix, retrato da suprema alienação.


Hoje eu contaria com mais detalhes às minhas amigas solteiras desesperadas, na fase dos trinta, que a carência nessa fase é normal e achar que filho é solução é hormonal.


Hoje eu publicaria sobre a "utopia da aceitação das diferenças", pois quem pretende mudar o mundo é sempre mégalo-ego-cêntrico-maníaco e quer um lugar que lhe caiba, assim como ele acha certo, melhor, correto, do tipo "igual eu sou e penso". Mudar o outro para ser como eu quero! Diferenças? Ao escambau! Afinal, eu sei melhor o que é um lugar melhor PARA TODOS.


Hoje eu destacaria o dilema de ensinar valores de honestidade e ética a uma criança, pois isso pode inviabilizar a sobrevivência dela amanhã (e por longo tempo, tipo eternamente).


Hoje eu confessaria que não sirvo para este mundo na mesma medida em que ele não me serve.


Hoje eu me calaria diante de tanta coisa a falar, simplesmente porque não adianta porcaria alguma e minha coroa já foi encomendada.





A teoria da Caverna (wikipédia)

Platão, República, Livro VII, 514a-517c

Depois disto – prossegui eu – imagina a nossa natureza, relativamente à educação ou à sua falta, de acordo com a seguinte experiência. Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo o comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça, por causa dos grilhões; serve-lhes de iluminação um fogo que se queima ao longe, numa eminência, por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho ascendente, ao longo do qual se construiu um pequeno muro, no género dos tapumes que os homens dos "robertos" colocam diante do público, para mostrarem as suas habilidades por cima deles. – Estou a ver – disse ele.

– Visiona também ao longo deste muro, homens que transportam toda a espécie de objectos, que o ultrapassam: estatuetas de homens e de animais, de pedra e de madeira, de toda a espécie de lavor; como é natural, dos que os transportam, uns falam, outros seguem calados.

– Estranho quadro e estranhos prisioneiros são esses de que tu falas – observou ele.

– Semelhantes a nós – continuei -. Em primeiro lugar, pensas que, nestas condições, eles tenham visto, de si mesmo e dos outros, algo mais que as sombras projectadas pelo fogo na parede oposta da caverna?

– Como não – respondeu ele –, se são forçados a manter a cabeça imóvel toda a vida?

– E os objectos transportados? Não se passa o mesmo com eles ?

– Sem dúvida.

– Então, se eles fossem capazes de conversar uns com os outros, não te parece que eles julgariam estar a nomear objectos reais, quando designavam o que viam?

– É forçoso.

– E se a prisão tivesse também um eco na parede do fundo? Quando algum dos transeuntes falasse, não te parece que eles não julgariam outra coisa, senão que era a voz da sombra que passava?

– Por Zeus, que sim!

– De qualquer modo – afirmei – pessoas nessas condições não pensavam que a realidade fosse senão a sombra dos objectos.

– É absolutamente forçoso – disse ele.

– Considera pois – continuei – o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objectos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objectos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objectos que passavam, o forçassem com perguntas a dizer o que era? Não te parece que ele se veria em dificuldades e suporia que os objectos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam?

– Muito mais – afirmou.

– Portanto, se alguém o forçasse a olhar para a própria luz, doer-lhe-iam os olhos e voltar-se-ia, para buscar refúgio junto dos objectos para os quais podia olhar, e julgaria ainda que estes eram na verdade mais nítidos do que os que lhe mostravam?

– Seria assim – disse ele.

– E se o arrancassem dali à força e o fizessem subir o caminho rude e íngreme, e não o deixassem fugir antes de o arrastarem até à luz do Sol, não seria natural que ele se doesse e agastasse, por ser assim arrastado, e, depois de chegar à luz, com os olhos deslumbrados, nem sequer pudesse ver nada daquilo que agora dizemos serem os verdadeiros objectos?

– Não poderia, de facto, pelo menos de repente.

