22 fevereiro, 2007

León Ferrari


A civilização ocidental e cristã, 1965. Plástico, óleo e gesso



"A arte não será nem a beleza nem a novidade, a arte será a eficácia e a perturbação. A obra realizada será aquela que, dentro do meio por onde o artista se move, tenha o impacto equivalente a um atentado terrorista", escreveu León Ferrari em 1968 em "A arte dos significados". Esse texto integra o livro "León Ferrari retrospectiva. Obras 1954-2006" (Andrea Giunta - org - Cosac Naify, R$ 120)
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León Ferrari - Nasceu em Buenos Aires em 1920. Vive e trabalha em Buenos Aires, Argentina.Formado em engenharia na Faculdade de Ciências Exatas, Físicas e Naturais da Universidade de Buenos Aires, León Ferrari iniciou sua produção em 1955, com obras em técnicas e suportes, como a colagem, o xerox, a arte postal e os objetos, em materiais como cerâmica, gesso, madeira, cimento e aço inoxidável.
Participou da vanguarda portenha com suas investigações caligráficas e descrição de pinturas e objetos na década de 60.Viveu em São Paulo, como exilado político, de 1976 a 1984. Em 1991 voltou a viver em Buenos Aires.
A polêmica sempre rondou seu trabalho, de conteúdo fortemente político. A exposição "León Ferrari 1954-2004", no Centro Cultural de Recoleta, em Buenos Aires, foi fechada por pressão de uma organização católica que a considerou "blasfema".
O artista, que sempre viu a imagem católica do inferno como uma justificativa da Igreja para matar e torturar gente desde a época das cruzadas até as ditaduras latino-americanas da década de 1960 e 70, expôs a obra "Cristo crucificado en un avión de combate". Nela, a figura do Cristo está presa a um avião de combate norte-americano.
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