27 julho, 2006

Insone




Oh insônia que agita minha alma e berra intranqüila essa vida de fila que não se finda a buscar pelo pão mais um dia de lida encurvando os ossos as bocas oprimidas dessa existência fajuta que aprisiona e imita nem as pálpebras cerram para um consolo ou desdita a imaginação se entrega para uma outra partida que neste tempo está perdido o alcance do objetivo o pensamento atordoado por silêncio grita que acabe essa farsa diária de lutar pela vida que não seja o sono apenas um intervalo para outra ida a ficar na cama insone pela lucidez que não alivia o fato da amanhã continuar a ser o mesmo dia.

Solange

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