– Precisava de se habituar, julgo eu, se quisesse ver o mundo superior. Em primeiro lugar, olharia mais facilmente para as sombras, depois disso, para as imagens dos homens e dos outros objectos, reflectidas na água, e, por último, para os próprios objectos. A partir de então, seria capaz de contemplar o que há no céu, e o próprio céu, durante a noite, olhando para a luz das estrelas e da Lua, mais facilmente do que se fosse o Sol e o seu brilho de dia.

– Pois não!

– Finalmente, julgo eu, seria capaz de olhar para o Sol e de o contemplar, não já a sua imagem na água ou em qualquer sítio, mas a ele mesmo, no seu lugar.

– Necessariamente.

– Depois já compreenderia, acerca do Sol, que é ele que causa as estações e os anos e que tudo dirige no mundo visível, e que é o responsável por tudo aquilo de que eles viam um arremedo.

– É evidente que depois chegaria a essas conclusões.

– E então? Quando ele se lembrasse da sua primitiva habitação, e do saber que lá possuía, dos seus companheiros de prisão desse tempo, não crês que ele se regozijaria com a mudança e deploraria os outros?

– Com certeza.

– E as honras e elogios, se alguns tinham então entre si, ou prémios para o que distinguisse com mais agudeza os objectos que passavam e se lembrasse melhor quais os que costumavam passar em primeiro lugar e quais em último, ou os que seguiam juntos, e àquele que dentre eles fosse mais hábil em predizer o que ia acontecer – parece-te que ele teria saudades ou inveja das honrarias e poder que havia entre eles, ou que experimentaria os mesmos sentimentos que em Homero, e seria seu intenso desejo "servir junto de um homem pobre, como servo da gleba", e antes sofrer tudo do que regressar àquelas ilusões e viver daquele modo?

– Suponho que seria assim – respondeu – que ele sofreria tudo, de preferência a viver daquela maneira.

– Imagina ainda o seguinte – prossegui eu -. Se um homem nessas condições descesse de novo para o seu antigo posto, não teria os olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol?

– Com certeza.

– E se lhe fosse necessário julgar daquelas sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros, no período em que ainda estava ofuscado, antes de adaptar a vista – e o tempo de se habituar não seria pouco – acaso não causaria o riso, e não diriam dele que, por ter subido ao mundo superior, estragara a vista, e que não valia a pena tentar a ascensão ? E a quem tentasse soltá-los e conduzi-los até cima, se pudessem agarrá-lo e matá-lo, não o matariam ?

– Matariam, sem dúvida – confirmou ele.

– Meu caro Gláucon, este quadro – prossegui eu – deve agora aplicar-se a tudo quanto dissemos anteriormente, comparando o mundo visível através dos olhos à caverna da prisão, e a luz da fogueira que lá existia à força do Sol. Quanto à subida ao mundo superior e à visão do que lá se encontra, se a tomares como a ascensão da alma ao mundo inteligível, não iludirás a minha expectativa, já que é teu desejo conhecê-la. O Deus sabe se ela é verdadeira. Pois, segundo entendo, no limite do cognoscível é que se avista, a custo, a ideia do Bem; e, uma vez avistada, compreende-se que ela é para todos a causa de quanto há de justo e belo; que, no mundo visível, foi ela que criou a luz, da qual é senhora; e que, no mundo inteligível, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e que é preciso vê-la para se ser sensato na vida particular e pública.

Frase do universo (interno)

As sábias palavras de Nicolas Sarkozy no seu discurso de posse:"Vou reabilitar o trabalho!"; e, a seguir, "Primeiro os deveres, depois os direitos!".

______________

´para esse bando de "trabalhador" público....

14 fevereiro, 2008

Projeto de papel


Um projeto muito interessante é o Paper Quilt criado por uma artista-plástica ambientalista. Na trama, "viciados em papéis de várias partes do mundo" recebem retalhinhos e têm que criar uma espécie de postal. Segundo a artista, Dawbis, o projeto envolve artistas de 32 países e ao final de um ano as peças serão leiloadas e o fundo revertido para alguma organização ambientalista. Adorei a idéia e o ideal. Parabéns!


p.s. nada mais justo, pois fazer papel pode detonar o meio-ambiente.

