Ladrão de tweet. O mais baixo na escala dos… bem, você já deve ter lido algo assim
A partir de hoje, todas as frases ou textos que me inspirarem creditarei “tá rolando nos jornais”, “vi pela internet” e “alguém falou na TV”. Aconselho você a fazer o mesmo. Facilita a vida de todo o mundo e abranda essa fome mundial por holofotes, fama e fortuna que a ralé tem.
Além disso, convenhamos, é um saco checar a origem do achado. E de um tédio descomunal procurar essa famigerada fonte. É melhor deixar para os jornalistas. Principalmente os formados.
Somos amadores de algo que não é digno de ser chamado de profissão. As putas pobres que fazem os outros gozarem. E que ainda pedem desculpas depois de serem usadas.
Os anfitriões de um banquete que se contentam em comer as migalhas. Atores que filmam as suas próprias vidas e nos créditos não são lembrados nem como figurantes.
Nunca passou pela mente – ao menos conscientemente -, me apoderar de qualquer coisa de alguém. Fosse relevante, fosse inexpressiva.
Não dá. Tenho uma cerca eletrificada na cabeça entre o cretinismo e a moralidade. Uma não consegue ultrapassar o terreno da outra. As descargas são desagradáveis.
O conceito de autoria no Brasil não é algo bem visto. Pudera. Sempre fomos papagaios do mundo. Amaldiçoamos o que dá certo. Louvamos o que parece ser – e que sempre acaba se revelando o que já deveríamos ter desconfiado: não é porra nenhuma.
Pouco me importa se alguém plagiou ou incorporou algo que eu tenha feito. Para o bem ou para o mal, é provável que de onde saiu tenha mais. O que aborrece é que ganham dinheiro com essa ludibriação. Recebem elogio e comenda por serviços não prestados. Atitudes que fazem lembrar o que minha saudosa vovó dizia: “uma gente que insiste em gozar com o pau dos outros, porque naquela cabeça, há muito tempo falta ereção”.
Brigar por uma piadinha é medíocre. Mas aplaudir um falsário, prova o quanto você é ridículo.
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