21 agosto, 2006

Vida a dois...



Vaso entupido... Quantos baldes de água serão necessários para fazê-los novamente funcionar? Vários... Será que o importante é força com que se joga a água? Ou será a freqüência ininterrupta com que se derruba os baldes? Faço as duas tentativas. Ora, o vaso solta um ar parecendo arroto. Penso... para arroto é preciso esperar um pouco, pois o ar precisa sair para nova derrocada d’água. Ora, o ar solto parece soluço. Então, o melhor é água sobre água para fazê-lo cessar. No entanto cada “respiro” desses, invade-me a alma de esperança que o trabalho está a findar. Novamente, jogo outro balde de água. E pela lentidão com que a água esvai, percebo que o entupimento continua. A coluna já reclama de carregar baldes cheios de água - da área ao banheiro. Contudo, a esperança do sucesso empurra-me a buscar mais um balde. Lá volto a jogá-lo. E nada! Parece que no início a água descia mais rapidamente do que agora. Ou será o meu cansaço de baldes carregar? Não... Afinal, o que entendo de vasos entupidos? Vou mudar a estratégia. Entre soluços e arrotos, jogo baldes com mais força e maior freqüência. Não deu resultado satisfatório. A água parece descer mais lentamente ainda. Melhor sentar, acender um cigarro. Tentar não pensar no problema. Impossível! Quem sabe chamar um especialista na arte de desentupir privadas? Porém, pode ser melhor jogar mais um balde, quem sabe - agora - funciona!? Não resolveu. Acreditava que sozinha solucionaria problemas banais desse tipo. Quanta presunção! Quem sou eu afinal para entender disso? Deixar o problema de lado? Mudar temporariamente de vaso? Pode ser uma saída...


Por Solange Pereira Pinto (28.07.97)

Um comentário:

Anônimo disse...

Sol, cada namorado nos traz um aaprendizagem. Meus cinco anos com Roberto deixaram-me o legado de que só duas coisas resolvem problemas: dinheiro e especialistas. Se não fazemos assim, nos desgastamos e até gastamos mais, muitas vezes. O diabo é quando a grana fica curta.