13 fevereiro, 2008

reflexão

"Problema: as pessoas têm medo de se comprometerem com os próprios desejos. "Se não se comprometem com suas próprias necessidades, não podem se comprometer com os outros", diz a psicóloga Suely Gevertz. Para ela, o ser humano faz de tudo para evitar o conflito com suas angústias. Só vai enfrentá-lo se for impulsionado por exigência externa".

A insensatez de viver - da menarca à menopausa



Foto-arte e texto de Solange Pereira Pinto

Entre um pedaço de bolo e outro brigadeiro, a adolescência é uma fase de escolhas insensatas (somente ela?). Estava lembrando dos namoricos, rolinhos e paixonites agudas. Eu, minhas amigas, nossos amigos, em geral, concretizavámos a "Quadrilha" do Drummond. No estilo comum: despreza-se quem gosta de você e apaixona-se por quem não lhe retribui. Sai-se da juventude (será?) e na maturidade podemos rever o passado como quem folheia um livro. Ou melhor, para quem tem hábito de fotografia, rever as fotos.

Lá está o menino cheio de espinhas no rosto, caçoado pela turma do prédio. Quieto. Bondoso. Gentil. Mas com "pus na cara". Do outro lado a menina magrela, dentuça, sacaneada pela geral. Inteligente. Tímida. Solidária. Mas com ossos grandes demais. Eles se olham. Ele quer namorá-la. Mas ela quer namorar o menino-bonito-olhos-verdes da turma. O menino-verde quer namorar a garota-morena-de-sardinha-no-rosto. Ela também quer.

Por trás de espinhas, dentões, óculos-fundo-de-garrafa, gordurinhas, vesguice, orelhas-de-abano, pernas tortas, altura a mais, altura a menos, branquelice e negritude, estão seres humanos carentes, indecisos e insensatos, esfomeados de vida, com hormônios “apaixonados”.

Ao que parece o tal bom-senso para bem se viver não vem no DNA. Aprender as regrinhas do "esbarrar-se em sociedade" é custoso. A diplomacia, a hipocrisia, a conveniência são substantivos necessários, porém difíceis de juntar a alguns princípios e valores (pelo menos para uns).

Do outro lado da praça, a menina de tranças e aparelho escreve um bilhete aceitando o namoro. Seria seu primeiro beijo. Rapidamente, Léo atravessa a pista. Estava de mãos dadas com a loirinha da rua abaixo. Os tiquinhos de papel são jogados na lata de lixo do parque. Ela chora de amor pela primeira vez. Não, não. Sarinha leva um fora e fica com muita raiva. Rasga o papel com mágoa. As lágrimas vêm do ódio da rejeição. Assim será por muito tempo.

Todos crescem. As árvores da pracinha fazem mais sombra. A última página do álbum mostra o casamento da Marcinha com Tiago. Eram vizinhos. O menino espinhento virou juiz e é casado com uma loirona gostosa, que não chegou a ver as espinhas em seu rosto (certas marcas se tornam charme). O garoto de olhos verde se tornou viciado em cocaína. A menina de sardas no rosto, guardete no subúrbio, está no terceiro casamento. A magrela engordou, continua dentuça e inteligente. Dizem que, atualmente, ela gasta horas a escrever estórias sobre o quanto viver pode ser insensato. Não se casou no papel e certos substantivos... deixa prá lá.



_________________________________________________

Carlos Drummond escreveu:

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.


_____________________________________

QUADRILHA (C.D.A)

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

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12 fevereiro, 2008

Ney Matogrosso


Este homem é homem
Este homem é macho
Este homem é fêmea
Este homem é gente
Este homem é arte
Este homem não é somente homem

Ele é o que dizem: "divino"

sou eu

"Pensem nas mulheres rotas alteradas"!



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Mas oh! não se esqueçam
Da rosa da rosa

10 fevereiro, 2008

Educação por quilo. Ops, por Kit!




Por Solange Pereira Pinto


- Ah, até que está barato. Tem livro didático muito mais caro por aí, ressaltou o vendedor.

- Mas... Ué, livro de primário agora vem em kit?, questionou Luciana.

