14 novembro, 2008

Os scraps para amanhã - bom dia futuro!



em 04.11.2008
Por Solange Pereira Pinto



Essa coisa de blog programado é massa! Estou aqui em 4 de novembro escrevendo para o futuro. Pensando em quando lançar este texto, se para 12 de novembro (próxima data imediatamente vaga) ou para o dia 14 de novembro, data do meu aniversário.

Pensando melhor, vou me presentear com um texto. Este texto imaterial, formado de bits e bites vai se materializar no meu blog como explosão de letras com hora marcada.

Estarei distraída pensando no amanhã ou agindo no hoje mesmo que será daqui 10 dias, quando ele – Os scraps para amanhã – surgir publicado, exatamente à meia-noite.

Escrever é uma arte como qualquer outra e precisa de necessidade ou desejo. Escrever para quê se não for por desejar dizer ou precisar? Foi assim que vim até esta folha em branco, virtualmente posicionada pelos pixels, para meter os dedos em teclas e ver sinais gráficos, vogais, consoantes, vírgulas e acentos se organizarem na tentativa de materialidade do meu pensamento.

Um desejo de falar da minha surpresa em ler, hoje, o que eu programei na semana passada para o blogue ser minimamente atualizado (salve a tecnologia que agora nos permite publicar ainda mais à distância). Uma possibilidade tal qual um seriado de TV imperdível gravado pelo videocassete quando temos que ir ao aniversário da tia-avó (diga-se, que você nunca encontra e nem fazia questão).

Ler um blogue é como acompanhar um seriado. Fazer um blogue é produzir uma série de scraps seguindo um roteiro editorial que você definiu ao criar seu diário internético (haha).

No meu caso, um programinha de variedades chulo, sem qualquer destaque, genialidade ou atrativo de massas ávidas. Um bloguezinho auto-estima elevada para eu meter o que der na teia, na minha – claro.

E, cá estou, compartilhando com o google (e algum eventual leitor) a minha descoberta: a satisfação de não lembrar de um texto que eu publiquei mesmo sem vê-lo publicado e ler o meu blogue como se estivesse lendo um blogue de um estranho. Quase não reconhecendo os atos das minhas próprias mãos. Feito uma amnésia existencial, que força a recordar: por que escolhi este scrap naquele dia?

Mundo surprendentemente estranho e divertido esse da vida virtual. Bom dia amanhã!




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