04 agosto, 2006

Eu não vi nada, você viu alguma coisa?




Nosso país é um cacarejo. Quanto mais alto o cargo menos se enxerga, mais se pia. O presidente não viu nada, não sabia de nada e fala pelos cotovelos. Os ministros idem. Os assessores também. Pensava que quanto mais do alto, mais se podia ver.

No Brasil, só quem bem enxerga é caseiro, faxineiro, ascensorista, secretária, motoristas, meninos de entrega, cafetinas. Enfim, todos os subalternos. A era do “Você sabia? Nem eu!” foi brilhantemente inaugurada pelo companheiro Lula.

Enquanto a estátua cega, que enfeita o STF, está lá em cima sentadinha de olhos vendados, debaixo das bacias do Congresso há nos discursos inflamados uma repetição exaustiva de “repugnante, imoral, absurdo, asqueroso, indecente, blábláblá, tititi, cócócó”.

Da mesma forma, nos meandros ministeriais da Esplanada, a papelada corre solta “superfaturando, propinando, corruptando, coaptando, engavetando, liberando”. Tudo andando no andar que mais interessa.

Por isso, a justiça é cega, os subalternos mudos e os políticos surdos. Cada macaco no seu galho. Quem quer banana? Olha a casca!

Soll

**************

Ao falar que o Brasil se tornou "um país do faz-de-conta", exemplificou: "Perplexos, percebemos, na simples comparação entre o discurso oficial e as notícias jornalísticas, que o Brasil se tornou um país do faz-de-conta. Faz de conta que não se produziu o maior dos escândalos nacionais, que os culpados nada sabiam, o que lhes daria uma carta de alforria prévia para continuar agindo como se nada de mal houvessem feito". O ministro Marco Aurélio de Mello, fez essas afirmações ao tomar posse, em maio, na presidência do TSE, cargo no qual comandará estas eleições.

2 comentários:

Anônimo disse...

é duro...o cinismo qu egoverna o país.

Anônimo disse...

nem quero ver heheeh, bjinho