- Deve ser moda, né dona! Tem kit pra tudo he he.

- Ah, sei. E, me diz uma coisa, professora tem desconto aqui na livraria?

- Tem sim, de 10% em qualquer livro, menos papelaria e livros didáticos.

- Como assim, qualquer livro se não há desconto para livro didático? Quer dizer que eu posso comprar bíblias com desconto, livros de auto-ajuda com desconto, romances com desconto, mas não posso comprar livros escolares com desconto? Eu não estou lhe entendendo...

(o texto continua aqui...)

Farsa Medicina de A a Z - Na Veja que também não é lá grande coisa...



Silva e Quiroga (acima) e propaganda do livro no programa de Gugu (abaixo): 2 milhões de exemplares vendidos
Marcos Fernandes/Ag. Luz








Edição 1894 . 2 de março de 2005

Livros
Uma farsa de A a Z


Um dos livros mais vendidos no país tem autor-fantasma. Mas esse é o menor de seus males



texto: Ricardo Valladares

fotos: Claudio Rossi


Um dos maiores best-sellers do país no momento, o livro Medicina Alternativa de A a Z é uma fraude. Apanhado de crendices e terapias não-avalizadas pelos médicos, ele ensina a tratar doenças com "remédios" à base de ingredientes frugais.

Para combater o câncer, recomenda que se coma apenas um tipo de fruta nas refeições. No caso do diabetes, indica a ingestão de suco de berinjela com argila. E por aí afora.

Com capa dura, fartamente ilustrado e preço de 62 reais, o livro já atingiu a marca dos 2 milhões de exemplares comercializados e apareceu no topo da lista de mais vendidos de VEJA por quase seis meses.

Suas vendas foram impulsionadas por uma campanha de divulgação maciça na televisão. Os editores compraram milhões de reais em espaço em diversos canais para veicular anúncios com a dançarina Sheila Mello. Além dela, apresentadores como Hebe Camargo, Ratinho e Gugu Liberato faturaram para tecer elogios ao livro, assinado por um certo Carlos Nascimento Spethmann.


O problema é que esse autor não existe. Pior: a obra foi escrita sem a assessoria de médicos. Seus editores, o carioca Luiz Carlos da Silva e o paulista Marcos Spethmann Quiroga, são ex-comportores – vendedores de livros de porta em porta. Graças a seu manual de curandeirismo, única obra lançada pela Editora Natureza, sediada na cidade mineira de Uberlândia, dizem ter faturado 40 milhões de reais no ano passado.

Questionados por VEJA sobre a identidade do autor de Medicina Alternativa de A a Z, os editores saíram-se com quatro respostas diferentes. Primeiro, disseram que ele seria um biólogo. Em seguida, contaram que se tratava de um pseudônimo, fazendo ar de mistério. Depois, falaram que o autor seria um pesquisador de uma localidade chamada Ituiutaba.


Só então revelaram a verdade: Carlos Nascimento Spethmann não é uma pessoa, e sim um composto dos nomes dos dois donos da editora e de um ex-parceiro, o jornalista Eliseu do Nascimento e Silva. "É um pool de pessoas", diz Luiz Carlos da Silva. Coube ao jornalista Nascimento redigir o manual. "Não ouvi médico nenhum", diz ele.

Hoje afastado do negócio, Nascimento não recebe nada pelas vendas. É professor de jornalismo numa faculdade paulista e mestrando em semiótica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ele simplesmente compilou e adaptou para a linguagem da auto-ajuda textos extraídos de livros de medicina alternativa lançados pela Editora Missionária A Verdade Presente, que pertence à Igreja Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma – a mesma editora para a qual todos eles trabalhavam.


Essa editora, por sinal, foi notificada judicialmente pelos forjadores do livro Medicina Alternativa de A a Z, por ter lançado uma obra de formato semelhante. Em outras palavras, a Editora Natureza teria copiado a Editora Missionária A Verdade Presente, que agora a estaria copiando de volta. Um estranho caso de plágio do plágio.

