17 agosto, 2006

Quarta-feira Sollamente



Ah! Como eu queria neste momento de taças caídas
Jogar minhas pernas sobre sua alma desvalida
E cantar as canções de outrora falidas
Ah! Como eu poderia sugar seus lábios
Numa tarde sofrida de calores infernais
E botar nos seus olhos numa secura outonal
Ah! Sim você gritaria e diria não pare jamais
Nesse tempo inquieto de corpos sofridos
Meu gozo geme por tempos matinais
Ah! Mas minha alma sucumbiria ao termo
De uma pausa de um não lhe quero e jaz
Para deitar sobre as flores do campo em paz
Ah! Você me libertaria com suas mãos de homem
Na noite irreverente de trôpegos cais
A me contar seus reveses sussurrando vem mais
Ah! Eu correria pelos bosques das fadas
Pensando na espada do cavalheiro fugaz
Que não teme a batalha e corre feroz
Ah! Vem a luta e não descansa o herói
Em sua causa de canto encanto maior
Joga o corte e assassina o algoz
Ah! Desfila em mim sua força melhor
Derrube nos becos a esperança do pó
Faça de nós uma bebida na noite fria...
Que teme o calor de uma esquina qualquer.

Soll (agosto/2006)

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Sollamente
Sol-lamente
Sol-la-mente
Soll-amente
Soll-a-mente
Solla-mente
Soll-ame-nte
Soll-amen-te
So-llamente
Sollamente

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Um comentário:

Anônimo disse...

Hoje eu queria jogar minhas pernas por cima das pernas alheias... mas me restam os travesseiros. Voc~e descobre-se só quando sente que a cama está grande demais.