Uma picaretagem como Medicina Alternativa de A a Z representa um risco para a saúde das pessoas. Os alimentos ajudam na manutenção de uma vida saudável, mas não curam doenças graves. Para eximir-se de responsabilidades, o livro volta e meia chama atenção para a necessidade de procurar um médico. Ao mesmo tempo, entretanto, propõe tratamentos mágicos (veja quadro). "Um livro como esse é um desserviço à população. Não pode ser chamado de medicina", diz o geriatra Clineu Almada Filho, da Escola Paulista de Medicina. "É uma irresponsabilidade", afirma o clínico geral Milton Glezer, da Universidade de São Paulo.

Medicina Alternativa de A a Z traz, nas primeiras páginas, artigos assinados por Zenildo Batista, Adilson Lopes e Luiz Carlos Junior. Todos são egressos da mesma igreja dos editores. Nas propagandas de televisão, fazem papel duplo como promotores de vendas e "terapeutas". Mas a credencial máxima de Batista, por exemplo, é um curso de fim de semana numa clínica paranaense. Eles defendem com unhas e dentes as terapias do livro. "Um empresário curou sua úlcera com um suco de batatas e espinheira-santa", diz Junior, exibindo o antes e o depois da endoscopia do paciente tratado com o tubérculo. Ao saber as opiniões dos médicos sobre o livro, o editor Quiroga anunciou que a obra passará por uma reformulação de conteúdo, a cargo de especialistas.

As inserções na TV respondem por 75% das vendas da obra. Os editores desembolsam 50.000 reais por cada aparição de cinco minutos no programa de Gugu. Também contrataram a produtora do apresentador para a criação de três anúncios de trinta minutos cada estrelados por Sheila Mello. A dançarina ganhou 50.000 reais pelo serviço. A cada vez que elogiou o livro em seu programa no SBT, Hebe Camargo embolsou 60.000 reais. O apresentador Ratinho gostou tanto dos curandeiros que lhes deu um desconto: em vez de cobrar dois cachês, cobra um e meio. "Ratinho é um parceiro. Pagamos 20.000 reais a ele", diz Silva. Tanto gasto vale a pena. Uma única propaganda no programa de Hebe resultou na venda de 10 800 livros. É tempo de o pessoal da TV pensar melhor ao endossar esse produto.

Com reportagem de Paula Aoyagui

Ameaça à saúde

Alguns absurdos do livro Medicina Alternativa de A a Z


BRONCOPNEUMONIA

Recomendações do livro: Tratamentos à base de mel de abelhas, suco de alho e sopa de cebola. Se nada funcionar em 48 a 72 horas, deve-se procurar auxílio
A palavra dos médicos: É uma doença grave. O atraso no tratamento com remédios pode ser fatal

ERISIPELA
Recomendações do livro: Hortaliças, arroz e argila devem ser aplicados sobre essa infecção de pele que acomete principalmente idosos e diabéticos. A doença seria "altamente contagiosa"
A palavra dos médicos: A erisipela não é contagiosa. Se não for tratada com antibióticos, pode resultar em infecção generalizada

DIABETES
Recomendações do livro: Indica uma compressa de argila com cebola ralada na região lombo-ventral e a ingestão de argila diluída em suco de berinjela, entre outros tratamentos
A palavra dos médicos: Tudo isso é inócuo. O perigo é o paciente apostar nessas soluções mágicas e se afastar do tratamento




• Nota: a partir desta edição, Medicina Alternativa de A a Z será retirado da lista de mais vendidos de VEJA. A cada semana, a lista oferece um instantâneo do mercado editorial. Mas também é usada como um guia de compras pelos leitores, razão pela qual a revista tomou essa decisão.



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Isto é para comprovar como é a revista mais lida na semana... vende fraude dos outros e dela própria...

09 fevereiro, 2008

Uma noiva atual - criatividade e reciclagem




Aluna da escola Municipal Rainha dos Apóstolos que participou do programa Cooperjovem na cidade de Palotina


pura reciclagem! adorei! no lugar dos copinhos de plásticos se pode usar garrafa pet...

Frase bonita


"A paciência é o diamante da personalidade".


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Achei essa no orkut. parece honesta. o meu diamante pelo jeito está em pedra bruta... pouco lapidado...

06 fevereiro, 2008

qual é o mínimo?

Raíssa Oliveira
Raíssa foi uma polêmica que deu certo. Em 2004, enquanto as escolas disputavam beldade a beldade para ter a melhor rainha de bateria, a Beija-flor de Nilópolis resolveu inovar. E colocou a menina da comunidade, de apenas 13 anos, à frente dos ritmistas da azul e branca de Nilópolis. Na época, a escola da baixada
fluminense chegou até ser acusada de pedofilia.
Mas, depois da polêmica, o resultado agradou e a rainha foi considerada pé-quente. Tanto é que a menininha, que hoje tem 17 anos, continua no posto, começa a virar mulherão e a disputar os flashes e os olhares dos marmanjos com musas mais experientes.





- Qual foi sua reação ao saber que você foi escolhida Rainha de bateria da Beija Flor?

RAÍSSA responde - Eu juro que nem desconfiava. Sempre são mulheres e atrizes e sou muito nova pra isso. Fiquei muito feliz, pois nenhuma garota de minha comunidade tinha assumido este posto. Acho que mostrei pra todos que qualquer garota pode ser também. Todo mundo é igual e capaz de chegar aonde cheguei aqui em minha comunidade.

outras rainhas de 2008

05 fevereiro, 2008

Saldo do carnaval 2008 - Brasília






Bom-senso de menos, spray demais!
Bem-vindo ao carnaval do século XXI
Creu.

O carnaval em Brasília não tem tradição. Quer dizer, não tem tradição de ser bom carnaval. No Planalto Central se tem a fuga dos moradores "mais animados" para outras cidades com folia fogosa ou descanso oportunista. Salvador, Rio de Janeiro, Pernambuco, praias, Pirenópolis e Alto Paraíso são destinos certos e muito procurados. Para quem fica na cidade restam as "tradicionais" opções do "CarnaDF". Na rua: Baratona, Baratinha, Pacotão, Galinho de Brasília. Nos "salões": matinês em shoppings (dois ou três e nem todos os dias) e em clubes. Isso é tudo. Ah, tem também um trio elétrico que corta o eixo sul numa animação de Domingão do Faustão.

Nestes dias, o que vimos? O BOPE nas ruas e não era bloco de foliões. Tiros de borracha, spray de pimenta nos olhos, gás lacrimogênio, dança a "creu" e "tropa de elite" para crianças de 0 a 9 anos no clube Vizinhança, spray de espuma na cara, olhos, boca, ouvidos, falta de educação, falta de bom-senso, falta respeito, falta de saber brincar... Ignorância. Muito creu. Creu no seu direito aqui. Creu na sua liberdade ali. Creu na sua cara acolá.


Está visível que a festa profana, a alegria coletiva, cedeu à "massificação do tudo igual" da Era-do-consumo-globalizado-descartável. É só ver os desfiles das escolas de samba na TV. O Rio de Janeiro traz um desfile de penas na cabeça. Tudo igual. Sem animação. Uma "alegria" artificial como corante de pirulito vagabundo. Bem-embalado, sim. Um luxo para enfeitiçar olhos e encobrir a receita barata. Uma competição para gringo ver e governo bancar. Creu. Em São Paulo, um desfile mais animado, mais espontâneo (talvez por não ter chegado ao "alto-nível-técnico" do Rio), mais original. Porém caminhando para o "mais do mesmo". Creu-creu-creu.

No palco da gentalha a onda do tal spray de espuma (que FAZ MAL À SAÚDE, sim). A mera cobertura da preguiça. Eu explico. Pais/mães/responsáveis preguiçosos, que não tinham spray quando eram crianças, e que a cada dia menos pensantes, mais massificados e mais bêbados, "cuidam" de seus filhos comprando brinquedinhos made in china para a meninada de fraldas "aquietar". Creu. Creu.

Pit-babies vestidos de palhacinhos e odaliscas. Creu. Vemos blocos de crianças birrentas, abobalhadas, paradas no meio do salão tendo que administrar: lata de espuma, caixa de estalinho (de festa junina), spray para tingir cabelo etc. Resultado: ninguém brincando! Creu. Mães com máquina fotográfica (registrando o nada), adultos provocando crianças com espuma para elas correrem na melhor disputa "quem sacanea mais e melhor", creu, creu, creu, outras várias chorando com olhos ardendo, estalinho no pé entre as serpentinas, sustos, apreensão. Uma verdadeira guerra armada. Talvez, por isso tudo, a seleção do DJ esteja de fato adequada com o funk adulto e as outras musiquinhas de quinta. Creu. Inadequada era eu, já sei. Creu.

Enquanto isso, se alguém reclama ouve "oh, minha filha os incomodados que saiam, pois não é PROIBIDO spray aqui". Creeeeeeeeeeeeeu. Melhor nem tentar argumentar com a ignorância. Melhor voltar à ditadura. Cre-creu. Por isso burro merece cabresto. Creeeeu. Liberdade não é para todos. Creu. Saber o que o seu direito termina no mesmo ponto em que começa o direito alheio exige bom-senso, boa-vontade e sabedoria. Creu. Creu. Creu. Saber que um lugar de crianças e para crianças deveria ser saudável, motivado, inocente, não é para todos. Afinal, creu, se coloca criança na pré-escola para aprender inglês, creu, e informática, creu, o que se esperar do carnaval infantil? Guerra! Cre-creu.

Os adultos sentados entregam aos filhos as armas que os ocupem por mais tempo. Creu. O dinheiro vai para o ralo feito espuma. Creu. A alegria de hoje dura como espuma. Creu. A satisfação dos pequenos se embala em spray volátil. Creu. Criança feliz? Creu? Adulto feliz? Creu? Chinês feliz? Creu? Camelô feliz? Creu? Sim, tanto quanto um estalinho perdido sob a havaina ou salto alto mesmo (tinham muitos por ai). creu. creu. creu. creu.

Enquanto isso, o BOPE atira na multidão ao cair da tarde para "liberar a rua" de uma entrequada comercial, fechada, em plena segunda-feira de carnaval, numa cidade deserta que não precisa dessa via para nada. Tiram o carnaval da rua à força. "Estamos cumprindo ordens e era para liberar a pista as oito horas". Ahn? É, melhor voltar à ditadura. Bom-senso pra quê? Creu.

O carnaval em Brasília não tem tradição. Aliás, já tem. É uma porcaria! Creuuuuuuuu. Pelo resto do país, parece que também seja. Novamente aliás, a vida nos tempos atuais está um tanto "made in china, aspartame e colorantes artificiais". Pessoas repetidas, engarrafadas, embaladas com papel pardo. Acho que nunca se vendeu tanta bebida para disfarçar a insensatez da realidade em que vivemos. Acho que nunca se vendeu tanta espuma para mascarar a infelicidade e a pressão nas quais as crianças vivem. É um carnaval de tropas. De creu.

Carnaval já foi interessante. Para mim, o terceiro milênio traz um carnaval-lixo. Fedido. Raso. Baixo-astral. Ordinário demais. Ouvir em Brasília "axé" nas ruas? Não faz sentido. Massificar. Massificar. Massificar. Tornar tudo o mesmo. Não faz sentido. Ou melhor, faz o sentido do século XXI. O saldo? Com mais creu, latas espalhadas no chão para quebrar pernas, tampas de spray camufladas entre confetes e serpentinas de papel para dar tombos, cabelos tingidos num mal gosto-adulto-frustrado. E, ainda, madrinha-mirim-com-bunda-de-fora rebolando para a bateria da Mocidade Alegre "levantar", no melhor estilo "pedofilia já". Ah, a escola vencedora de São Paulo, a Vai-vai, falou de educação sem levar um livro à avenida. Ler pra quê, se uma letra só tem creu? Cra-cre-cri-cro-cru. Creu.


É a dança do creu, mané. É creu. É creu nelas. É creu nelas...




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criatividade, arte e reciclagem II






Fotos garimpadas na internet...